#𝟎𝟏𝟕 𝐘𝐎𝐔'𝐕𝐄 𝐆𝐎𝐓 𝐌𝐘 𝐃𝐄𝐕𝐎𝐓𝐈𝐎𝐍

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Notas:

Apreciem muito essa atualização pois escrevi toda ela durante a minha viagem!! A escritora também é gente, mesmo que não pareça muito.

O próximo capítulo já está no forninho.

All the love, Ruthinha

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─ Camões épico vai ser um assunto que irá se estender por muitas aulas e eu recomendo que não faltem. Não por nota, porque nem presença vou dar, mas porque vou cobrar isso como nunca e independente de qual ramo irão seguir, vão precisar saber da história dos Lusíadas. Nos vemos na próxima semana. ─ os alunos disparam pela sala, todos indo embora, alguns se despedindo de Louis.

   Me ergo da última cadeira e vou até a porta da sala, fechando-a quando o lugar se torna vazio, exceto por mim e Louis. Falando nele, ele está de costas para mim, com as mãos apoiadas na sua mesa enquanto vê algo em seu notebook.

─ Tem algo muito sexy sobre você dando aulas todo sério, Sr.Tomlinson. ─ chego por trás dele ao dizer isso, mas não o abraço.

   Por conta própria ele se vira e contorna minha cintura, o puxando pra si.

─ Tem algo muito desconcertante sobre ter você comigo em uma sala de aula, ainda bem que não foi meu aluno. ─ ele beija minha boca devagar, dando intervalos para morder meu lábio inferior de forma leve e provocativa. ─ Você é uma baita distração, Styles.

─ Não tente me comprar com beijos, precisamos conversar. ─ ele suspira de forma manhosa com a boca encostada na minha mas se afastada, apenas para me virar e me colocar sentado em sua mesa com ele entre minhas pernas.

─ Eu te disse que iríamos, eu só não sei se estou preparado para ter você despejando sua fúria em mim.

─ Eu não vou fazer nada disso. ─ minhas sobrancelhas se curvam em insatisfação. ─ Fiquei frustrado de início, sim, mas só porque você não me deixou explicar o meu lado. Não fiquei bravo com você, até que vi você beijando aquela mulher.

─ Eu não-

─ Tudo bem, chegaremos lá. ─ o interrompo. ─ Mas eu quero te explicar algumas coisas antes, porque querendo ou não, nós ainda estamos nos conhecendo.

  Ele engole seco, como se isso fosse um impasse para nós.

─ Antes de tudo, você tem que saber que eu não sou alguém fácil de lidar. Não estou tentando te afugentar, mas você uma hora ou outra vai perceber isso, então não adianta que eu não seja honesto com você. Eu estou acostumado a ser aquele que vai embora na manhã seguinte e não liga, Louis, e apesar de que não quero ser assim com você, os fantasmas do meu passado podem assombrar a nossa relação, eu sinto muito. ─ me sinto quebrado, mas me recuso a chorar na sua frente. Ele me olha com os olhos pesados, como se soubesse de como me sinto magoado com a situação.

─ Se eu me tornei a pessoa que sou hoje, foi porque um dia outras pessoas foram aquelas a irem embora de manhã sem a mínima chance de uma ligação. Eu tenho feridas, Louis, e vou entender se você não quiser que eu sangre em cima de você. Você me merece curado. ─ Louis não me interrompe em nenhum momento, mas me pergunto se os músculos da sua mão não se tornam cansados com os repetidos movimentos de carinho que ele faz na minha bochecha.

─ Sei que você estava tão confuso quanto eu, mas fiquei chateado quando te vi ir embora porque, talvez você não entenda, mas eu me esforcei muito pra ser a minha melhor versão pra você naquela manhã, pra tentar transparecer, passando por cima de tudo que acredito e das minhas inseguranças, apenas para que você soubesse o quanto eu aprecio ficar junto de você e o quão a nossa noite foi importante pra mim. ─ termino de falar quase sem ar, e por um minuto apenas ficamos nos encarando e tentando controlar as nossas respirações descompassadas. Dando-se conta de que não irei falar mais nada, Louis toma partido.

𝐀𝐅𝐄𝐓𝐑𝐎𝐏𝐈𝐀 ── larry stylinson.Onde histórias criam vida. Descubra agora