A questão mais delicada

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Adiantei o capitulo porque esse está miudinho :) o próximo vai ser maior, prometo ;)

Aos interessados, eu tb não elaborei muito na arte de capa, em favor da próxima ;)



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Quando não se ouvia mais passos Sergipe perguntou abafado, ainda escondia o rosto.

— Eles já foram?

— Sim...

Levantou a cabeça, fitando Norte em doses pequenas, desviando o olhar e voltando a encara-lo em seguida. Estava curioso. E embaraçado. Sabia que não deveria ter conseguido ouvir aquilo.... Mas ouviu. Sul havia sido fodido? Não conseguia conceber aquela ideia. Mas não conseguia deixar ela de lado. Norte percebeu que o outro estava inquieto.

— O que foi Gipe? — O menor negou a pergunta com a cabeça. — Pode falar.... É alguma pergunta? — Titubeou mas fez a afirmativa. — Sobre ontem? — Corou, afirmado. — Fale logo hômi. — Depositou um selinho na bochecha do loiro. — Eu já disse que quero lhe dar satisfação.... Pergunte.

Podia ver que o loirinho estava muito constrangido e ainda titubeava, mas assim que se decidiu perguntou baixinho.

— Você fodeu o Sul também?

Norte congelou no lugar, processando a pergunta. Essa era literalmente a questão mais delicada de se expor, o irmão era orgulhoso demais para conseguir levar isso na esportiva e admitir qualquer coisa a respeito.

— Q-que? C-como...? O-onde você ouviu isso?

— Paraná sussurrou no ouvido do Sul antes de saírem... Eu sei que não era pra eu ter escutado.... Mas... Eu escutei...

Sergipe agora olhava curioso pro potiguar, queria uma explicação para aquelas reações e uma resposta pra sua pergunta.

— Hômi, isso é sério. Você jamais na vida repita isso. — SE ia defender a própria curiosidade mas foi interrompido. — Eu falo, mas esse assunto morre aqui. Mesmo se for só nós dois eu vou me recusar a falar mais a respeito visse. Pergunte tudo agora. E enterramos isso aqui.

O sergipano olhava com seriedade pro maior, admirava esse respeito dele para com o irmão. Mesmo envergonhado repetiu.

— Então. Você fodeu o Sul?

Norte mordeu a boca, ainda ponderando se ia falar mesmo.

— Sim

— Muito forte?

O potiguar levanta uma sobrancelha curioso com onde o surfista queria chegar. Mesmo embaraçado continuou respondendo.

— S- sim... Por que?

— Eu percebi que ele estava dolorido, Paraná também não fez questão nenhuma de esconder, ainda mais agora, aqui...

— É verdade... — Ficaram em silêncio um pouco. — É isso?

— Não, ainda não... — O loiro respirou fundo. — Por que ele está tão reativo com isso?

O potiguar esfregou a mão no rosto, constrangido. Passou a mão no cabelo, tirando a bandana e apoiou a mão no banco. Tinha decidido responder, então responderia.

— Você conhece o Sul... Todo orgulhoso, machão... — Respirou fundo, não conseguindo reprimir um sorrisinho de satisfação. — Eu dominei ele completamente.... — Sergipe corou profundamente, aquele sorrisinho de lado do maior mexia consigo de formas inimagináveis. Queria aquilo para si. Só para si. — E ele gostou.... Nunca imaginei que um dia veria isso. Acho que nem ele mesmo esperava reagir daquela forma.... Por isso ficou agressivo hoje. É o que eu acho pelo menos.

Norte ainda sorria com as memórias quando foi surpreendido por um beijo agressivo do outro. Correspondeu feliz. Seria ciúmes...? Se beijaram profundamente até o fôlego faltar. Nessa hora Sergipe pediu sofrido.

— Faz isso comigo.

Voltou a avançar no maior, que ainda processava a informação.

— Isso o que macho?

— Me fode com força. Me domina também.

— A-agora?

Sergipe o olhava nos olhos, suplicante. De sangue quente Rio Grande do Norte se levanta num pulo junto com o loirinho e o puxa meio bruto pelo braço, arrastando o menor pelos corredores, rumo ao seu quarto. O surfista se deixa arrastar corado, havia pedido algo constrangedor, mas no momento era o que mais queria.

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— A lá o Sergipe que vocês tavam procurando.

Bahia apontou para a dupla que passava pelo corredor. RN arrastava o outro com força e um pouco de brutalidade. SE por outro lado não parecia resistir e sim se deixar levar. Pernambuco gritou.

— Sergipe! Onde tu tava menino. Te procurei hoje à tarde e num te achei! — O loiro nem levantou a cabeça com o chamado. — Que estranho, será que eles estão brigando?

Maranhão avaliava o comportamento do amigo. Vislumbrou um sorriso largo estampado na cara do surfista.

— Só se for nos lençóis. Sergipe tá é radiante de felicidade.

— Ihii! Norte pescou um peixão então é?!

— TÁ ARRASTANDO PRO QUARTO PRA DA UNS AMASSOS É?!

— NORTE DEU UNS CATO NO NOSSO SURFISTA!!!

— HOJE A NOITE VAI SER QUENTE!!!

— IIIIHIIIII!!

MA e PE gritavam animados pelos amigos, além é claro de tirar sarro da cara encabulada deles. Em resposta receberam o bom e velho dedo do meio, provido pelo RN. Estavam felizes pelos dois, vinham assistindo o relacionamento deles havia tempo, sempre se perguntavam quando é que ia evoluir. Parece que finalmente chegou o dia.

— Ai ai... — Pernambuco sentou de volta no sofá que estavam — Nosso minino cresceu Bahia!

— Eu tô é feliz por ele. Finalmente se entendeu com o Norte o bixin. Viviam se cherando o cangote....

Maranhão se jogou no sofá também.

— Vocês viram a cara de felicidade dele? Sorrindo de orelha a orelha...

— Mastambém! Com um macho daqueles... Qualquer um né!

Muito mais que a encomendaOnde histórias criam vida. Descubra agora