— Beidou! — Kazuha gritou correndo para a ponta do barco. — Aqui já é longe o suficiente!
A capitã soltou a roda do leme e levantou a sobrancelha.
— Charlie, toma conta aqui! — ela exclamou pulando por cima dos degraus e indo em direção a Kazuha. — pirralho, a gente ainda tá longe da cidade, o garoto pode estar fingindo estar bem, mas a ex-fatui ali deixou bem claro como ele não está bem.
Kazuha olhou para trás, Rosalyne estava com Aether dormindo, ele não tinha a mínima ideia de como ela havia feito seu companheiro por dois dias, mas funcionou. Kazuha voltou-se para a situação atual, seria muito mais fácil eles descerem em um lugar distante e seguirem andando em paz, sem ninguém meter a colher.
— Aqui é melhor...
Rosalyne estava parada em silêncio, Aether estava dormindo feito uma criança em seus braços, era fofo, mas seria mais se não tivesse sido ela quem havia colocado o sonífero na água dele.
Rosalyne sorri levemente assistindo-o.
Então ela começa a ouvir a conversa entre Kazuha e Beidou, não era interessante, eles só estavam discutindo sobre onde parar o barco, mas sem dúvidas Kazuha tinha seu apoio, era melhor eles simplesmente pararem onde estavam e Rosalyne podia lidar a partir daí.
A pequena discussão seguiu por poucos momentos antes de Beidou bufar e ceder.
— Certo! — ela gritou batendo o salto no chão de madeira. — Vamos parar aqui!
— O que?! Capitã!— Não é para tanto drama. — Rosalyne disse tomando frente e indo até a borda do barco. — Obrigada por nos trazer até aqui, Beidou. Qiqi, Paimon e Kazuha, é hora de ir.
Com sua fala completa, Rosalyne deixa cair uma pequena energia elemental que, quando toca na água, explode, formando uma plataforma de Cryo.
A mulher pula no gelo recém formado e, ao seu toque, aquela pequena plataforma se expande.
— Venham! — ela grita, começando a caminhar em direção a terra.
Kazuha pega Qiqi no colo e acena para Beidou.
— Nos vemos um dia desses. — ele acenou e pulou na ponte.
Talvez fosse um pouco chamativo, quase meia dúzia de pessoas andando no mar, mas talvez nem fosse esse o maior problema.
— Qiqi tem sonoooo... — a zumbi disse caminhando atrás de Kazuha.
Rosalyne se virou para eles e depois olhou para o porto, a vista era plena e limpa, havia diversas pessoinhas com lanças, chegava a ser um pouco fofo, eles obviamente já tinham os notado, mas aquilo era pouca merda, Rosalyne não se preocupava com os guardinhas, mas os Adeptis são outra coisa, além dos Qixing que sem dúvidas iriam tentar matá-los.
— São...
— Temos que ir mais rapido. — Rosalyne disse vendo as pessoinhas começando a correr para os lados (aparentemente vindo em direção a eles).
Como todos sabiam, uma grande plataforma Cryo no meio do nada não era algo comum.
— Kazuha! — Paimon exclamou. — Pega Qiqi!
O garoto parou e correu para a pequena zumbi, ele a levantou e voltou a correr (saindo dali um pouco antes que o gelo derretesse).
— Eu avisei para ter ido dormir mais cedo ontem! — Rosalyne exclamou correndo com o loiro.
— Qiqi não lembrou! — Qiqi disse colocando a cabeça no ombro de Kazuha.
Kazuha riu internamente e continuou correndo. Mesmo que tudo estivesse desabando, era engraçado.
Correr no gelo era ruim, mas ainda era melhor do que ir nadando e com isso foi questão de tempo para que eles chegassem em terra. O ar de Liyue era diferente, por assim dizer, Kazuha e Rosalyne nunca haviam notado o quão pesado e quente era aquela cidade, talvez fosse por eles estarem do lado contrario agora;
Rosalyne sempre foi uma pecadora, mas nunca esteve, de fato, contra a lei, melhor, nunca alguém que ela se importava esteve contra a lei, talvez fosse isso que pesasse tanto, saber que se ela vacilasse a vida de Aether poderia descer pelo ralo e que se ele morresse, quase ninguém se importaria.
