─ Que casal mais lindo... ─ é Atlas quem diz.
Meu pescoço estala em sua direção. Faz meses que eu não o vejo, um turbilhão de coisas aconteceu desde então e eu não sei como reagir.
Acontece que Atlas pode ser o maior babaca do mundo, mas ele sempre foi lindo. Sua pele escura, seus olhos cor de mel, as tatuagens que enfeitam sua pele, tudo nele é encantador, menos a sua personalidade.
Vendo-o agora, me lembro exatamente do dia em que o conheci.
Eu precisava urgentemente apresentar um trabalho em uma matéria que estava prestes a bombar, mas meu notebook decidiu pifar bem na hora. Ele levantou da cadeira todo charmoso e me ajudou a concertar.
Eu estava tão nervoso que nem pude perguntar seu nome, só agradeci e prossegui com a apresentação do trabalho.
Ele me procurou.
Aquele homem que me procurou feito louco no refeitório da faculdade apenas para saber meu nome definitivamente não parecia o mesmo que descobri ser nas últimas semanas, muito menos o que eu vejo na minha frente agora.
─ Então ele é o motivo de você não responder as minhas mensagens mais, Harry? A porra do seu orientador. ─ como diabos ele sabia que Louis era meu orientador? ─ Não faça essa cara, querido. Zayn me contou as novidades, só deixou de contar que você precisou dar pro Louis para fazer seu mestrado.
─ Você é tão baixo quanto o porco do seu primo, Atlas. Harry é um homem inteligente e nunca precisou usar do corpo dele para conseguir algo, lave a sua boca. ─ Louis da um passo para frente. Os dois discutem com voz alta e alguns olhares se viram para nós.
─ Atlas, me deixe em paz de uma vez. Eu não quero mais te ver. ─ ele ao menos me olha, fica encarando com ódio o rosto do Louis que não abaixa o olhar, não parecendo intimidado.
─ Sabe, Louis, eu entendo você defender ele. Harry é muito convincente quando dá, não é? O que foi? Ele gemeu gostoso pra você e agora você acha que ele é seu namorado? Você nunca é o único quando se trata do Styles. ─ minhas bochechas queimam e eu sinto vontade de correr.
─ Cala a porra da boca, Atlas. ─ vocifero. ─ O que a gente teve não significa nada, você não me conhece!
─ Oh, você jura amorzinho? Só porque agora está transando com seu professor o fato de que você me deu todos esses meses se tornou de repente irrelevante? Vamos lá, diga para ele, Harry. ─ ele se aproxima e meus olhos ficam aguados. ─ Conte para ele que você é minha puta.
─ Para com isso, por favor. ─ odeio a forma que minha voz sai embargada, mas antes que eu derrame minhas lágrimas Louis se aproxima mais ainda de Atlas e coloca uma mão no seu peito.
─ Eu não vou te avisar mais de uma vez, cai fora daqui ou eu te quebro na frente de todas essas pessoas. Você não passa de um moleque e sua petulância não me faz sentir nada mais do que repulsa.
─ Você me bater não vai mudar o fato que Harry adorava dar pra mim. Ele gemia como não gemia com ninguém Louis, e pode apostar que não vai gemer igual para você. ─ as palavras mal terminam de sair da sua boca quando o punho de Louis voa no seu rosto.
Ele cambaleia para trás com a mão na boca, bem onde Louis acertou.
─ Você tá louco, porra? ─ Atlas voa em cima do dele empurrando seu peito e Louis agarra sua camisa.
─ Sai de cima dele, Atlas. ─ antes que eu possa separar os dois o mesmo da uma cabeçada tão forte em Louis que me surpreendo por ele não ter desmaiado, mas sua sobrancelha agora jorra sangue e ele volta a desferir socos no rosto de Atlas.
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𝐀𝐅𝐄𝐓𝐑𝐎𝐏𝐈𝐀 ── larry stylinson.
FanfictionO que acontece quando você tem que fingir um relacionamento com seu orientador de mestrado? Harry é professor, estudante de literatura inglesa e totalmente cético sobre tudo, incluindo o amor. Quando ele dá inicio ao seu mestrado e conhece Louis Tom...