Prólogo.

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Notas: Eu sei que esse é o mesmo prólogo usado na outra versão, mas eu acho q, de certo modo, ele se aplicaria aqui também e após tanto tempo com essa fanfic de pé é hora de dar um prólogo descente.

OBS.: isso é só uma atualização do prologo, se você já leu grande parte da historia é irrelevante voltar aqui

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— Viajante! — Paimon exclamou voando ao redor dele.

Aether parou de andar um pouco e olhou para ela, Paimon começava a fazer barulhinhos enquanto via o povo se reunindo em uma multidão ao redor da fonte, não era algo comum, nada do tipo havia ocorrido nos últimos meses, então ele e Paimon entraram naquele povo.

As pessoas tentavam se esquivar dele, mesmo que fosse irritante já havia se tornado normal aquele ponto, Aether não sabia o porque delas fazerem aquilo, mas era opção delas no fim das contas, ele e Paimon pararam ali no meio e começaram a olhar para onde todos olhavam.

Havia uma pequena banquetinha e um púlpito na área superior da cidade, seria um discurso?

Bem, não demora muito para uma resposta surgir, Jean aparece acompanhada pelos cavaleiros e ela sobe organiza o roteiro do que seria falado, por um segundo, ela puxa ar para dentro e então começa...

— Caros cidadãos de Mondstadt, hoje será um dia importante, após quase 100 anos desde a última que alguém foi banido da cidade, há algo que não pode ter um destino diferente desse...

Aether vira a cabeça, alguém seria exilado? O que alguém faria para merecer esse castigo? Especialmente em Mondstadt, que é a própria cidade da liberdade...

— Chegou aos nossos ouvidos que o viajante, Aether, também vem conspirando sob nossas costas com o maior causador de problemas da atualidade, a Ordem do Abismo.

O silêncio se instala, Aether não sabia o que diabos ele estava ouvindo, aquilo... aquilo era demais... Ele... Ele não tinha feito nada!

— O que? — uma mulher deixou escapar vendo e ouvindo, ela deu alguns passos para trás junto de outras pessoas deixando Aether quase isolado no meio de todos.

Jean suspirou e voltou a falar:

— Nós, Cavaleiros de Favonius, com a ajuda dos Qixing investigamos o passado e a trajetória do viajante pelas duas nações as quais passou e chegamos a conclusão que o causador de tais situações poderia ter sido ele, tanto no ataque do Osial em Liyue, quanto na loucura de Dvalian aqui, em Mondstadt. Nunca houve relatos de alguém como ele em nenhuma cidade, logo é desconhecido sua origem, com isso esclarecido, nós analisamos seus feitos, mesmos sendo causados por ele mesmo, e chegamos na conclusão que a melhor opção seria o isolamento das duas cidades e...

Os olhos de Aether se arregalaram, por que com ele? É claro, ele havia ajudado em todas as situações ditas e elas de fato estavam ocorrendo quando ele chegou, mas isso não podia ser simplesmente azar? Era... Era injusto–

— Eu não fiz n–

Antes que Aether pudesse terminar de falar, um punho voou ao encontro de seu nariz não dando tempo de reação, o dono da mão era um homem de meia-idade, cabelos levemente grisalhos e rosto vermelho.

— S-Seu maldito! — gritou em lágrimas — i-isso é sua culpa... M...Minha filha... Minha filhinha...

O homem caiu no chão conforme as lágrimas caiam.

Aether não conseguia enxergar bem, tudo parecia borrado e... e estava muito barulhento, estava difícil de entender o que as pessoas falavam, as vozes não pareciam nada com a língua de sua casa – que era tudo que ele conseguia se lembrar no momento.

— A-Aether! — Paimon grita da multidão.

O sangue fluia do nariz do viajante como cachoeiras, naquele momento ele não estava conseguindo acompanhar tudo o que estava acontecendo, era muito barulho, muito apertado, muito sangue...

— Ugh! — Aether soltou enquanto sentia seu cachecol sendo puxado. — ✰✦✰ ✩✧⋆✧✰!

— Diluc! — Paimon grita sendo levada pela multidão.

Aether não levantou a cabeça, ele tentava parar o puxão com seus pés, mas seguia sendo em vão e apenas piorava sua situação conforme o ar se esvaia a cada tentativa.

— P-Pare! — ele disse sufocando.

Diluc não parou de puxá-lo até eles estarem do lado de fora dos muros da cidade, Aether seguiu lutando, mas o homem era muito mais forte do que o ele, então as suas tentativas de fugir não foram efetivas.

Diluc o puxou até um lugar distante de todos e o prendeu contra a parede.

— Aether, você sabe que porra você fez?

Naquele momento, a cabeça de Aether não estava raciocinando bem, era como se ele tivesse esquecido tudo o que havia aprendido com Paimon nos últimos meses, todas as palavras que ele havia demorado tanto para aprender sumiram...

— ✧☆✦✰ ✩✧⋆✧!

Aether tentou explicar, mas aquilo fez Diluc ficar ainda mais irritado.

O viajante começou a de fato ficar sem ar, ele tentou se debater, mas nada adiantou, Diluc parecia querer matá-lo. Então, em uma tentativa estupida de fugir, Aether tentou se jogar no chão.

— Então você quer cair?! — gritou irritado. — Então você vai!

Diluc jogou Aether com tudo no chão, o garoto se sentiu apenas mais perdido, a grama estava muito suja com sangue dele, ele não sabia para onde correr...

— Se você trabalha com o Abismo, você deve ter o mesmo fim deles–

Diluc levanta sua lâmina no ar e, um pouco antes de acertar o rosto de Aether, várias pequenas lâminas de cryo surgem.

— Pare, Diluc! — Kaeya grita chegando no conflito acompanhado de Paimon.

— A-Aether! — Paimon gritou voando até o garoto.

Diluc recuou um pouco e Kaeya entrou na frente de Aether. O nariz de Aether estava definitivamente quebrado, o rastro de sangue que guiou os outros dois prova isso, era um rastro pequeno, mas longo e consistente...

— Kaeya, saia da frente. — Diluc ordena com os olhos expressando tudo o que era necessário para fazer qualquer um obedecer.

— Eiii, Diluc, acho que Jean deixou claro que a sentença do viajante é exílio, não execução~ — Kaeya cantarolou fincando sua espada na terra.

— Saia.

Kaeya virou seu olhar para os outros dois e disse:

— Saiam daqui, a não ser queiram morrer.

O capitão da cavalaria disse tirando sua lâmina do chão e a apontando para seu irmão.

— E se você quer matá-los, vai ter que passar por mim.

Diluc faz um 'tch' com a boca e puxa seu espadão.

— Seu desgraçado, sequer é capaz de me deixar fazer meu trabalho.

— Veja bem~ Caçar monstros do abismo não é trabalho para um cidadão comum, muito menos para um vigilante, esse é o meu trabalho, então~

Aether agarra a grama com suas mãos conforme a discussão entre os irmãos se desenvolvia; Deus, como as pessoas conseguem socar tão forte? Ele caminha lentamente cambaleando com Paimon ao seu lado, tudo estava vermelho e branco, Aether só havia sentido Paimon o puxando e a seguiu, ele sabia que Kaeya estava por ali, mas não importava...

Ele só cambaleou para longe...

Para fora da cidade...

Traidor Aether ? - Genshin ImpactOnde histórias criam vida. Descubra agora