Capítulo 69

673 42 0
                                    

Eu vejo Max andando em minha direção

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Eu vejo Max andando em minha direção. Cada passo dele faz meu coração ficar mais acelerado e minhas mãos mais suadas. "Eu consigo, eu consigo." Repito na minha cabeça, mas na real, eu não estou muito convencida disso.

Aperto as minhas mãos uma na outra para que ela não veja que estou tremendo. Quando mais ele se aproxima, mais eu posso ver os hematomas que começaram a desaparecer, mas ainda é perceptível algumas partes amareladas e roxas.

Como será que o Eli reagiu? Será que eu deveria ter ensaiado o que falar?

Max caminha os poucos passos entre a gente e eu abro a boca para falar, mas nada sai e eu fico olhando pra ele como uma idiota com o queixo tremendo. Ele não para de andar até soltar a mala e me abraçar bem forte, minha reação é o choro. Eu abro ele e choro feito um bebê.

Max: acho que vc está pior que eu.

Ele fala com a voz embargada e eu entendo que ele também ficou mal com tudo que aconteceu nos últimos dias. Eu respiro fundo, tentando controlar as lágrimas e Max fala um carinho no meu cabelo, aos poucos eu vou me acalmando.

Isabel: me desculpa.

Falo quando não estou mais me acabando em lágrimas. Max se afasta e segura minhas mãos, eu olho para os olhos dele em busca de respostas, mas a única coisa que percebo é que ele não está bravo e só isso já me alivia um pouco.

Max: precisamos conversar, né?

Eu concordo com a cabeça.

Max: estou com fome. Podemos comer alguma coisa?

Eu concordo mais uma vez e ele solta minha mão para estender a mão pra mim. Eu olho para mão dele e depois para ele novamente, sem intender o que ele quer.

Max: suas mãos estão frias e trêmulas. Acho melhor eu dirigir.

Eu fico um pouco envergonhada, mas entrego a chave pra ele. Max coloca a mala no porta-malas e quando vê que eu continuo presa ao chão, ele vem até mim, me segura pela mão e me leva ao lado do passageiro. Depois de abrir a porta pra mim e me incentivar a entrar no meu carro, ele dá a volta e entra no motorista. Eu aproveito para colocar o cinto.

Max: acho que nunca te vi tão nervosa.

Ele fala me fazendo olhar para ele.

Max: pq vc está assim?

Ele pergunta depois de colocar o cinto e ligar o carro.

Isabel: acho que tenho muita coisa para falar.

Falo olhando pra ele, que concorda com a cabeça. Eu logo começo a olhar pra frente quando percebo que estamos saindo do aeroporto. Os próximos v quinze minutos, nós ficamos em silêncio, até que paramos em um semáforo vermelho e Max resolve falar novamente.

O primo do meu paiOnde histórias criam vida. Descubra agora