III

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Estava em uma praia, as águas escuras como a noite, mal se sabia a profundidade em que havia naquele oceano. Olho para o lado onde havia um circo, de palhaços, algo me chamou atenção, era uma criança, sua face séria, cabelos curtos. A séria criança entra la dentro, era eu . . . Vou até aquela menina, quando entro, o lugar era a casa de vidros. Vou andando, até que ouço os passos da criança. Ela corria, e dava uma risada, era distante e cada vez chegava mais perto. Tentei correr mas o lugar era cercado por vidros transparentes eu não conseguia ver o meu próprio reflexo. Quando sai daquela sala, olho para os cantos e o local era escuro, só havia um grande corredor, com alguns espelhos do lado esquerdo, enquanto andava vou olhando para os espelhos, eles refletiam memórias, passo por um que refletia, uma agressão inesquecível de infância.
Estava brincando, com água quente, para dar banho nas minhas bonecas e saber as cores das roupas, carregava a jarra de água fervendo, quando dei uma pequena escorregada, e derramei um pouco de água em Bo-Kyung, que chora ao sentir a água cair em seu corpo, Hana estava do meu lado, pegou a jarra da minha mão e jogou toda em mim, logo gritei quando a água quente entrou em contato com meu corpo, ela pegou uma tesoura e cortou o meu cabelo, e depois me agrediu, com um cigarro e um esqueiro, queimando minha pele, dolorosamente.
Um dia que eu jamais esquecerei, com o tempo, meu rosto foi voltando ao normal, mas . . . Ainda estava registrada as agressões no meu corpo, nunca entrei no oceano de biquini, só uso vestidos de gola alta e mangas longas também, até mesmo em casa, nos meus pés eu coloco meias da cor da minha pele, ou branca, ninguém nunca viu as marcas de agressões . . .

Passo pelo vidro e vou para outro, vendo outra pessoa, estava vendo pessoas que nunca vi na vida, quando passo pelo penúltimo espelho, vejo uma mulher, usava um vestido chique, joias caras, parecia ser famosa. Passo pelo último espelho, mostrava uma mulher e Yon, ajoelhados, e feridos, pareciam ter haviam sido agredidos. Não havia visto outro espelho, quando paro na frente dele, não mostrava nada, me aproximo, e meu reflexo não aparece, mas apareceu outra pessoa não parecia comigo,estava com sangue no rosto, e marcas de agressões

"É TUDO CULPA SUA!"

Aquela pessoa, coloca sua mão para fora do espelho e segura meu pescoço, na hora que sinto mãos geladas me segurarem.

Acordo.

Estava suando frio, ainda era de madrugada, olho para a varanda, era uma escuridão sem explicação, só ouvia o som dos carros passando pela rua, olho novamente para trás, e vejo um homem. Parecia ainda ser muito novo, seu rosto, todo coberto de terra e com algumas partes do corpo sujo de brasa.

Hyo-ji: Oi?

Ele não me respondeu.

Hyo-ji: É você Yong?

Xxx: Não me chame pelo nome desse desgraçado!

Ele vem para cima de mim, e me segura pelo pescoço contra a parede

Xxx: Ouse falar para Yunjin que eu sai do submundo, e vim para cá, sei que não conseguirei, matar Yong, mas é melhor que você fique calada! Depois vou atrás da princesinha da China. Uma que trouxe mais ainda a minha desgraça.

Ele apertava cada vez mais meu pescoço, mas soltou ao ouvir a porta do quarto abrir, ele saiu correndo pela janela, e pulou, Yong acende a luz e me olha

Yong: O que aconteceu?

Hyo-ji: Um homem estranho, veio até mim, e falou algumas coisas de Yunjin e uma princesa.

Yong vem até mim e se abaixa, e vê as marcas de suas mãos, no meu pescoço. No momento olhei o seu rosto. De perto. Minhas bochechas logo as senti esquentarem. Que pecado Hyo-ji!

Yong: Ele voltou.

Hyo-ji/Yunjin: Ele quem?

Falamos ao mesmo tempo, pois ela apareceu ao ver a luz do quarto ligada

Yong: O Sun-yon

Vejo a surpresa no rosto de Yunjin,acho que ela o conhecia, ela vem até mim e me olha

Yunjin: É dele mesmo

Ela fala olhando meu pescoço, ela me ajuda a levantar, e os dois trancam as portas e janelas da casa, e depois vão para seus quartos, me deito na cama, mal conseguindo dormir, mas acabei caindo no sono.
Acordo ao me lembrar que tenho que aparecer em casa, me levanto e vou descendo as escadas, e vejo Yunjin preparando o café da manhã

Hyo-ji: Bom dia

Falo indo até ela.

Yunjin: Bom dia

Vou indo até a porta

Yunjin: Vai tão cedo assim? Pelo menos coma um pouco da comida . . .

Hyo-ji: Não obrigada, é que meus pais devem estrar preocupados já que dormi, fora

Abro a porta

Hyo-ji: Muito obrigado pela roupa Yunjin.

A falo e aceno, fecho a porta e vou andando até em casa, quando chego, vejo a casa ainda escura, o sol já está quase saindo, tento entrar, mas não consigo, ando um pouco pela floresta que ali tinha, enquanto andava vejo algo em um arbusto, vejo que era um homem, ele vem correndo na minha direção, corro para casa, e bato na porta, quando aquele homem quase chega perto de mim, a porta abre, e eu acabo caindo dentro de casa, pois estava encostada na porta e acabei perdendo o equilíbrio, me levanto do chão, e olho a brecha da janela, o homem havia desaparecido, olho para trás, e só vejo escuridão, não vi ninguém, vi Shin, o pego e o abraço, que bom que não tenha morrido de fome . . . Peguei-o nos meus braços e o levei para o meu quarto, quando chego vou para o meu guarda roupa, e me visto com o uniforme. Guardo as coisas na mochila, olho para fora do quarto e desço as escadas, silenciosamente, vou até a cozinha e ligo a luz, começo a preparar o café da manhã da minha família, quando termino eles acordam.

Hana: Como entrou aqui em casa? Não importa. Tá pronto o meu café?

Hyo-ji: Sim.

Depois Yon e Bo-Kyung apareceram e se sentaram a mesa, estava quase na hora de eu ir para a escola, fui pegar um sanduíche que eu havia feito, quando o peguei, Hana pegou da minha mão se levantou e jogou no lixo

Hana: Para você aprender a não ser preguiçosa e chegar tarde em casa.

Estava morrendo de fome

Saio de casa e vou correndo até a escola, quando chego, não recebo um abraço de Ah-Reun. Será que ela não veio? Vou para a sala de aula, e vejo a mochila de Ah-Reun, ela entra na sala e eu vou até ela. Recebo um tapa no rosto, a olho e vejo sua expressão de pura raiva. Não sabia.

Ela se vira e se senta na sua mesa, estava parada, com a mão na parte do rosto em que Ah-Reun bateu, vou até minha mesa e me sento, sem acreditar que ela fez isso.

THOSE DAYS - Vol. 2Onde histórias criam vida. Descubra agora