Traidor Aether ? - Genshin Impact

Spin-off?

Eu to sem muita inspiração, então tome aqui um spin-off? Eu diria que realmente ocorreu, mas ainda está fora de ordem, então vamos chamar de spin-off! Naruto fez isso e eu também posso fazer!!

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Aether não conseguia levantar o olhar, naquele momento sequer conseguia pensar direito, sua mente só conseguia repetir a mesma pergunta: por que eles me olham? Todos, tanto na rua quanto em suas casas, paravam para olhá-lo, como se fosse um animal de circo, seus olhos fixos e horrorizados pareciam esperar alguém para começar uma revolta.

Aether não entendia o que havia feito, não era como se os rumores fossem reais ou houvesse algo de errado com ele, naquele momento, ele só queria fugir dali o mais rápido possível, mas, por algum motivo, suas pernas não obedeciam a ordem para correr, elas apenas se mantinham trêmulas com cada passo dado por ele.

Naquela rua havia em torno de 20 pessoas, o silêncio era ensurdecedor e horrível, não havia a necessidade de se dizer algo, os olhos já diziam tudo o que ele necessitava saber e até mais. Pessoas nervosas e tensas, então...

— Aether!

Paimon gritou voando para trás com as mãos sob a boca ao mesmo tempo que uma pedra acertou a testa do loiro. Murmúrios começaram a ecoar pelo silêncio junto de risadas e novos gritos, as coisas mudaram em um instante. Um garoto pulou da multidão e começou a gritar:

— Você! É sua culpa! — Lágrimas corriam pelos olhos do jovem.

A visão turva de Aether pôde notar o vermelho nos dedos machucados daquele ruivo, mas sua cabeça não conseguiu chegar em um consenso do que fazer, tudo que sabia era que não deveria atacar, mas após alguns instantes, essa escolha teve sua consequência.

— Aquele monstro não vai reagir?! — uma voz murmurou em meio às outras.

O garoto ruivo pegou outra pedra solta da calçada e atirou-a em Aether.

— Seus monstros mataram minha irmã!

O rosto de Aether se empalideceu, não por causa da pedra que acertou sua perna e lá deixou um roxo, mas por causa da simples fala daquela criança. Nós a matamos? Pensou. Eu fiz isso? Certo. Minha irmã fez, logo o sangue da irmã desse garoto também está em minhas mãos, certo?

Enquanto Aether se perdia em seus pensamentos, algo despertou nas pessoas, se aquele traidor não reagiu, então ele não reagirá. Pareceu um consenso geral quando diversas pessoas pegaram pedras, galhos e qualquer coisa que carregassem e começaram a atirar essas coisa com força no garoto parado.

— Aether! — Paimon gritou voando para mais perto, esquecendo-se totalmente do perigo, e balançando o corpo dele.

Uma pedra acertou a fada, que voou para trás ferida, os olhos de Aether se arregalaram quando viu a imagem branca se misturar com o vermelho, mesmo tudo parecendo um borrão, seus ouvidos ouviram o grito dolorido de Paimon. A pobre menina acertou uma parede com o impacto da rocha.

— Seu monstro!

— Você matou meu pai!

— Mamãe...!

Mesmo tentando se levantar, seu corpo parecia pesado e dolorido, sua visão estava completamente vermelha e seu corpo tentava se mover para onde havia menos som, mas agora aquilo já havia virado um círculo no qual coisas eram atiradas de todos os lados.

— Joga pedra nele! — gritou alguém e no mesmo momento outra pedra acertou sua cabeça.

— P-Paimon... — Ele chamou-a, mas as vozes ocupavam todos os lados de sua mente.

Aether desistiu de tentar se levantar, ele apenas ficou no chão sentindo a dor, mas com a falta de reação, uma pessoa tomou uma iniciativa e simplesmente chutou o rosto do loiro...

E então tudo caiu...

Kaeya estava voltando de uma caminhada, ele estava em seu dia de folga após tanta bagunça em relação à Aether, estava fazendo uma semana desde que toda aquela bagunça ocorreu e o clima na cidade inteira estava tenso, horrível para todos. Jean havia tomado a iniciativa de expulsar ele da cidade, como havia ocorrido em Liyue, mas ela ainda estava atrás de assinaturas para a petição; Kaeya sabia que não faltava pessoas para assinar, afinal o abismo sempre foi um problema, a principal fonte de mortes ao redor de quase toda Teyvat. Mesmo com a insistência de Jean em banir Aether da cidade, Kaeya se via forçado e negar tudo aquilo, ele saberia identificar alguém que trabalha para o abismo, ele saberia logo quando Amber o apresentou.

Chegando perto dos portões, podia-se ouvir uma grande comoção, mas Kaeya não se importou muito, as pessoas estavam revoltadas e não valia a pena debater com eles, não quando estavam cegos pelo que o Abismo havia feito nos últimos 500 anos.

— Eu deveria ir beber algo? — perguntou-se passando pelos portões da cidade.

Como castigo divino, assim que Kaeya se moveu em direção à taverna, um estrondo ecoou, o som forte e alto, seguido por algum tipo de comemoração.

O cavaleiro imediatamente se virou e correu em direção ao ferreiro, na dobra da rua, havia uma multidão toda amontoada. Kaeya não precisou perguntar o que estava fazendo.

— Parem agora. — Kaeya ordenou tentando parecer calmo.

A princípio as pessoas sequer notaram sua ordem, só notaram sua presença quando gelo começou a consumir seus pé parando em seus joelhos, impedindo qualquer luta ou movimentos.

— Que porra vocês estão fazendo? — Kaeya perguntou com nojo em sua voz, ele passava entre as pessoas para chegar onde Aether estava.

— Ele matou nossos–

— Vocês são animais? — Perguntou o cavaleiro olhando para Aether caído no chão.

O silêncio reinou mais uma vez.

— Aether sequer reagiu?

Ninguém respondeu a pergunta, o silêncio era infundido em vergonha e uma raiva ainda acesa.

— Ele tentou atacar alguém para tamanha reação?! — Kaeya gritou.

...

Kaeya olhou para as pessoas, as quais desviaram o olhar. Foi então que, atrás de algumas pessoas, notou Paimon. Ele cerrou seus punhos para não gritar com aquelas pessoas, ele não podia se envolver demais, pessoas ignorantes como aquelas não reagiriam bem a uma repreensão. Kaeya passou pelas pessoas e pegou a pequena fada, deixando-a em cima do peito de Aether.

Kaeya caminhou até fora das muralhas e cuidadosamente os deixou no chão.

— Fiquem ai, eu vou atrás da Bárbara ou alguém que possa ajudar — disse, olhando para Aether e Paimon com um olhar entristecido.