Capítulo - 09

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Algumas coisas pareciam muito estranhas para Sana, como o fato de, depois de todos esses anos desejando, querendo e sonhando, estar finalmente sentada na cozinha de Tzuyu.

Ela fazendo o jantar.
Ela grávida.
Dela.

Sem dúvidas havia sido abduzida para dentro de "Além da Imaginação". As luzes da cidade, vistas do loft no terceiro andar do que um dia foi parte industrial da cidade, eram espetaculares. No entanto, ela não conseguia tirar os olhos de Tzuyu. para uma mulher solteira, tinha geladeira surpreendentemente cheia e parecia saber o que estava fazendo com as cenouras, batatas e cebolas. Sana estava com raiva por Tzuyu lhe dar ordens, mas precisava comer. E não tinha problema nenhum em deixar que alguém a servisse em um dos dias mais turbulentos de sua vida.

Obviamente que, só porque a grande e perigosa Chou Tzuyu estava irresistivelmente atraente fazendo o jantar para ela, Sana sabia que não deveria tirar conclusões precipitadas sobre o que ela estava fazendo, nem confundir a preocupação dela pelo bem-estar do bebê com a preocupação com ela agora que sabia que seria a mãe, podia perceber que tudo o que ela queria era uma criança com saúde, Sana não tinha a menor dúvida de que Tzuyu não pensaria duas vezes em tomar medidas drásticas para alcançar seus objetivos, como amarrá-la e forcá-la a comer refeições saudáveis.

Ah, e a parte de amarrar parecia uma ideia tão boa.

"Está com calor? Muito frio?"

"Estou bem" - Sana disse seca.

"Você tem ficado..."

A mulher mais segura que já conheceu, de repente, parecia não saber o que dizer. Que droga!, Sana disse a si mesma, isso não é nem um pouco charmoso..

"Tem ficado enjoada?"

"Não. Geralmente só me sinto muito cansada." - Mas pensei que fosse porque toda vez que tentava pegar no sono acabava pensando em você. - "e foi por isso que não percebi que estava grávida, até hoje."

"Que bom" - ela respondeu em voz baixa enquanto completava o copo de suco na metade e colocava um prato de pão com manteiga derretida na frente dela antes de ir para trás do fogão. - "Fico feliz que esteja se sentindo bem."

Era difícil lembrar de que a Chou, na verdade, não se importava com ela, quando estava sendo tão carinhosa. Como conseguiria manter a guarda durante sete dias? para começar como Tzuyu tinha conseguido que ela concordasse com essa história de uma semana?

Sana ainda não tinha certeza, apesar de achar que nunca esqueceria a expressão no rosto dela quando lhe disse que não queria nada dela e que cuidaria sozinha do bebê, sem nem mesmo colocar o nome dela como mãe da criança.

Por um momento, Tzuyu pareceu perdida, depois zangada. E então, determinada.

Talvez devesse ter vindo mais preparada para a reação dela, mas nunca esperava que ela quisesse um bebê. Especialmente um bebê com ela. E, sinceramente, ainda não entendia o por que dela querer tanto isso. A Chou era uma solteira convicta; sua vida noturna não combinava com a dinâmica familiar.

"Não acredito que você sabe cozinhar." - a declaração simples saiu cheia de veneno, mais do que ela imaginou ter dentro de si. Sana não conseguia entender como podia amá-la e odiá-la ao mesmo tempo mas era isso que sentia.

"Tive que aprender, quando o cozinheiro ficou doente e não tinha mais ninguém que soubesse cozinhar."

"Nunca imaginei que fosse tão difícil ter um restaurante." - Ela comentou, Jinni achou que ela estava falando sobre a compra e a administração do primeiro pub coreano Chou's.

"É, foi complicado reconhecer que a administração do Chou's dependeria totalmente de mim. Para o bem ou para o mal, a culpa seria minha, mas não foi nessa ocasião que aprendi a cozinhar. Tinha dez anos. Meu pai trabalhava no balcão do bar. Eu ficava no fundo, lavando pratos para ganhar dinheiro. O cozinheiro estava muito bêbado para dar conta dos pedidos; desmaiou e os clientes começaram a reclamar com meu pai. Ele me mandou cozinhar." - Tzuyu passou os legumes para um prato, então variou o assado que havia aquecido no prato ao lado - "E aí fui lá e cozinhei."

Só Tenho Olhos Para Você | Satzu G!POnde histórias criam vida. Descubra agora