Não quero segurar vela

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Preciso dizer que eu definitivamente não esperava gamar no Pernambuco... Mas depois de desenha-lo... PQP viu.Gracinha d+


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— Será que deu tudo certo mesmo minha nega? — Pernambuco estava com Bahia já arrumando as malas para ir embora, afinal o feriado estendido estava acabando.

— O que que deu certo?

— Com o Gipe e o Norte.... — Falou pensativo, brincando com os óculos de sol nas mãos. — Eles estavam felizes, claro. Mas alguma coisa.... Não encaixou....

— Oxi, eu também tive essa sensação visse. — A mulher parou um momento para pensar. — Achei eles um pouco borocoxô. Sem brilho sabe.

— E quando eu ia investigar o Sul veio e levô eles! — Devolveu os óculos no rosto. — Te digo uma coisa mulher, aí tem.

BA concordou com um aceno de cabeça, voltando a arrumar a mala, não percebeu quando ele se aproximou por trás lhe abraçando e dando um beijinho no pescoço.

— Mas venha cá um instante meu docinho de coco....

Bahia arrepiou com o chamego, mas logo voltou à sua missão de guardar as coisas. Deu um tapa nos braços do PE, o afastando.

— Agora não painho. — Se virou, apontando para a mala dele. — Primeiro arrume suas coisas! Depois a gente pode até conversar....

— Seu pedido é uma ordem minha deusa. — Quando ela falava que podiam conversar era quando ele tinha uma chance acertada de uns amassos. O homem rapidamente se pôs a ajeitar suas coisas. — Mas sério, será que a gente tinha que falar com eles?

— Acho que não.... Agora foi só o início. Eles vão se ajeitar sozinhos.

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— Vai embora como Alagoas?

— Eu ia com o RN, mas acho que não vai dar mais... — A garota olhava para o maior e o loirinho, que pareciam imersos numa aura cor de rosa. — Não quero segurar vela.... Tem espaço com vocês?

— Acho que tem sim, só vou conferir com o Pernambuco e a Bahia. Mas qualquer coisa a gente dá um jeitinho.

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— Aqui Paraná, as coisas da Naná! — Santa Catarina entregou uma sacola com os objetos. — Já estou de saída pro aeroporto, meu voo é mais cedo que o de vocês guris.

— Ah sim. Pena que não vai conseguir pegar carona com a gente. O Norte ofereceu de nos levar no aeroporto mais tarde.

— Aposto que o Sergipe vai também. — O moreno assentiu. — Eu que não quero ficar no mesmo carro que vocês isso sim. Segurando vela.... Um candelabro inteiro!

— Ai que exagero. Nem é.... — A loira só dirigiu um olhar desacreditada ao companheiro de região. — T-tah.... Talvez seja um pouquinho desconfortável mesmo.

— Pra qualquer um que não sejam vocês quatro! — Se afastou rindo. — Até mais.

Acenaram um para o outro se despedindo.

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— Vai indo na frente Gipe. — O potiguar lançou a chave do carro. — Esqueci um negócio no quarto.

— Claro!

O loiro pegou o objeto e continuou indo para onde estava estacionado. Abriu o bagageiro e começava a organizar as coisas quando Rio Grande do Sul apareceu, com duas malas, duas mochilas, a bolsa de couro do seu kit chimarrão e a caixa de transporte de Naná, ainda vazia.

Muito mais que a encomendaOnde histórias criam vida. Descubra agora