Capítulo XVI: Uma Visita ao Hotel.

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Eles se transformaram ( esse é o preço )
E não foi rápido ( que pagamos para viver )
Ela transformou nossos homens ( o mundo não )
De homens a porcos ( tende a perdoar )
Ela os mudou
❜ ⌗ Puppeter - Jorge Rivera-Herrans

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𝐃𝐞𝐬𝐜𝐞𝐧𝐝𝐨 𝐚𝐬 𝐞𝐬𝐜𝐚𝐝𝐚𝐬 𝐝𝐚 𝐛𝐢𝐛𝐥𝐢𝐨𝐭𝐞𝐜𝐚 𝐨 𝐦𝐚𝐢𝐬 rápido que conseguia, seus passos ecoando alto demais ao ponto de irritar algumas pessoas, lançando olhares feios para quem criava esse barulho desconfortável no ambiente inadequado, saindo de lá como se fosse um criminoso; por sorte as portas estavam abertas nesse período do dia, caso contrário, teria de causar um som muito mais sonoro.

O jovem de cabelos bagunçados e moletom longo bege deu uma parada para analisar em qual direção deveria seguir, antes tendo dado uma estudava no seu amigo Étienne Martinet para saber se este notaria a sua presença, e quando constatou o contrário, resolveu seguir, ele parecendo ocupado observando a movimentação da rua. Pensou em perguntar sobre o seu estado, não fazendo isso quando pensou que ele poderia querer um tempo para si.

Pierre Dupont não sabia qual era a direção da décima delegacia de polícia de Sombreville. Por mais que fosse uma cidade pequena e a maioria dos cidadãos conhecessem uns aos outros, era justificável ele não ser sociável o bastante para sair de casa com os seus amigos. No entanto, bastou olhar para alguns estabelecimentos ao seu redor, reconhecendo eles. Na maior parte da sua trajetória na viatura de polícia, ficou observando a paisagem.

Deve ser nessa direção., arriscou, abandonando Étienne que continuava a contemplar a movimentação dos veículos. Apressou os seus passos tentando não ser atropelado ao passar pela faixa de pedestres, não tendo dinheiro consigo para pagar um táxi. Ainda faltava muito para chegar ao seu destino. O vento beijava os seus cabelos quando parou uma pessoa que segurava sacolas, questionando sobre se o endereço estaria certo.

Ele agradeceu quando obteu uma resposta positiva, revelando estar no caminho certo. Deu admirada ao lugar o qual se encontrava: floriculturas, sorveterias ━ bem que ele gostaria, agora que ofegava, cansado ━ e outras lojas, todas muito interessantes, desconhecendo as ruas. Podia jurar estar chegando cada vez mais perto, a delegacia dando uma curta distanciada das outras casas por conta dos jardins e das cercas.

━ Mamãe? ━ ouviu uma voz aguda o distraí-lo, quando mais nenhuma conseguiu. ━ Mamãe?

Ele se virou para trás e viu um garotinho com a mão na porta da maçaneta, olhando assustado para a rua e para as pessoas, chamando por sua mãe. Pierre fazia a mesma coisa que ele, mas ninguém manifestou ser parente da criança. Com pena, ele se aproximou do garotinho, que fechou um pouco a porta, este com medo.

━ Ei, carinha. Está procurando pela sua mãe? ━ Pierre perguntou, gentilmente.

━ D-desculpe, mas não posso falar com estranhos.

━ Ela deixou algum bilhete dizendo que ia sair? ━ o garotinho negou com a cabeça. ━ Ela falou para aonde ia, pessoalmente? ━ ele continuou a negar, antes tendo hesitado com dúvida. ━ Quando foi a última vez que a viu?

━ A porta do banheiro está trancada. ━ Pierre engoliu em seco. ━ Você pode tentar abri-la?

O jovem assentiu com a cabeça, entrando na casa que precisava subir dois degraus e dar de cara com a sala de estar. Ele avaliou a casa completamente silenciosa, vendo a direção que o garotinho apontava com o dedo, indicando qual era a porta do banheiro. Pierre caminhou até a porta, tocou na maçaneta e quando tentou abri-la, de fato parecia trancada.

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⏰ Última atualização: Oct 29 ⏰

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