─ Então...pode me dizer o que diabos está fazendo na minha casa?
Tento manter a minha sanidade, o que é difícil com a continuidade de coisas ruins acontecendo na minha vida.
Louis me espera no meu quarto, sendo compreensivo e guardando suas perguntas pra si. Confesso que me mata um pouco saber que agora ele conhece a minha irmã, o que com certeza não estava incluso no pacote de "namorado falso".
Eu já me sinto muito envergonhado desde o dia em que ele me viu chorando de forma copiosa por conta da minha mãe, e a maneira de que de pouco em pouco ele está conhecendo o mais sombrio lado da minha vida me faz temer como uma garotinha com medo de monstros dentro do armário.
Conheci muitas pessoas que foram embora da minha vida por muito menos do que isso, apenas conhecendo da minha personalidade e acho que pela primeira vez não me perdoaria se perdesse Louis por qualquer uma dessas coisas.
Tentando ser paciente, sendo ao lado de Gemma no sofá, mas viro meu corpo de forma que possamos nos encarar.
─ Olha, confesso que esperava uma recepção mais calorosa na casa do meu irmão caçula. E quando digo calorosa, não me refiro a você se pegando com Atlas.
─ Ele não é o Atlas! ─ a corto rapidamente, logo massageando as têmporas para me acalmar.
Quando vejo seu olhar de repúdio sobre a situação, como se ele fosse um qualquer, meu sangue ferve. Eu posso lidar com ela me chamando de vadio e falando que durmo com um cara a cada semana, mas não tolero seu olhar de nojo quando o assunto é Louis.
─ Ele é o meu namorado, Gemma. ─ escuto uma tosse vinda do quarto e reviro os olhos. ─ Agora, pode me falar como entrou na minha casa? Uma vez que minha vida amorosa não te diz respeito.
─ Seu amigo abriu a porta pra mim e acho que já me conhecia, pela surpresa no rosto. Ele estava meio desesperado e...acompanhado, vamos dizer assim, então saiu e me disse pra te esperar aqui. Eu não invadi a sua casa.
─ Qual o assunto a ser tratado então? Você nunca faz questão de mim.
─ É uma pena que você não possa ir na minha festa de noivado pois estará muito ocupado, imagino. ─ arqueio as sobrancelhas em instinto porque ela falar que não conseguirei ir por causa da minha rotina é o mesmo do que "só não quero meu irmão gay e extravagante na minha festa". ─ Ainda assim, eu espero te ter no meu jantar de noivado. Traga seu namorado. Mamãe vai te passar os detalhes depois, vê se atende ela.
Ela se levanta e pega as suas coisas, mas ainda estou um pouco chocado com tudo.
─ Eu vou ver o que posso fazer. ─ murmuro e me levanto, acompanhando-a até a porta.
─ Não me faça me arrepender, Harry. Não quero cenas lá.
─ Tudo bem. ─ guardo um comentário ácido para mim quando ela sai.
Encosto minha cabeça na madeira da porta quando ela sai. Jantar de noivado, sério? É irreal para mim que ela vá se casar com aquele dementador de sonhos do caralho.
─ Então, acho melhor eu ir... ─ me viro para ver Louis parado no meio da minha sala, com as mãos nos bolsos e parecendo aéreo.
─ Não. Fica, por favor. Não precisamos fazer nada, só...fica. ─ ele me olha por alguns segundos sem dizer nada. ─ Me desculpa por isso, não queria que você descobrisse a existência dela. ─ dou uma risada amarga e começo a arrumar algumas coisas espalhadas pela sala, não querendo assustar ele.
─ Por que não? Eu te disse dos meus irmãos, não disse? ─ a comparação que faz chega a ser engraçada.
─ Sim, mas eu não posso dizer que minha família é unida como a sua. Na verdade ela é bem disfuncional.
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𝐀𝐅𝐄𝐓𝐑𝐎𝐏𝐈𝐀 ── larry stylinson.
FanfictionO que acontece quando você tem que fingir um relacionamento com seu orientador de mestrado? Harry é professor, estudante de literatura inglesa e totalmente cético sobre tudo, incluindo o amor. Quando ele dá inicio ao seu mestrado e conhece Louis Tom...