— Harry, filho! Você está bem? Sente algum enjoo ou mal-estar?
Severus correu até o filho, a preocupação visível em seu tom de voz e em seus olhos escuros.
— Draco… Draco está bem? Ele desmaiou e…
— Ele está bem, está dormindo no leito ao lado.
Os olhos do menino ficaram opacos, um vislumbre de raiva passou e preencheu o seu peito, desesperada para ser liberada.
— Papai, ele estava lá.
— Ele quem, Harry?
— O diretor, pai, ele estava lá, ele viu tudo, mas não fez nada, só sorriu e sumiu.
Uma raiva inebriante preencheu o peito de Severus, a vontade de amaldiçoar o idoso até ele não aguentar mais era tão sufocante quanto um afogamento.
Sem poder expressar o sentimento raivoso que inundava seu peito, Harry chorou. O menino de olhos verdes chorou como se sua vida dependesse daquilo e desejou com todas as forças que a justiça fosse feita, se não por bem, então por mal.
— Calma, meu filho, respira fundo e olha para mim.
Severus segurou o rosto quente, corado e molhado de seu filho e enxugou suas lágrimas.
— Filho, papai vai resolver isso, sim? Isso não irá acontecer novamente.
O garoto concordou com a cabeça e sentiu um breve selar em seus cabelos castanhos acompanhado de um abraço acolhedor. O clima de pesar durou poucos minutos, 15 no máximo, até Snape se despedir de seu filho e ir até a sala do diretor de Hogwarts.
Os objetos tremeram com a chegada de Severus, algumas taças de cristal racharam com a exposição tão grotesca de magia. Dumbledore o olhou, com o olhar falsamente gentil e perguntou o motivo da agressividade com a voz serena como uma brisa que antecede uma tempestade.
— Albus, por que você não fez nada?! Eles são crianças! Poderiam ter morrido, quase morreram!
A voz agressivamente ríspida ecoou pelo cômodo que acomodava os dois bruxos e alguns quadros.
— Veja bem, meu menino, se acalme e vamos conversar. Eu não intervi porque sabia que eles conseguiriam sozinhos.
Com a voz extremamente controlada, Dumbledore rebateu.
— Eles são crianças! Dumbledore, eu prometo para você, pela minha magia, eu vou tirar esse cargo de diretor de você. E você nunca mais vai chegar perto ou encostar um dedo no meu filho, e se você sequer tentar, eu acabo com você de uma forma que você não consegue ao menos imaginar.
— Severus, Severus, não esqueça quem colocou você aqui, não esqueça quem detém o poder nessa sala.
As ameaças explícitas tomaram conta da sala, Dumbledore sabia que Severus iria até o inferno por seu filho, ele tinha consciência que o seu jogo de poder estava prestes a ir por água abaixo por um erro mínimo de sua parte que costuma ser tão cuidadosa.
— Esse é o primeiro e último aviso que eu te dou.
Severus saiu da sala do diretor.
Uma semana depois do ocorrido.
Harry finalmente deixaria a enfermaria, ele não poderia estar mais feliz com isso. Finalmente veria Pansy e Draco fora de um lugar tão hostil como aquele.
Confetes enfeitaram a comunal da Sonserina quando ele entrou, Draco foi o primeiro a abraçá-lo, seguido de Pansy e Blaise.
— Sentimos sua falta, príncipe.
Draco olhou-o nos olhos. Verde no azul, a combinação mais bonita já existente.
— Eu também senti sua falta, Dray.
— Com licença que agora é a minha vez de falar com o Harry.
Pansy afastou Draco e abraçou Harry com força.
— Nunca mais me assuste assim, okay? E avise quando quiser fazer uma loucura que envolva nós quase morrermos. Senti sua falta, cabecinha.
Ela sorriu e beijou a testa de Harry como se fosse uma irmã mais velha. Ele sentiu-se feliz ali, rodeado de amigos e seu pai.
— Por favor, meninos, chega dessa algazarra, já está perto do toque de recolher e eu não quero nenhum de vocês fazendo bagunça ou perambulando pela escola. Vão agora para os seus dormitórios.
Severus Snape mandou que seus alunos fossem deitar, já estava tarde demais. Draco despediu-se de seu padrinho e foi para o dormitório que dividia com Harry, e Pansy para o feminino.
— Boa noite, papai.
Harry abraçou Snape com todo o carinho que um filho poderia ter por seu pai.
— Eu amo-te, meu filho, durma bem.
Severus beijou a cabeça de seu filho e assistiu-o sumir nas escadas em direção aos dormitórios. Ele direcinou-se para o próprio quarto.
Ao entrar no cômodo, Harry ouviu o chiado do chuveiro, indicando que Draco estava tendo o seu banho diário. Em poucos minutos o loiro deixou o banheiro já vestido com um pijama de dragões e o moreno foi seguir a sua rotina, assim como seu amigo.
Ao sair exibindo seu novo pijama de estrelas, Prince-Potter deitou-se ao lado de Draco na cama de casal improvisada que eles fizeram.
— Estou feliz por estar aqui, a enfermaria é horrível, entra gente a todo momento e não se pode dormir em paz. E lá não tem você para me abraçar durante a noite.
Draco exibiu seu sorriso, o rosto branco ruborizando aos poucos.
— Eu tive medo de não conseguirmos mais sair dali...
Draco confidenciou ao melhor amigo.
— Eu também, Dray...
Os dois garotos de onze anos se abraçaram, o pesar deixando, aos poucos, os peitos dos dois.
— Eu nunca mais vou deixar você, Hazz. Eu prometo!
— Não se preocupe com isso, Dray. Somos apenas crianças por enquanto.
Notas do autor:
perdão pelo atraso, minhas vidas! espero que tenham gostado do capítulo. até o próximo! beijocas.
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Harry Potter and your dark side; drarry
FanfictionUm universo alternativo onde Harry pode não ser o salvador do mundo bruxo, e sim, talvez a destruição. Talvez o garoto de olhos cor de esmeralda fosse tão ruim quanto aquele que causou a destruição de seus pais. E se ele escolhesse Draco Malfoy e nã...