aos 25

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meu coração na garganta
pernas tremendo
a escada, o calor
o pescoço suando
as mãos inquietas
o ar pesado e
contaminado por perfume

alguém, a luz
o rio e a ponte e
de repente você
e a pausa.

um carro
ou dois entre nós
seu rosto em grande angular
e o reinício
destemido aos vinte e cinco

então as mãos
o pescoços
os fios de cabelo, o
cheiro
a orquestra nos
olhos meus
são seus

e você tem essa pele
esse rosto
este par
de pernas e esse tom
de voz
e eu

eu tão grandioso quanto
o nada
arranhando a superfície
daquilo que implorei vir
a ser tudo e a esperança
me cega pelos olhos
seus,
meus.

isto basta.

Depois do amor vem o quê?Onde histórias criam vida. Descubra agora