Thrity-two

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Domingo, 28 de outubro de 2012 17h15

Dormimos durante o período do café da manhã e do almoço. 

De tarde, JungKook aparece com comida, e estou faminto. 

Faz mais de 24 horas que não como. 

Ele puxa duas cadeiras para perto da mesa e tira as comidas e bebidas das sacolas. 

Comprou exatamente o que eu disse que queria depois da exposição de ontem, quando não chegamos a comer. 

Tiro a tampa do milk-shake de chocolate e dou um grande gole, em seguida tiro a embalagem do cheeseburger. 

Ao fazer isso, um pequeno pedaço de papel cai em cima da mesa. 

Eu o pego e leio.

Só porque você não tem mais um telefone e sua vida é o maior drama não significa que eu queira que seu ego exploda. Você estava totalmente sem graça de camiseta e boxer. Espero mesmo que compre um pijama de pezinho hoje, para que eu não precise mais passar a noite inteira vendo suas pernas de galinha.

Quando coloco o papel na mesa e olho para ele, vejo que está sorrindo para mim.

Suas covinhas são tão encantadoras que dessa vez eu realmente me inclino e lambo uma delas.

— O que foi isso? — diz ele, rindo. 

Mordo um pedaço do sanduíche e dou de ombros.

— Estava querendo fazer isso desde o dia em que o vi no mercado.

Ele abre um sorriso convencido e se encosta na cadeira.

— Você queria lamber meu rosto desde a primeira vez que me viu? É isso que costuma fazer quando está atraído por alguém?

Balanço a cabeça.

— Seu rosto, não, sua covinha. E não. Você é o único garoto que já tive vontade de lamber.

Ele sorri para mim com confiança. 

— Ótimo. Pois você é o único garoto que já tive vontade de amar.

Puta merda. 

Ele não disse que me amava diretamente, mas escutar essa palavra sair de sua boca faz meu coração se expandir dentro do peito. 

Dou uma mordida no cheeseburger para disfarçar meu sorriso e deixo a frase no ar. 

Não quero que desapareça ainda.

Terminamos de comer em silêncio. 

Eu me levanto, tiro as coisas da mesa, vou até a cama e calço os sapatos.

— Aonde você vai?

Ele está me observando amarrar os cadarços. 

Não respondo de imediato, pois não tenho certeza do local aonde vou. 

Só quero sair desse quarto de hotel. 

Depois de amarrar os sapatos, me levanto, vou até ele e lhe dou um abraço.

— Quero dar uma caminhada — digo. — E quero que vá comigo. Estou pronto para começar a fazer perguntas.

Ele beija minha testa, estende o braço e pega a chave do quarto na mesa.

— Então vamos. — Ele abaixa o braço esticado e entrelaça meus dedos nos dele.

Nosso hotel não fica perto de nenhum parque ou trilha, então acabamos indo para o pátio. 

Missing - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora