De todas as coisas pelas quais Tzuyu nunca se perdoaria, transar com Sana daquela forma estava no topo da lista. Ainda assim, mesmo com ódio de si mesma crescendo dentro dela como a infestação de um vírus, Sana era tão macia, tão meiga enquanto dormia nos braços dela, que não podia deixar de sentir seu perfume, de sentir aquele calor.
O sexo com Sana havia sido muito mais do que ela jamais experimentou, tão mais do que somente sexo. Ela praticamente amou Sana a vida toda. Na verdade, a amava tanto que a apertou ainda mais só de pensar no que ainda estava por vir. A luz da lua entrando pela janela era clara o suficiente para ver o rosto dela enquanto se mexia, a boca macia mostrando um sorriso satisfeito e feliz mesmo enquanto dormia.
O que não daria para ser digna de uma mulher como ela?
Tzuyu tirou os braços de volta dela com cuidado e saiu da cama. Ela fez um som de protesto, uma ruga entre as sobrancelhas, E Tzuyu, por um momento, achou que ela fosse acordar e pegá-la fugindo dali.
Abra os olhos princesa, ela suplicava em silêncio.
Se ela a chamasse de volta para a cama, ela não hesitaria em voltar, amar de novo e repetir. Inegavelmente, aqueles foram os melhores momentos de sua vida. Não só observá-la gozando mais lindamente do que qualquer outra mulher sobre a terra, mas também os raros momentos de paz que sentiu enquanto a segurava em seus braços.
Em vez disso, Sana se acomodou mais ainda aos travesseiros, o nó no peito dela estava tão apertado que não conseguiu respirar quando, sem fazer barulho, recolheu as roupas e fez as malas.
Era hora de ir. Estaria de volta a cidade em 90 minutos, provavelmente até menos, pois era muito provável que o seu fosse o único carro na estrada às 3 horas da manhã. Porém tudo que Tzuyu conseguia fazer era ficar parada no meio do quarto, olhando Sana. Agora ela sabia como a pele dela era macia, como eram as curvas dela sob as suas mãos; ainda podia ouvir as arfadas suaves e os gemidos enquanto gozava para ela. Ela caminhou até a beirada da cama e se ajoelhou. Com uma gentileza infinita, passou a mão sobre os cabelos dela, depois sobre o rosto. Ela roçou a bochecha na palma da mão dela mesmo enquanto dormia, e Tzuyu teve que fechar os olhos.
Um dia Sana casaria e teria filhos. Ela pertencia a outro alguém, alguém que pudesse amá-la e cuidar dela da maneira que merecia.
Mas, por algumas horas, Sana pertenceu a Tzuyu.
Sana acordou na cama grande à primeira luz da manhã, ainda capaz de sentir as marcas das mãos e dos lábios de Tzuyu sobre sua pele. Tentou ouvir o som da água do chuveiro caindo, mas a casa estava estranhamente quieta. Talvez, tentou dizer a si mesma enquanto se sentava na cama, que Tzuyu havia saído para comprar o café da manhã das duas. Ela não poderia ter ido embora desse jeito, poderia? a noite anterior havia significado alguma coisa, tinha certeza disso. do contrário, ela nunca teria declarado seu amor por...
Os pensamentos se atropelaram, depois pararam completamente ao perceber que as roupas, os sapatos e a mala dela já não estavam mais lá.
Ela havia ido embora.
Sana empurrou os lençóis e, nua, pisou no piso de madeira. O esplendor de Napa Valley apareceu diante dos olhos dela enquanto olhava fixamente pela janela do quarto, mas não conseguia ver nenhuma beleza. Tudo o que via refletido no vidro era uma idiota que deveria saber que era melhor não amar uma mulher incapaz de retribuir esse amor. Tzuyu tentou se afastar dela, tentou convencer Sana a ir embora, mas ela teve tanta certeza de que havia algo além daquele beijo. Algo maior do que só desejo, uma conexão emocional mais profunda que jamais existiu com qualquer outra pessoa. O tipo de amor que havia entre Tae e Yuta. Haruto e Taehyun. Mina e Chaeyoung.
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Só Tenho Olhos Para Você | Satzu G!P
FanfictionA mulher que Tzuyu deseja mais que qualquer outra, é aquela que ela nunca deverá ter... mas como resistir? Tzuyu sabia o que o amor significava. Ela se lembrava bem de seus pais: quando as coisas ficavam difíceis, o amor era mais um problema a resol...