— vem Soraya, olha, a batata frita que você pediu chegou — disse para a mulher encolhida no cantinho da cama.
— eu não quero...tô sem fome.
— Soraya, não vai adiantar nada você ficar sem comer.
— mas eu não quero Simone.
— você quer sim, eu pedi pra embalar isso aqui então você vai querer sim. Vem aqui.
Se aproximou e se sentou na cama, encostando-se na cabeceira, segurou a mão da aluna e a colocou sentada entre o meio das pernas. Soraya recostou a cabeça no ombro dela, deixando a lateral do rosto proximo ao seu.
Pegou a vasilha de isopor, embalada, abriu e colocou sob o colo de loira.
— olha, tá uma delícia.
— como você sabe se você nem comeu?
— você faz perguntas demais — pegou uma batata frita e levou até a boca de Soraya — toma, abre a boca.
Ela estava como uma criança fazendo birra, abriu a boca e comeu, ou melhor Simone a obrigou.
— come também.
— só se você me der — disse baixinho.
Prontamente pegou uma e levou até a boca de Simone, que geralmente não comia aquele tipo de coisa mas fez por Soraya. Sorriu de canto, o momento era só delas, ambas usando um roupão branco, e aquilo serviu de certeza que na verdade era isso que queria.
— Simone...
— hum?
— você me desculpa? — apoiou os joelhos na cama e olhou nos olhos dela.
— oque eu posso fazer? Já foi né. Eu desculpo você, senhorita minha aluna Thronicke — disse com humor. As pequenas mãos da loira segurou seu rosto e deixou um beijo no canto de seus lábios.
Sentou no colo da professora, mantendo uma coxa de cada lado, fazendo a quentura de sua pele entrar em contato com a da mais velha. Um contato visual entre elas foi travado, intensamente, demonstrando oque sentiam sem usar palavras, mas o brilho de seus olhos demonstravam absolutamente tudo aquilo que não havia palavras para descrever.
— por que tá me olhando assim? — indagou, de forma envergonhada, com as bochechas ficando rubras acompanhado de um sorriso sem mostrar os dentes.
— eu nunca pensei que iria te ver assim Si, você tá ficando envergonhada que coisa mais fofa — sorriu ao roubar um selinho dela — olha a forma que você tá me tratando, depois do meu surto que estragou o nosso jantar e depois espatifei o seu celular no chão... tão diferente daquela postura inabalável de professora séria. Mas olha pelo lado bom, a Gisele não vai poder te mandar msg pelo menos.
— ah Soraya, eu deveria estar morrendo de ódio de você, além de todos os meus arquivos não salvos foram parar em meras peças no chão, o seu surto não teve motivo nenhum...mas você — levou a mão até o rosto da outra e colocou uma mecha de cabelo atrás de sua orelha — você tem algo que não me permite sentir isso, que me impede de agir da forma que eu faria se fosse qualquer outra pessoa, mas nem no início eu conseguia fazer isso, imagina agora.
As mãos de Simone passearam por toda a extensão da coxa da loira até repousar sob a bunda da loira. Soraya pegou uma batatinha e colocou entre os dentes, para que Simone pegasse, e assim ela fez, deixando os rostos a milímetros de distância. Em poucos estantes, uma das mãos estava em volta da nuca dela, com os dedos enroscados nos fios loiros, que puxava com delicadeza, provocando beijar e quando sentia que estava quase cedendo, recuava.
— Simone...não faz isso — sussurrou enquanto sentia os beijos sendo trilhados no maxilar, com seus olhos fechados.
— porque...não gosta? — provocou, já sabendo a resposta e continuou até chegar ao lóbulo da mulher.
— eu adoro, mas me deixa....
— te deixa oque? — interrompeu.
— me deixa molhada, Simone Tebet.
— Simone Tebet? Isso lá é forma de falar com sua professora? Já imaginou se alguém escuta isso na faculdade, você está muito desbocada aluna Thronicke.
— ah é? Talvez eu experimente fazer isso pelos corredores da universidade quando voltarmos amanhã.
— nem ouse fazer isso! — puxou os fios com mais força para baixo.
— eu não queria voltar amanhã, vai ser tudo tão diferente, e eu não quero.
— mas as coisas não são do jeito que você quer pequena.
— me chama assim dnv? — um sorriso sapeca surgiu no canto de sua boca.
— minha pequena.
Finalmente puxou Soraya para um beijo, matando a vontade que sua provocação tinha causado. Explorou cada milímetro daquela boca tão saborosa até perder o fôlego.
— eu amo você...minha professora — sussurrou a milímetros de sua boca.
— eu poderia dizer o quanto você é linda e apaixonante, mas eu não tenho palavras suficientes pra isso.
Aquelas palavras fizeram Soraya soltar uma gargalhada e esconder o rosto na curvatura do pescoço da mais velha. Levou a mão direita até os fios negros, começando um leve carinho na sua nuca.
— porque você não é assim comigo quando estamos na universidade? — disse bem baixinho.
— porque estamos no meu local de trabalho, e eu sou sua professora.
— mas eu já sou maior de idade Simone, eu já tenho 25 anos, ninguém pode fazer nada contra nós...
— ninguém pode fazer nada contra você, o meu emprego pode estar em risco, vamos fazer as coisas com calma.
— Simone...eu não sei se aguento ficar longe de você por muito tempo, e fingir que nada aconteceu entre nós — deixou um beijo na pele macia do pescoço de Tebet.
— não é isso que eu pretendo, minha linda, afinal de contas você vai trabalhar comigo no setor administrativo, então... — envolveu os braços em volta de sua cintura — vamos passar o máximo de tempo juntas.
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Cap rapidinho pra vocês, carinhoso, depois escrevo um maior, prometo assim que passar a semana de prova 🙏😘🫶.
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Need me, teacher? || SIMORAYA ||
FanfictionDepois de várias noites de festa seguidos de bebedeira e amigos finalmente a faculdade voltará a ser ativa na vida dos universitários (as) Soraya Thronicke apenas não contava com o encontro com sua nova professora que pensara jamais encontrar em uma...