Capítulo 42

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31 de Dezembro- 12:00

Era quase um ano novo e Aether ainda tinha esperança, embora a morte fosse o jeito fácil de fugir, no fim ele ainda estaria deixando todos para trás, deixando Kazuha, Qiqi, Paimon, Rosalyne e, embora ela provavelmente não se importasse, Lumine, o início de sua jornada e a quem retornaria no fim de tudo.

— Garoto! — Eiji gritou abrindo a cela.

Aether ficou tenso com a aproximação repentina, mas o guarda não esperaria, ele pegou o prisioneiro pelo pulso e o puxou entre as celas.

Aether não conseguiu acompanhar, apesar de ter melhorado após os remédios dados por Ayato, ele não estava no seu auge, talvez nem pudesse voltar a ele por muito tempo, principalmente depois "daquilo", naquele momento, assim como antes, seu corpo doía, e só em seu tempo na prisão Aether havia pensado sobre como estava fraco, ele havia regredido muito em Inazuma, é claro, não era como se tivesse atacado com seu máximo, mas talvez o abuso de sua energia original – a qual já era fraca – tenha o desgastado. Talvez nem tenha começado em Inazuma, mas em Liyue mesmo, quando ele trabalhava e jogava as noites de sono no lixo.

Aether admitiria sua irresponsabilidade, ele deveria ter seguido sua vida normalmente, talvez mudado para um canto do mapa invisível com Paimon e Qiqi, mas ele havia sido burro, ele tinha que ser burro...

— Esta me ouvindo vagabundo?! — Eiji gritou parado na frente de uma porta

Aquele lugar era completamente diferente da prisão, quando que Aether havia chegado ali?

— Senhor Kamisato quer falar com você antes da audiência. — O guardinha disse com os braços cruzados.

Aether hesita, mas acena com a cabeça ainda em dúvida do que deveria fazer.

— Levante as mãos. — Ordena.

Ele obedece.

Com as mãos erguidas, o guarda coloca algemas em seus pulsos antes que Aether pudesse falar qualquer coisa.

— Isso é pelo bem do mestre... Temos que ter certeza de que você não o machucará. — Eiji murmura.

Aether olha as algemas por um momento.

— Certo. — Disse sem nenhuma emoção.

Toc... Toc... Toc...

— Entre. — A voz de Ayato soa por trás da porta.

Eiji acena para si por um momento e logo abre a porta deixando Aether ali, saindo no segundo seguinte.

— Aether. — Ayato disse indo até o garoto.

— Olá... — Ele respondeu silenciosamente. — Eu... Eu sinto muito por ter te causado tantos problemas...

Ayato olhou para Aether tristemente, talvez fosse simpatia ou apenas pena, de qualquer modo, aquilo não importava no tribunal. Ayato suspirou e colocou as mãos no ombro do garoto e disse:

— Aether, as coisas não parecem muito boas. — Ayato disse com a voz saindo suave, como sempre, mas no fundo mostrava um arrependimento.

— Eu... Eu sei...

Naquela situação, praticamente ninguém estava ao lado de Aether e haviam muitos relatos do dia. No geral, seria muita sorte caso conseguissem evitar a pena de morte, Aether já tinha uma fixa criminal, se não por tentar derrubar o poder dos clãs, que estavam o julgando, talvez pela situação de duas nações acreditarem que ele é uma das piores pessoas do mundo, que – pelos rumores aumentados — tem um alto posto no abismo.

Tradução: Aether estava ferrado, não havia um juiz imparcial e nem testemunha ao seu lado.

— Eu já não posso evitar esse julgamento, eu tenho adiado o máximo, para que haja tempo para Heizou voltar, mas aparentemente o caso de roubo está realmente sendo problemático. Aether, eu sinto muito...

Traidor Aether ? - Genshin ImpactOnde histórias criam vida. Descubra agora