Aquilo

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— Ah por favor néh. Até parece que não sabem! Daí — Os Rio Grande se entreolharam encabulados, PR continuou. — Eu sei que eu tô fora do jogo. — Se esforçou para sair do colo do loiro, se reposicionando e reclinando confortavelmente na cabeceira. — Mas por favor, — gesticulou com as mãos — continuem. Prometo que vou assistir tudinho... — Sorriu sacana, olhou pro namorado, passando a mão sugestivamente na coxa exposta o incentivando a falar. — Além disso, o Sul ainda quer tentar uma coisa.... Não é mesmo paixão?

— Bah.... — Colocou a mão no rosto envergonhado e murmurou baixinho. — Assim eu fico sem jeito....

Paraná continuava a acariciar a coxa do loiro, ainda mais sugestivamente.

— Quer que eu fale paixão? A hora é agora...

Sul movimentou a mão no rosto de forma a só cobrir a boca, assentiu, desviando o olhar para qualquer canto do quarto longe dos dois. Era difícil admitir isso quando estavam sozinhos, mais ainda na companhia do irmão.

— Desembucha logo hômi, que eu tô curioso! Desde mais cedo tem um segredinho rolando entre vocês dois que não querem me contar.

Sem rodeios PR finalmente fala.

— Tu fode ele Norte?

RN travou no lugar, o choque era grande.

— Disseste o que?

— Você ouviu bem. — Esses irmãos são lerdos mesmo viu... — Tu pode foder o Sul agora?

Rio Grande do Sul estava completamente corado, ainda escondia parte do rosto com a mão e mantinha a cabeça baixa, mas olhava penetrantemente para o irmão, esperando uma resposta. Seu corpo formigava pela adrenalina, estava tenso. RN corou violentamente.

— Sério isso?

Estava olhando para o irmão, que assentiu devagar. Um sorriso incrédulo e desejoso brotou no rosto do potiguar. É sério que aquele homem, orgulhoso do jeito que era, queria isso? Jamais! Jamais iria passar pela cabeça que era uma possibilidade. Sua libido aumentava conforme os pensamentos iam passando. Levantou devagar e pegou sua bandana verde, mantinha contato visual com o barbudo, amarrando o tecido como de costume de forma a prender os fios no lugar.

Viu claramente quando o irmão relaxou, deixando de tencionar o corpo e se arrepiou todinho, havia entendido a resposta. Ainda mantinha a mão no rosto, mas seu corpo não mentia e seu membro chegou a visivelmente tremer, derramando um pouco de pré-gozo com a afirmativa. Norte não estava muito diferente, só a ideia de dobrar a pose do irmão, domar aquele cavalo orgulhoso, lhe fazia o desejar ainda mais. Iria provocar e extrair reações inimagináveis dele.

O mais alto se aproximou novamente da cama, pelo lado do loiro. Estendeu vagarosamente a mão para pegar uma nova camisinha, podia ver o gaúcho lhe observando, antecipando o contato. Sul se limitava a corar e querer enterrar a cabeça em algum lugar bem longe dali, mas o desejo e a afirmativa o mantinham estático, ansioso. Assistia enquanto o Norte abria e colocava o látex no lugar, alisando sedutoramente, pelo menos aos seus olhos naquele momento, todo aquele comprimento que possuía. Sentia o membro latejar e sua entrada contrair com desejo. Já tinha feito aquilo com Paraná, mas a oportunidade diante de si havia se tornado irresistível.

Norte era maior e o loirinho não havia se preparado tão extensivamente para ser penetrado, ainda bem que comprara o terceiro lubrificante, verde, que alegava diminuir a dor, dessa vez teria que confiar no produto... O potiguar subia na cama, entre suas pernas, já passando as mãos em suas coxas provocando arfadas e respiração pesada nos dois.

— Peraí tchê. — Se esticou e alcançou o tubinho verde pro irmão. — Usa esse agora.

RN pegou o objeto e leu rapidamente do que se tratava.

Muito mais que a encomendaOnde histórias criam vida. Descubra agora