Capítulo 8

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A sala do laboratório estava escura, as únicas luzes que podiam ser vistas ali, era as dos prédios da cidade grande, que iluminavam a sala por meio da grande parede de vidro fosco, além de um abajur ligado na mesa que tinha na sala.

Em volta, muitos papéis espalhados, contas matemáticas, fórmulas e desenhos de algumas aranhas, as quais estavam dispostas em cima da mesa, dentro de recipientes.

Milk mexia no computador à mesa, olhando atentamente as câmeras de segurança de sua empresa, datadas desde janeiro, tentando pegar a Mulher Aranha.

Observava tudo nos mínimos detalhes, tentando encontrar alguma pessoa estranha, que havia entrado na empresa, algum suspeito, que pudesse ser a heróina. Mas nada.
Também tentou o encontrar ao observar seus funcionários, mas nada também.

As únicas pessoas diferentes na empresa, durante todos aqueles meses, foram Charlotte e Engfa, e depois Engfa novamente, justamente para falar sobre a heróina.

Milk suspirou, pausando uma das inúmeras gravações. Seus olhos, então, pousaram nos recipientes das aranhas. Havia dez ao todo. Ficou hesitante por alguns segundos. Faria mesmo aquilo?

Mas logo sua determinação voltou ao se lembrar o quão humilhada e triste se sentiu ao oferecer sua ajuda à sua ídolo, e ela tê-la rejeitado tão rudemente. Logo sua hesitação se transformou em raiva.

Sem pensar muito, Milk se levantou e, sem medo, abriu o recipiente de uma das aranhas, a pegando na mão e a forçando contra o próprio braço. A aranha, se sentindo ameaçada, picou a pele de Milk.

Ao ser picada, Milk deixou a aranha no recipiente, abrindo o seguinte, e repetindo a ação. E ela repetiu isso com cada aranha, até que sentiu-se tonta na picada da sétima aranha e parou, porquê caiu no chão.

Milk estava com a visão turva, não enxergava nada por conta da pouca iluminação.

De repente, seu corpo começou à esquentar. Mas não era como se ela estivesse com febre, era como se ela estivesse cozinhando viva, em uma temperatura altíssima. Ela podia sentir seu próprio sangue borbulhar e ferver.

Sua boca se abriu e um grito alto, de pura agonia e dor, saiu do fundo de sua garganta. Sentiu tanto medo, achou que morreria naquele exato momento.

No dia seguinte, ela gostaria que isso tivesse acontecido.

[...]

Alguns dias se passaram desde o dia em que a Mulher Aranha e Charlotte haviam se beijado na casa da Austin.
E aquela situação rendeu bons resultados. Ótimos resultados.

Engfa estava mais solta com ela, falava mais, brincava com ela, à fazia rir. Além de estar muito maliciosa, deixando Charlotte até um tanto constrangida, mas ela não podia negar que estava amando aquela nova versão de Engfa.

Todos no Clarim Diário podiam sentir a grande tensão sexual que havia entre elas duas antes, mas, agora, estava cada vez mais forte. Os olhares que ambas trocavam pelos cantos do jornal deixavam os terceiros envergonhados e irritados. Elas deveriam arrumar um quarto urgentemente.

Charlotte estava em um corredor ao lado de um bebedouro, onde enchia sua garrafa de água, enquanto conversava com uma colega de trabalho sobre algo, que logo foi esquecido por ela, quando percebeu Engfa se aproximando.

- Eai, gatinha. - Engfa cumprimentou, dando um sorriso maroto para Charlotte, que quase derreteu ali mesmo.

Charlotte também se atentou ao apelido, o mesmo que a Mulher Aranha usava consigo. Engfa estava dando todos os sinais que ela era a heróina, mas Charlotte fingia não perceber, estava gostando daquele joguinho entre elas.

Who's Spidergirl? - EnglotOnde histórias criam vida. Descubra agora