Capítulo - 06

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"Pelo amor de Deus, o que está fazendo aqui?"

Sana estava parada na porta da frente da casa alugada de Tzuyu, como se houvesse aparecido do nada.

"Vim ver você, Chou. Conversar, esclarecer as coisas. E beijar mais um pouco."

"Não há nada para conversarmos. Nada a ser esclarecido. E não vamos nos beijar. Nunca mais."

Depois daquilo, ela deveria ter ido embora. Em vez disso, chegou ainda mais perto. Perto o bastante para enlouquecer as células que ainda estavam funcionado.

"Tzu, se me deixar entrar..."

"Eu poderia estar na cama com outra pessoa."

"Mas não está, está?"

"Não" - que merda, deveria estar. - "Mas isso não quer dizer que estava esperando você."

"Pare de querer negar o que aconteceu entre nós, Tzuyu. Não vai conseguir me convencer de que nossa ligação não é verdadeira."

Passou os olhos pelo corpo dela, parando nos seios e nos quadris mais tempo do que deveria.

"Você é inocente demais pra mim, princesa. Por que não vai embora antes que aconteça alguma coisa a qual se arrependa depois?"

Em vez de reagir ao sarcasmo dela, ela simplesmente sorriu.

"Uma das vantagens de ser uma bibliotecária é ter acesso infinito aos livros." - Ela lambeu o lábio inferior, devagar. "Todos os tipos de livros..."

"Ler sobre sexo não significa porcaria nenhuma, princesa. É o que você faz e o que topa fazer que conta."

"Eu topo qualquer coisa."

Merda! Não era pra ela ter dito isso!

"Qualquer coisa?"

"Já disse pra você. Você não vai conseguir me mandar embora, nao importa o quanto tente. Você não me assusta."

"Quantas vezes você já teve os olhos vendados? E não estou falando de brincar de cabra-cega."

'Sei que não."

"Quantas vezes?"

"Tem certeza de que quer mesmo saber?" Que bosta, por essa a Chou não esperava.

"E sexo em lugar publico?"

"Defina público."

"Ok.. então quer dizer que você aprontou por aí. Mas você e eu sabemos que o que uma garota como eu quer não é algo que uma garota como você queira dar."

"Quer apostar?"

"Não sou gentil e carinhosa como as outras pessoas com quem você esteve antes. Se cometer o erro de dar um passo para dentro desta casa" - ela avisou -,"não há volta."

Ela entrou.. o rosto dela mostrava esperança, desejo e algo que se parecia demais com amor, quando alcançou o zíper lateral do vestido e começou a abri-lo.

Não.

Meu Deus, não.

"Sana" - o nome dela soou como um pedido trêmulo saindo dos lábios dela.

O zíper desceu até o final e ela segurou o vestido no lugar. Os olhos estavam abertos, mas Chou  não viu medo nem nervosismo neles. Somente expectativa. Um desejo forte.

Um momento depois, Sana deixou o vestido cair no chão de madeira e ficou na frente dela usando nada além de um par de saltos cor de rosa.

"Sou toda sua, Chou."

Só Tenho Olhos Para Você | Satzu G!POnde histórias criam vida. Descubra agora