Capítulo - 16

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Como Tzuyu sabia que andar de bondinho era uma de suas coisas favoritas?

Sana não teve outra opção além de sorrir quando o vento passou por seus cabelos. Uma criança, de mãos dadas com a mãe na calçada, acenou e Sana acenou de volta. O fato dela querer passar o dia inteiro com Sana foi uma surpresa e tanto. Mas não esperava que fosse levá-la a um passeio turístico em Seul... ou que fosse segurar a mão dela o tempo todo. Ainda estava reticente em confiar nela de novo depois da maneira como Tzuyu havia se afastado dela de manhã, mas já não a sentia tão tensa ao seu lado. Desde que ameaçou terminar aqueles sete dias mais cedo, os músculos do maxilar dela não parara de tremer.

Sana puxou-lhe a mão para que olhasse para ela.

"Faz muito tempo que não ando de bondinho." Sana sorriu para ela. "Obrigada!"

Ficou feliz ao ver um pouco da tensão desaparecer dos ombros de Tzuyu.

"Toda vez que eu vejo um, me lembro de você."

A surpresa lhe tirou o fôlego ao mesmo tempo que o bondinho de uma parada brusca na rua, jogando-a diretamente nos braços de Tzuyu. Deus, como adorava ficar ali. Sempre se sentia tão segura quando ela a abraçava.

Sana olhou para aquele rosto lindo.

"Como sabia que eu gostava de bondinhos?"

"Você sempre foi importante para mim, Sannie."

A simples declaração a fez resplandecer de alegria. Ah, seria tão fácil se entregar a ela. Mas se lembrou de que com a Chou precisava de cautela e, assim, tentou se afastar dos braços dela, comentando:

"Ás vezes, quase me esqueço de você praticamente cresceu comigo."

Em vez de soltá-la, Tzuyu puxou-a
ainda mais para perto.

"Passei bastante tempo na sua casa. Não tente se convencer de que não prestei atenção em você, porque prestei."

Verdade?

Tzuyu praguejou do nada e então, soltou-a; o vento frio entre elas fez Sana se arrepiar imediatamente.

"Prometi não tocar em você."

Sana odiava aquela promessa. Depois de tantos anos sem poder tocar em Tzuyu, e então finalmente poder se entregar àquela vontade incontrolável de ser fisicamente carinhosa com ela, doía não poder voltar para os braços dela e a beijá-la como vinha fazendo nas últimas 24 horas.

No entanto, sabia porque ela havia feito essa promessa. Era muito fácil perder-se nas faíscas sensuais sempre acesa entre elas, muito mais fácil do que ter certeza de que havia uma ligação verdadeira, uma conexão real que as manteria juntas durante a provação dos gêmeos... e uma possível vida juntas, casadas.

Mesmo assim, quando ela soltou a sua mão, Sana se recusou a retirá-la. Não abdicaria disso também; não quando parecia tão certo; não quando ficar de mãos dadas era quase melhor do que fazer sexo com ela. O corpo de Sana zombava daquele pensamento, e ela, em silêncio reconheceu que havia pouquíssimas coisas na vida melhores do que fazer sexo com Chou Tzuyu. Nesse momento o condutor anunciou que iriam em direção há uma região que ficava um dos melhores restaurantes chinês da cidade e o estômago dela reagiu imediatamente à notícia, com um barulho alto que superou o som esganiçado do Bondinho descendo pelos trilhos.

Ela sorriu para Tzuyu.

"Acho que os nossos filhos gostam de comida chinesa."

Nossos filhos.

Essas duas palavras soaram no peito de Tzuyu, parando bem no meio, onde seu coração batia acelerado. Deveria tê-la feito comer melhor no café da manhã. Mas, em vez de colocar as necessidades dela em primeiro lugar, se ocupou em possuí-la ardentemente no banquinho da cozinha, para depois afastá-la assim que tinham terminado.

Só Tenho Olhos Para Você | Satzu G!POnde histórias criam vida. Descubra agora