Notas:
Sejam bem vindos ao último capítulo de Afetropia, tirando o epílogo, em que os personagens que não tiveram seus finais esclarecidos seram apresentados lá. Esse capítulo é só para Louis e Harry, e para sanar a dúvida se tiveram ou não seu fim merecido. Aproveitem a leitura :)
All the love, Ruthinha ✿
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─ Não, Lou! Deixa eu mexer no cabelo dele agora. Você está desfazendo todos os cachos de Harry. ─ a criança ruiva exclamou tentando afastar as mãos grandes de Louis dos meus cabelos.
─ Lou não sabe cuidar de uma princesa, Doris! Eu saberia cuidar bem de você, Harry. ─ Ernest diz.
─ Ei, mas a princesa é minha, claro que sei cuidar dele. E pare de tentar rouba-lo de mim, Ernest.
─ Sim. Não roube o namorado de Louis ou vou contar para mamãe sobre Beatrice.
─ Para, ela é só minha amiga! Você fala muita bobeira, Doris.
Os dois saem correndo em uma briga de gêmeos interminável que me deixa tonto.
─ É demais para você? ─ Louis sussurra atrás de mim. A posição é perfeita.
Estou sentado no chão porque os irmãos de Louis se apaixonaram pelo meu cabelo e aparentemente o salão Tomlinson funciona a todo vapor.
Mas foi só Louis conseguir se livrar uns minutos do discurso melancólico de sua mamãe orgulhosa que se agarrou a mim, massageando meu coro cabeludo com a desculpa de estar fazendo um penteado.
─ O que quer dizer? ─ indago.
─ Vim para Doncaster, conhecer minha família agitada, tê-los vasculhando seu cabelo como se procurassem piolho e te chamando de meu namorado.
─ Eu não me importo. Tenho certeza que já me livrei de piolhos há anos! ─ digo sério e ele ri, encostando o nariz gelado na lateral do meu pescoço.
─ Saia desse chão, amor. Deite aqui comigo.
Faço o que pede e me levanto, me deitando meio sentado entre suas pernas, apoiando minhas costas no seu peitoral e agarrando suas mãos para mim, as atravessando por cima da minha barriga.
─ Obrigado por isso. ─ sussurro.
─ Pelo o que, amor?
─ Por fazer com que eu sinta que faço parte de algo. Eu nunca tive isso.
─ Sinto em te dizer, mas acho que agora está fadado a ter isso por bastante tempo.
─ Isso é um tipo de declaração tímida, Lou? ─ a minha risada é leve e sem pretensões, mas o silêncio de Louis arrasta o meu.
─ O que você diria se fosse?
Pisco várias vezes antes de responder.
─ Estar fadado a ser feliz não deve ser tão ruim assim.
Ele ri de forma doce na minha orelha e distribui beijos por todos os lugares que consegue antes da sua mãe chegar.
─ Harry, amor, não quer outra meia? Está tão frio!
─ Eu já estou bem quentinho, Sra.Tomlinson. Muito obrigado.
─ Me chame de Johannah, por Deus. Me sinto uma idosa assim.
─ Mãe, tecnicamente-
─ Me chame de velha, Louis William Tomlinson, e terá que ir andando até Londres!
Damos risada e ela não evita suavizar a feição e sorrir para nós. Ela é incrível. Toda a família de Louis é, na verdade.
Achei que iria surtar quando ele fez a proposta. Foi de uma forma tão natural, depois de uma foda romântica com o amor da minha vida.
Não senti medo. Só senti a certeza de pertencer a alguém sem ter que doar mais do que possuo.
─ Harry. ─ Louis sussurra quando estou quase caindo no sono em seus braços, então apenas murmuro uma resposta. ─ Eu estou feliz por você ter a família que tem.
Tento processar as palavras mas não tem muita coerência para mim.
─ Uma família disfuncional como a minha, Lou? O que você ganha com isso?
─ Eu ganho você. Sou feliz por ela ter te trazido até os meus braços, onde eu não tenho dúvida que é o lugar ao qual você pertence. ─ talvez pelo sono, ou pela serie de palavras desconexas e felizes envolvendo a família Styles, mas continuo confuso pelas suas palavras. Ele, percebendo, prossegue:
─ Não me entenda mal, amor. Eu não acho que você mereceu os abusos psicológicos que sua família te expor a passar, mas ainda assim, a minha criação e a sua criação foi o que nos trouxe até aqui.
Minha cabeça balança em seu peito em compreendimento. Eu concordo com ele.
Viro em seu colo e sento em suas coxas.
─ Sabe o que eu acho? ─ ele levanta as sobrancelhas esperando eu continuar. ─ Talvez estivéssemos fadados a acabarmos com outras pessoas para o resto de nossas vidas, e talvez você não pense como eu, mas eu não gostaria de ter outra pessoa ao meu lado que não fosse você.
Ele sorri e beija minha boca, falando entre meus lábios.
─ Sabe o que eu acho, meu amor? ─ Louis se afasta para me olhar nos olhos, que já estão nebulosos de amor. Ele afasta uma mecha de cabelo da frente do meu rosto e continua: ─ Eu acho então que...sempre teve uma linha invisível te ligando até a mim, meu bem.
─ Louis...namora comigo?
⁂
Finais felizes não existem. A felicidade no amor é a persistência das memórias, onde nunca terá fim. Se o fim for uma certeza, então definitivamente não é feliz. Que a felicidade persista nas memórias, nas dores na barriga por risadas estendidas, nos abraços suados no verão e pelas brigas que valem a pena.
Louis Tomlinson, você me mostrou a persistencia do amor nas coisas simples, e por isso persisto sendo seu pelo resto de nossas vidas. Por essa razão específica, é que faço desse mestrado uma dedicatória a ti. O meu orientador favorito e, definitivamente, meu amante favorito.
PS. Depois de Chris Hemsworth.
─ Você está chorando como uma mulherzinha. ─ indiscretamente caçoo da sua cara enquanto me apoio em sua mesa.
─ Cale a boca. Você não pode escrever o que escreveu, me dedicar todo o seu mestrado e esperar que eu não chore como uma garotinha.
─ Você acha que ficou...bom?
─ Você só me traz orgulho. Ficou fantástico, amor.
─ Estou orgulhosamente apaixonado por você, então. Me beije, seu bobo. ─ ele puxa a minha gravata e cola sua boca na minha.
Ser dele me basta de tudo. Eu me dou sem deixar vazio, me dou sem deixar pedaços, me dou sem me deixar para trás. Pertencer é se doar sem que seja esforço, e sim prazer. É um prazer ser dele.
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𝐀𝐅𝐄𝐓𝐑𝐎𝐏𝐈𝐀 ── larry stylinson.
FanfictionO que acontece quando você tem que fingir um relacionamento com seu orientador de mestrado? Harry é professor, estudante de literatura inglesa e totalmente cético sobre tudo, incluindo o amor. Quando ele dá inicio ao seu mestrado e conhece Louis Tom...