Faz alguns tempo que venho pesando nisso de me especializar em alguma área, e talvez ter minha própria clica em alguns anos, mas para isso eu tenho que voltar a estudar. Essa ideia ficou esquecida por muitos meses, mas agora que estou com Isabel e penso no futuro, depois que ela se formar, parece uma opção ainda melhor.
Se daqui a alguns anos, nós estivermos morando juntos e meu horário de gralhado ainda for o mesmo, eu vou ver ela menos do que eu quero e isso não me agrada muito. Principalmente quando eu penso em um filho nosso, eu quero ser presente em todos os momentos e atualmente isso seria impossível.
Decidi falar com ela pq achei que ela entenderia onde quero chegar com isso, mas ela só vê a possibilidade de um acidente. Não é como se ela mandasse em mim, mas ela manda, então se ela disser não, é não. Pq eu não quero que ela passe os dias preocupada comigo, eu quero que ela fique orgulhosa.
Eu tiro minha cabeça da coxa dela e me sento. Fico de frente para ela e seguro as duas mãos dela na minha. Eu estou emburrado, ela está irredutível, mas ainda vou tentar convencer ela que essa é uma excelente ideia é eu posso fazer funcionar.
Lori: amor, pensa comigo.
Falo e ela bufa.
Lori: pensa, por favor.
Ela concorda emburrada.
Lori: daqui quatro anos, lá em Bellingham. Segunda-feira, de manhã, nos dois eu saio para trabalhar antes de vc, então quando vc acorda eu não estou ao seu lado. Aí vc sai para trabalhar depois de ter tomado café da manhã sozinha.
Ela faz um bico fofo, mas não dá o braço a torcer.
Lori: passamos o dia todo sem nos falar, pq eu não posso mexer no celular em horário de serviço. Quando chega o horário do almoço, mas uma vez não estamos juntos e é assim no café da tarde também, sempre sozinhos e longe um do outro.
Isabel: não é justo. Vc tá ressaltando todos os pontos negativos.
Eu nego com a cabeça.
Lori: é a verdade.
Ela bufa, mas não fala nada, então eu decido continuar.
Lori: de tarde, vc chegar do trabalho cansada e vai tomar um banho sozinha para relaxar. Vc fica mais algumas horas sozinha, assistindo Tv e mexendo no celular, até que quando são mais de oito horas da noite, eu chego.
Vejo nos olhos dela que ela não gosta nenhum pouco da forma que eu estou colocando as coisas. Claro que estou sento um pouco dramático e omitindo que sempre que pudesse, mandaria uma mensagem carinhosa para ela e fazia de tudo pra deixar ela feliz. Porém se eu quiser convencer ela, eu preciso usar minhas cartas.
Lori: também estou bem cansado, então vou tomar um banho. Enquanto eu me banho vc pede alguma coisa para comermos, mas durante o jantar eu quase não consigo ficar de olhos abertos, então depois de comermos, vamos direito pra cama e eu caio no modo quase imediatamente.
Isabel: amor, eu não acho que seria bem assim.
Ela fala e morde o lábio inferior. Ela é linda pra caralho, mas é cabeça dura e eu preciso convencer ela.
Lori: dia seguinte o ciclo praticamente se repete, só que dessa vez, quando vc sai, eu estou dormindo e quando vc chega eu não estou mais em casa. E nesse dia, vc vai ter que dormir sozinha pq eu vou trabalhar durante a madrugada.
Isabel me encara pensativa.
Lori: se eu começar a me especializar agora, posso trabalhar no mesmo horário que vc. Assim além de fazer mais refeições juntos, eu vou estar mais descansado para te foder bem gostoso quando chegarmos em casa.
Isabel: Lorenzo!
Ela grita com os olhos arregalados e ainda me dá um tapa no braço. Isabel olha ao redor para ter certeza que ninguém ouviu, mas eu nem ligo se alguém tiver ouvido.
Lori: o que? Vai me dizer que vc não gostou da ideia de ser fodida todos os dias.
Ela tentando impedir um sorriso e quase falha, mas eu ainda percebo.
Isabel: estamos falando de uma coisa séria. Não mete sexo no meio que eu fico distraída.
Ela fala e se abana com a mão, me fazendo dar risada.
Isabel: é sério, amor.
Eu paro de rir e concordo.
Isabel: eu entendo que vc queira se especializar e que está pensando no futuro, mas eu tenho medo que algo aconteça com vc.
Lori: algo pode acontecer a qualquer momento, amor.
Falo e ela concorda.
Isabel: pode acontecer, mas não temos motivo pra facilitar que aconteça. Já não gosto de vc dirigindo depois do trabalho, dirigir cansado é muito perigoso, ainda mais dias horas pra ir e duas pra voltar.
Eu suspiro derrotado e concordo. Ela tem razão, essa não é a melhor opção agora. Ficamos alguns segundos em silêncio até que ela aperta minha mão.
Isabel: tive uma ideia, mas vc vai ter que concordar se quiser fazer essa especialização.
Eu olho para ela e uma pitada de esperança surge em mim.
Isabel: se vc contratar um motorista para te levar e te buscar, eu vou ficar mais tranquila. Aí além de ter alguém descansado ao volante, vc vai poder cochilar no percurso. O que vc acha?
Um motorista? Não é uma má ideia. Minha mãe deve conhecer alguém de confiança, pq já tivemos motorista antes.
Lori: okay, se eu contratar um motorista, eu posso ir, né?
Pergunto para confirmar e ela faz que sim com a cabeça. Eu seguro o rosto dela com minhas mãos e encho ela de beijinhos por todos o rosto. Isabel gargalha e quando eu me afasto dela, ela ainda está rindo.
Lori: obrigado, amor.
Falo feliz e ela concorda.
Isabel: não é como se eu mandasse em vc.
Ela fala brincando e eu só sorrio em silêncio, o que faz ela erguer as sobrancelhas.
Isabel: eu mando em vc?
Lori: com toda certeza manda.
Ela abre e fecha a boca algumas vezes.
Isabel: se eu falasse que não, vc realmente não iria?
Lori: eu não iria, amor.
Ela fica confusa.
Isabel: pq não, amor?
Lori: pq isso te deixaria preocupada e ansiosa, e eu só gosto de te ser feliz, amor.
Ela fica impressionada e sorri para mim de um jeito apaixonado.
Lori: não tem motivo para ficar tão impressionada, mas eu amei esse sorriso aí.
Ela segura meu rosto e meu da alguns selinhos.
Isabel: eu te amo. Obrigada por me fazer feliz.
Droga, pq eu ainda não consigo ouvir isso dela sem que meu coração dispare?
Lori: eu também te amo, minha princesinha.
Eu falo e passo meus braços pela cintura dela a abraçando bem apertado.
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O primo do meu pai
RomanceIsabel é a princesinha da família. Primeira filha, primeira neta e primeira bisneta. A única menina Collins, já que dos 9 filhos de Vênus e Jay (casal da história Colegas de quarto) , 8 são meninos. Ela nasceu e cresceu no luxo, e sempre teve tudo...