Capítulo 57

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 Aether pegou a mão de Paimon e de Qiqi e fechou os olhos, não querendo ver toda a briga. Tudo ocorreu muito rápido, tanto Kazuha, quanto Rosalyne, quase estouraram o acampamento. Mas não seria tão fácil, os fatui notaram a situação um pouco antes da explosão, apesar de que a garota com a marca de Dottore caiu e se machucou. Com exceção das pessoas do grupo do Aether, os olhos de todos se arregalaram.

— Rasli! — gritou o garoto mais velho.

Um sorriso cresceu no rosto de Rosalyne.

— Ora, ora, quem nós temos aqui?

Os olhos do garoto se arregalaram e se voltaram para a bruxa carmesim. As mãos dele tremeram ao ve-la.

— M-Mestra...

Na roupa dele havia uma marca rasgada, era uma borboleta simples e significativa, aquele brasão era o que demonstrava a lealdade dele; estar rasgada, deixava claro o que a vida e a morte de Rosalyne significava para ele.

— Em pensar que me trocaria por aquela merdinha, Owen.

Assim a luta se iniciou...

Rosalyne abriu os braços e borboletas vermelhas e azuis voaram, elas eram graciosas em cada batida de asas. Owen correu para trás sendo seguido pelo pequeno menino de Capitano e uma mulher alta, mas ainda adolescente, uma das crianças da Serva. Outros dois correram para o lado contrário e a menina de Dottore e a mais velha, seguidora de Pierro, ficaram para lutar.

— Saiam dai! — gritou Owen.

O rosto do antigo seguidor de Signora ficou pálido, mas seu aviso chegou tarde. As borboletas explodiram em uma mistura de cores azuis e vermelhas e até mesmo roxas. Kazuha veio em meio a explosão, sua lâmina acertou o braço da seguidora de Pierro, mas era como ferro e não passou. Um sorriso criou-se nos lábios dela quando o jogou para cima, pronta para desferir um ataque. Um raio de Pyro quase o acertou, porém Kazuha era rápido, criou uma plataforma de Anemo e a usou para se aproximar de Owen.

— Kazuha! — Rosalyne gritou atirando mais uma borboleta.

Um aceno fez os inimigos estremecerem. Kazuha pulou novamente para o alto e, antes de tocar o chão, usou energia anemo para puxar todos para um lugar só, assim ele criou um redemoinho que absorveu a borboleta de Rosalyne.

Um escudo hydro engoliu as pessoas ali, mas o tempo passou rápido e a resistência também, o escudo baixou e eles se feriram. Com seus inimigos feridos, Kazuha e Rosalyne conseguiram terminar a situação rapidamente.

— Decepcionante. — Cuspiu Signora — EM pensar que pequenos lixos como vocês se tornariam tão próximos dos mensageiros.

Uma forte corrente de fogo empurrou todos os jovens para trás, deixando apenas a jovem seguidora do Dottore. Um sorriso surgiu nos lábios da mulher mais velha, seus passos eram lentos e deixavam sua intenção clara; em suas mãos, ela segurava duas correntes de fogo, uma em cada.

Todos permaneceram no mais profundo silêncio. Kazuha observou tudo quieto, havia aprendido a perder aquela pena, poucos naquele mundo hesitariam em matá-los, aquelas crianças ficariam melhor no descanso em paz do que sofrendo.

— Isso é o suficiente. — Aether se manifestou. — Não há a necessidade de matar uma criança, Rosalyne.

— Aether, espere por um tempo, eu sei que você só quer o bem, mas, sinceramente, esse é o melhor fim para eles. — ela disse. A ideia parecia absurda, matar crianças, o fato de sequer eles terem sequer os enfrentado já era tolo, mas Rosalyne e todos os viajantes já sabiam disso, mas a ideia da mulher não era vazia, a vontade dela de matá-los não era infundada, se eles os viram, iriam relatar e a existência deles se tornaria ainda mais problemática e... e se ela os deixassem viver, a vida daquelas crianças seria miserável, simples armas humanas, existenciais feitas para cumprir a vontade da deusa Cryo.

— Rosalyne, eles ainda tem muita vida, a guerra não é garantida, então, por favor, pare com isso. — a súplica em sua voz fez a mulher parar, salvá-los não era sua obrigação, mas matá-los seria um bem para a equipe, porém seu mestre não queria aquilo, Aether era seu mestre.

— Sinto muito. — murmurou dando alguns passos para trás.

— Não precisa se desculpar, eu sei que você só quer o nosso bem, Rose.

As crianças pareciam horrorizadas, talvez só agora caisse a ficha do que estava fazendo, ver o rosto desesperado daquela pequena criança que não carregava a culpa do homem que a usava como seguidora. Rosalyne suspirou e voltou para trás.

— Sinto muito, crianças. — Aether disse abaixando-se a altura da pequena.

O garoto loiro ofereceu a mão para ela e, hesitantemente, a menininha aceitou. Aether se levantou junto a ela. Ele abriu seu inventário e tirou algumas bandagens, cuidadosamente enfaixou as feridas.

— Qiqi, pode me ajudar a curá-los? Pelo menos superficialmente.

A pequena zumbi acenou e correu até os jovens. Ela levantou seus bracinhos e os jogou para baixo. Gelo começou a consumir os arredores e neve começou a cair, onde os flocos tocavam era curado, não muito, apenas o suficiente para que as feridas se fechassem, mas ainda sobrava a dor que existia anteriormente.

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Sinto muito se o capítulo ficou meio estranho, eu passei um tempo longe dessa fic pq ela tinha ficado um pouco... chata? Eu começo a criar varias ideias com um tema semelhante e futuros diferentes, mas o despenhadeiro achei bem chato :^

A fic vai continuar, até pq odeio deixar as coisas incompletas, mesmo que demore muuuuito tempo para completar <3

Obrigada por ler até aqui, meus amores sofredores (kakakakaka)

Traidor Aether ? - Genshin ImpactOnde histórias criam vida. Descubra agora