Hospital

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Chálotte sempre teve o costume de não olhar para os homens que vinham em casa para brincar comigo.

Porque os que me fazem ver seus rostos nunca mais saiam da minha mente. Tinha pesadelos com eles, com seu olhares nojentos em mim, bêbados, aquelas suas barbas sujas, aqueles seus sorrisos estranhos...

Mas tinha um...Um não.

ELE.

Era um homem de idade, estava em boa forma deveria fazer academia, se cuidava bem tinha barba raspada, cabelo feito, não era fedido, não aparecia bêbado para brincar, mas o que me fazia ter nojo dele ou melhor odiar era a dor que me causava.

Sentia que morreria todas as vezes que estava com ele. Me batia tão forte que sentia minha pele queimar em um nível...
Quando acabava florzinha ardia e ficava toda roxa e vermelha, Chálotte não conseguia se mexer pela dor.

Mãe não gosta do estado que Chálotte ficava, por um tempo achei que ela se preocupava comigo o que na verdade era que não gostava porque tinha que ficar dias esperando minha pele voltar ao normal para poder brincar com outros, mas nunca reclamou por ele pagar muito a ela.

Deus dicupa Chálotte, mas queria ver ele morrer.

Lacrimejava vendo aquele par de tênis em minha frente sentia minha respiração começar a ficar instável ao ouvir sua voz.

- Não viu que falei com você? - diz grosso

Não respondo.

- Ela te deixou no vácuo cara. - disse risonho o outro que apareceu.

- Se cala essa boca. - fala firme fazendo o mesmo levantar os braços em rendição. - Não me respondeu de novo garota? - ri sínico. - Jack leva ela pro banheiro. Vou a ensinar a ter bons modos. - morde o lábio inferior.

Engulo em seco suas falas, o mesmo me pega pelos cabelos, mas chuto seu saco e ele solta meu cabelo me dando a chance de correr.

Chálotte você bateu nele isso não é bom... Penso enquanto corria.

Esbarrava em quase todo mundo que estava em minha volta, subi as escadas rolantes empurrando as pessoas e me desculpando com elas. Passo por todos os corredores que via, olho para trás enquanto subia uma escada e acabo tropeçando e batendo meu joelho que estava com pontos numa quina.

Me levanto com dificuldade quando escuto os gritos do homem próximos, tento correr rápido, mas meu joelho latejava e doía muito entro em um pequeno corredor que não tinha saída sem querer e quando tento voltar dou de cara com os dois.

- Você corre muito né? - diz cansado com as mãos nos joelhos.

Engulo em seco e vou andando para trás até sentir encostar na parede gelada quando o mesmo vem em minha direção.

- Pufavo me deixa ir. - digo chorando e o mesmo ri cínico.

- Você precisa de bons modos não acha? - fala pegando em meu queixo.

- Não, não pufavo... - falo quando vejo ele tirar o cinto.

- Se você gritar eu juro que vou te enforcar até morrer. - aperta meu pescoço.

- Aham. - assinto depressa e o mesmo me solta.

Cubro meu rosto com as mãos enquanto ele me batia com o cinto. Mordo meu lábio inferior forte segurando o grito quando bateu encima da minha queimadura que estava começando a cicatrizar ainda, sinto o gosto de sangue invadir minha boca por completo pelo corte que fiz em meu lábio.

Sento no chão quando o mesmo para pra respirar, abraçava minhas pernas enquanto sentia a ardência pelo meu copinho todo sem ligar para meu joelho que sangrava por os pontos terem saído.

My Princess - B.E [G!P]Onde histórias criam vida. Descubra agora