Severus entregou uma poção de enjoo para Harry, que sentia náuseas ao andar de ônibus. Não demorou para que chegassem ao destino final, uma pequena cidade. Eles desceram em uma pousada em frente à praia, tinham reservado um bangalô para ficarem três dias, ele era muito charmoso, possuía duas camas de box solteiro. Pai e filho se despediram das novas companhias e marcaram de se encontrar no café da manhã.
A lua no centro do céu denunciava a estimativa de horário, 00h e 10min. Severus tinha sido o primeiro a ir tomar banho e pôr o pijama enquanto Harry admirava o mar sendo iluminado pela luz prateada que vinha dos céus.
— Filho, vá tomar banho, está tarde. Vou pedir o serviço de quarto.
Severus disse ao filho enquanto lia um cardápio com as opções de serviço de quarto.
— Tudo bem, pai. Por favor, pede uma xícara de leite quente com chocolate e biscoitos.
Harry respondeu alegremente e correu até o banheiro, se despindo e ligando o chuveiro em seguida. Uma curiosidade estranha, todos os chuveiros que ele viu desde que chegou em terras brasileiras eram elétricos, apesar de água e eletricidade não serem uma boa junção.
Severus chamou um dos elfos domésticos do hotel e fez o pedido, uma xícara de leite quente com chocolate e biscoitos e uma xícara de chá de camomila com torradas.
Harry saiu do banheiro após 30 minutos, encontrando Severus sentado na mesa que estava ao canto do bangalô enquanto tomava seu chá. Sentou-se em frente ao pai e pegou a xícara com achocolatado em mãos, sentindo a temperatura esquentar os dedos frios.
— Harry, eu falei para você não lavar o cabelo à noite...
Severus suspirou e fez um movimento com a varinha, fazendo toda a água evaporar dos cachos de Harry.
— Desculpa! – O menino de olhos verdes sorriu torto, ele sabia que estava errado, mas era legal que seu pai se preocupasse com a sua saúde ao ponto de secar seu cabelo com magia.
— Sem problemas, mas tenha cuidado, filho, não quero que pegue uma gripe.
Severus observou com carinho Harry concordar com a cabeça e morder um biscoito com gotas de chocolate. Ser pai nunca foi uma coisa que passou pela cabeça do mestre de poções, então quando ele soube que poderia adotar Harry, foi como se o sol sorrisse para si. Desde aquele dia em que os documentos de adoção foram assinados e Harry passou a morar com si, Severus sentia que possuía um motivo para viver, criar, proteger e ser pai daquele garoto era o trabalho que ele mais adorava. Severus é capaz de mover céus e terras, matar e morrer para que Harry estivesse seguro. Ele amava Harry muito mais do que a si, e mais do que amou Lily, não importava se o menino também era filho de James, ele agradeceria ao homem que ajudou a tirar sua vontade de viver por devolvê-la com uma prole sua, afinal, Harry era a esperança de um novo mundo, ele deveria agradecer James Potter por isso.
— Ei, pai.
Harry obteve a atenção do mais velho em segundos, era sempre assim, bastava uma palavra para que tivesse toda atenção do mundo do homem mais velho, ele amava isso, amava ter um pai.
— Obrigado por me trazer para cá.
O menino de olhos verdes sorriu. Ele nunca achou que poderia ter alguém que o amasse igual Válter amava Duda, mas a vida tem dessas, havia sido a melhor surpresa que poderia ter acontecido.
— Harry, querido, se você me pedisse a lua, eu daria um jeito de pegá-la para você, eu moveria céus e terras se esse fosse o seu desejo.
Severus bagunçou os cabelos do garoto, sorrindo. Sussurrou um "eu te amo" como se fosse o segredo mais incrível do mundo, porque era, e Harry o amava de volta.
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Harry Potter and your dark side; drarry
Fiksi PenggemarUm universo alternativo onde Harry pode não ser o salvador do mundo bruxo, e sim, talvez a destruição. Talvez o garoto de olhos cor de esmeralda fosse tão ruim quanto aquele que causou a destruição de seus pais. E se ele escolhesse Draco Malfoy e nã...