Capítulo 13

51 4 1
                                    


INÍCIO DA LIGAÇÃO

− Oi, mãezinha, você está bem? Precisa de alguma coisa? – eu perguntei ainda um pouco atordoada pela forma abrupta com que eu me acordei.

− Filha, me desculpa por ter te ligado essa hora, mas é que já revirei as minhas coisas e do Michel e não tem um remédio para resfriado e eu acho que peguei um forte. – minha mãe falou e tossiu.

− Eu vi que nos quartos têm uma caixinha de primeiros socorros com alguns remédios nos banheiros, você já procurou lá? – eu perguntei, já me levantando e correndo para checar se não tinha o remédio na caixinha do meu quarto.

− Já, mas não tem. Eu só estou ligando porque está incomodando, nem consigo dormir. – minha mãe fungou.

− Claro, você fez bem. Fica tranquila que se eu não achar o remédio aqui, eu peço para o Santi ir comprar na farmácia mais próxima e vou aí deixar. Você está no seu quarto?

− Na varanda. Eu vim tomar um ar e também não quis acordar o Michel.

− Ok. Já eu te encontro, aguenta só mais um pouquinho. Te amo.

− Te amo, obrigada.

FIM DA LIGAÇÃO

Eu larguei o celular na pia do banheiro mesmo para procurar o remédio, revirei tudo, mas não encontrei nada e suspirei, guardando o celular no bolso do pijama e voltando para o quarto, vendo Santiago dormir. Infelizmente eu precisava acordá-lo, era melhor do que chamar Michel, porque com certeza ele iria piorar a saúde da minha mãe.

− Santi, amor, acorda. – eu falei baixo, passando a mão no cabelo de Santiago.

− Oi, amor, aconteceu alguma coisa? – Santiago perguntou após se acordar e se virar para mim, coçando os olhos.

− A minha mãe se acordou com resfriado forte, acabou de me ligar pedindo remédio e não tem aqui. Você poderia ir comprar, por favor? Ela não quer chamar o seu pai.

− Claro, conheço uma farmácia aqui perto, na outra rua. Vou só passar uma água no rosto e trocar a roupa antes de ir. – Santiago falou, já se levantando.

− Obrigada. Quando voltar, já me encontra na varanda, ela está lá e eu vou ficar fazendo companhia até melhorar. – eu falei e Santiago assentiu. – Não sei o que seria se não fosse você porque eu não acho seguro que uma mulher saia sozinha na rua a essas horas. – eu acariciei o rosto do meu noivo.

− Nem precisa agradecer, eu já me sinto da família e em breve serei oficialmente como seu marido. – Santiago sorriu, beijando minha mão que estava em seu rosto e me dando um selinho. – Até logo. – ele pegou uma camisa verde e foi para o banheiro.

Eu suspirei. Da vida, eu só desejava duas coisas, que minha mãe vivesse um amor tão tranquilo quanto o meu e que Santiago nunca se tornasse Michel que parecia o melhor homem do mundo e se mostrou o contrário. Eu vesti um casaco, abri a porta de vidro que dava acesso para a varanda e logo encontrei minha mãe sentada em uma poltrona, coberta em um edredom grande, com os olhos e nariz vermelhos e respirando pela boca. Era algo normal, mas eu detestava vê-la doente de qualquer coisa.

− Oi, manhosinha, o Santiago já foi comprar o remédio. Como você está?

− Meu nariz está entupido e minha garganta e cabeça doem. – minha mãe me deu espaço para eu me sentar na poltrona com ela praticamente em meu colo.

− Foi por causa do frio da praia. – eu falei preocupada.

− Não, eu acho que foi porque eu também tomei um banho um pouco gelado, mas não pensei que fosse fazer mal.

Segredos Revelados (2ª Temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora