Capítulo 46

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31 de Dezembro- 22:10

Rosalyne moveu o braço para que Aether fosse na frente, se ele fosse atrás ela definitivamente ficaria preocupada, afinal, nenhum lugar era seguro naquela cidade.

Aether acenou e andou atrás de Thoma. Ele assistiu os passos rápidos e apressados do mais alto, Aether achava triste o quão assustado o homem parecia, sem dúvidas Rosalyne havia deixado uma forte primeira impressão, talvez fosse algo dela, na primeira vez que eles se conheceram foi algo semelhante também.

Rosalyne andou em silêncio enquanto via Aether rir sozinho.

Thoma passou pelos portões da casa com os convidados, os guardas não se atreveram dizer nada...

Os três andaram pela casa até uma sala escondida dentro de um armário de vassouras, Rosalyne achou que era um lugar bom, até mesmo para seus altos padrões, a sala era decorada com as típicas mobílias de Inazuma, uma mesa central na qual havia alguns papéis e pincéis, ao redor existiam 4 almofadas, duas de um lado e duas do outro. Na parede haviam 3 pinturas e um mapa demarcando o território de cada clã, fora estas coisas, não muito distante da mesa havia uma janela que dava para o mar.

Thoma mexeu a mão oferecendo para que Aether se sentasse, o que o garoto assentiu e se sentou.

— O que vocês fazem aqui? — Perguntou hesitante.

Rosalyne, que estava de pé atrás de Aether, deu alguns passos à frente e olhou no fundo dos olhos de Thoma.

— Aether queria pagar a ajuda. — ela murmurou.

O loiro mais novo acenou concordando com a ex fatui.

Thoma deu um suspiro aliviado, ele pensava que vieram fazer algo ruim, talvez tivesse sido um pensamento tolo demais, mas o que o medo não faz com um homem? Bem, Thoma deveria ter notado que não seria algo problemático, afinal a Mensageira vinha acompanhada com Aether.

— Aether, você veio ver Ayato, não é?

Um aceno.

— Eu creio que isso não será possível, não hoje, pelo menos. — Thoma informou.

Rosalyne olhou para Aether esperando alguma coisa, mas o silêncio foi o que infestou a sala.

Aether suspirou internamente, de certo modo isto já era algo esperado por ele, Ayato provavelmente estava na corte sendo investigado ou, pelo menos, questionado sobre o acontecimento. Apesar de querer falar com o líder do clã, naquele momento não seria possível, cada segundo contava e Aether não queria ser tamanho peso morto para todos.

Aether levantou as mãos e apontou para o papel.

Thoma levantou e alcançou a folha e o pincel para o garoto. Aether escreveu uma palavra: "Mora"

— Eu... Eu não sei se eu posso te dar dinheiro, eu teria que –

Aether olhou para ele com uma carinha de nojo e depois balançou a cabeça. Com a ação, Rosalyne começou a falar:

— Aether queria pagar a ajuda.

O rosto do servo do clã fica em branco por alguns instantes.

— Eu não acho que–

— Eu já tentei dizer isso e obviamente não funcionou, vamos acabar com isso logo para que possamos seguir, certo?

Antes que Thoma pudesse responder gritos começam a ecoar do lado de fora, isso o surpreende, mas o mesmo não pode ser dito sobre as visitas, que já esperavam por isso.

— E-Eu tenho que resolver isso, façam o que vieram fazer e fujam, não vai ser bom para o Ayato se forem pegos na residência principal.

Aether acenou, esta foi a possível última coisa que Thoma viu antes de sair da sala.

Com isso fora do caminho, Aether se levantou e foi até a janela, Rosalyne o seguiu.

— O que você fará? Duvido que tenha mora suficiente com você...

Aether queria rir dela e tirar sarro da situação, digamos que era possível que ele fosse a pessoa mais rica de Inazuma naquele momento, afinal, Aether teve tempo de sobra para sair lutando contra ladrões, linhas ley e missões, naquele momento, se ele fosse normal, sua vida estaria ganha, sem trabalho para o resto da vida...

Aether sorriu e abriu seu inventário, assim que isto ocorreu, pequenas moedas começaram a vazar do ar.

— Isso...

As moedas continuaram caindo até a sala estar mergulhada naquilo, exatamente 500.000 mora, nem mais nem menos, ele sorriu para sua obra. Aether não era grande fã do mora, digamos que era uma moeda muito inconveniente de carregar caso não seja rico e não possa ofertar uma bolsa quase infinita (como o bule).

Os gritos explodiram do lado de fora, era possível ouvir discussões entre Thoma e outras pessoas, mas aquele não era o momento. Rosalyne olhou para Aether, que a observou de volta.

— Eu vou mata-los para que possa sair daqui be-

Aether negou com a cabeça e olhou para fora, a queda era alta demais e sair ileso, então... aquilo doeria um pouco...

— Onde você vai? — Rosalyne pergunta, vendo-o ir para trás.

3... 2... 1...

Aether empurrou Rosalyne da janela o mais forte que pôde, se jogando em seguida.

Era engraçado ver Signora gritando enquanto caia, mas aquilo acabaria assim que ela acertasse o chão, então, sem tempo a perder, Aether atirou energia anemo no chão, o que formou um grande e macio travesseiro.

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Eu estou trabalhando em reescrever os primeiros capítulos, se tiverem ideias, eu posso considerá-las para cenas :3

Traidor Aether ? - Genshin ImpactOnde histórias criam vida. Descubra agora