✩‧₊ dezesseis.

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Henrique.

Raiva e tesão são uma combinação no mínimo... inquietante, talvez até um pouco humilhante. Honestamente, há pessoas que eu não gostaria de saber a opinião sobre o que estou fazendo agora. Talvez eu esteja sendo idiota? Provavelmente. Mas fato é que eu não trocaria esse momento beijando Bia para ter razão.

Bastou que as portas do elevador se fechassem para que ela tivesse a atitude de se aproximar e me envolver em um beijo aflito e descarado. De início, Bia precisa se equilibrar na ponta dos pés para conseguir me alcançar, mas assim que meu corpo reage ao beijo, minhas mãos se enlaçam em sua cintura, a aproximando.

Sinto seu peito em atrito com o meu enquanto suas mãos buscam desesperadamente meus cabelos. Quando encontram os fios, se emaranham profundamente, me fazendo gemer contra sua língua.

Em um gesto quase instintivo, puxo Bia para meu colo, agarrando-a firmemente pela bunda. Nesse intervalo de tempo, o beijo diminui o ritmo até que se perca e eu me veja sem fôlego, encarando o rosto perfeito de Bia, que também respira com dificuldade, em êxtase.

A visão dos seus lábios inchados atiça minha excitação e me vejo os atacando novamente, sem aviso prévio. Bia retribui de imediato. Seus braços a essa altura estão envoltos pelo meu pescoço, dando sustentação ao seu corpo e Bia usa sua mão livre para me provocar, se emaranhado pelos fios.

— O que foi? — ela questiona quando eu repentinamente me afasto, enquanto traça linhas imaginárias por meu rosto e me observa com um misto de afeto e frenesi.

— Eu queria dizer que eu te odeio. — murmuro, em um tom suficiente para que ela saiba que não é como me sinto - embora gostaria.

— Você não me odeia. — Bia afirma com tamanha convicção que chega a soar prepotente.

— Eu queria te odiar.

— Mas não me odeia. — ela assegura outra vez.

As portas do elevador então se abrem. Bia desce do meu colo e por um breve momento eu penso que ela vai hesitar. Mas então, Bia segura minha mão e caminha com firmeza, nos guiando até a porta do meu apartamento.

Abro a porta com tamanha agilidade, logo fechando-a. Bia me observa com luxúria sobre o apartamento escuro, apenas contemplado pela luz que adentra o ambiente pelas imensas janelas. É nesse momento, em que todo seu desejo fica evidente, que eu tomo a atitude de tocar sua cintura. Então, me desloco até o sofá, guiando Bia em conjunto.

Ao me sentar, ela cai sobre meu colo e volta a tomar minha boca em um beijo faminto. Minhas mãos invadem a barra do seu vestido, apertando suas coxas ao encontrá-las. Bia demonstra satisfação, se esfregando contra meu corpo, apertando meus braços e me envolvendo com suas pernas.

Suas mãos desesperadamente descem de encontro a barra da minha camiseta. Percebendo que não tenho intenção de pôr fim ao beijo, Bia se contenta em alisar meu abdômen e o seu toque quente sobre minha pele me deixa em êxtase. Meus lábios logo se perdem sob a curva do seu pescoço, intercalando beijos a leve mordidas que são recebidas por gemidos baixos, mas entusiasmados.

À medida em que meus lábios se entretêm, o corpo de Bia desliza sobre o meu, se aproximando ainda mais. O atrito entre nossos corpos é suficiente para que minha excitação se torne evidente e Bia ri satisfeita ao se esfregar contra minha ereção.

A tentação é tanta que gemo contra sua pele, cessando meus gestos enquanto Bia insiste em rebolar sobre mim. Deixo minha cabeça cair para trás e quase praguejo em lamentação quando sinto a ausência de Bia sobre o meu colo. Penso em abrir os olhos para observá-la, mas logo sinto suas mãos de encontro ao cós da minha calça e eu vacilo, relaxando novamente.

Improvável | Ricelly HenriqueOnde histórias criam vida. Descubra agora