Kazuha quase sempre foi alguém fora da lei, ele foi um dos poucos que tentou lutar contra a ditadura da Raiden e do Shogunato, seu amigo morreu por aquela causa e depois de algum tempo seus crimes foram absolvidos e as vítimas foram esquecidas. Aquele ar pesado era algo que Kazuha só encontrava em Inazuma, mas agora Liyue também não era mais segura, só de estar ali já o fazia ficar atento.
— Para onde nós vamos? — Rosalyne perguntou.
Qiqi olhou ao redor não procurando por nada em específico, tudo era muito familiar, era bom voltar para casa. Qiqi virou a cabeça para os outros e nenhum deles parecia realmente feliz, Qiqi podia ver a preocupação no rosto deles. Qiqi não gostava de vê-los assim, ela não gostava de ver Aether daquele jeito. Mesmo estando em casa, Qiqi não queria voltar para a farmácia Bubu, ela queria ficar com Aether, ela que ele ficasse bem para que pudessem voltar a viver bem...
Paimon bateu os pés no ar e foi para frente.
— A gente não pode ir para a cidade, então vamos para as montanhas. — ela exclama tomando iniciativa.
— Viemos ver o Doutor Bai, se–
— Isso Kazuha pode resolver depois, agora tem um monte de soldados vindo pra cá e a gente não pode lutar com eles!
— A gente meio que pode lutar com eles–
Paimon deu um chutinho no ombro de Rosalyne.
— Não, nós não podemos, agora vamos deixar o Aether em um lugar seguro, achar um jeito de trazer o Baizhu para que então o Aether possa viver em paz! — ela gritou chorando.
Rosalyne de fato de sentiu um pouco culpada ao ver pequenas lágrimas escorrendo pelo rosto da Paimon.
— Merda, desculpa Paimon. — Rosalyne murmurou. — Eu deveria estar mais preparada para esse tipo de situação e...
— Não é hora de discutir, passe o Aether para cá e vai construindo as pontes pra nossa fuga. — Kazuha disse indo para da loira.
Rosalyne olhou para ele como quem dizia: "Isso é serio?" No fim ela entregou Aether para ele.
— Quanto tempo ele vai dormir? — Kazuha perguntou pegando-o no colo.
— ...
— Quanto tempo de sonífero você colocou na bebida dele?
— ... — Rosalyne soltou suspiro — Eu coloquei bastante.
— Céus. — Kazuha disse. — Começa a criar o caminho, tenho certeza que eles já devem estar perto.
— Certo, pirralho.
Kazuha olhou para Aether, ele dormia em paz, mais passifico do que Kazuha já o viu em seu tempo. Eles não se conheciam a muito tempo, quando se encontraram a fama do Aether já era a de um traidor, Kazuha nunca pensou que se aproximaria tanto dele, principalmente comparando com seu eu atual, é difícil pensar em um Aether diferente do seu atual, mas Paimon parece sentir falta do Aether de um ano atrás, ela não falava com essas palavras, mas ainda era claro pelo jeito que ela se comportava... Só é triste... Ver como uma pessoa tão doce quanto o Aether passar por aquele tipo de coisa, é coisas desse tipo que me faz perder a fé na humanidade.
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Quero ver se volto a escrever mais capítulos longos.
Bem, meu povo, esse é o capítulo da semana, talvez saia um extra aqui msm.
Esse capítulo é como uma passagem do arco 2 para o 3
(arco 1 sendo antes do Aether ir para Inazuma, 2 em Inazuma e 3 Sumeru)
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Traidor Aether ? - Genshin Impact
Fanfictiondepois que Aether descobriu que os Magos do abismo já foram humanos, ele parou de enfrenta-los, ele só lutava em casos extremos e assim surgiram boatos. -Os primeiros capítulos são meio ruins, afinal eu escrevi quando era mais nova, eu estou melhora...