XVI

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Ao sentir sua mão encostar no meu rosto, rapidamente a olhei. Onde ela sorria. Seus olhos brilhantes como milhares de estrelas no céu, seus agora curtos cabelos negros. Sua pele clara, com um tom mais roxo.

Hyo-ji: Nem sei como posso te agradecer.

Hyo-ji povs

Ao vê-lo me olhando, com seus olhos roxos. Cabelos escuros, e um pequeno sinal perto de seu olho. Enquanto me olhava com a boca, com uma pequena brecha aberta. Queria beijá-lo, mas sei seu respeito pela sua falecida esposa. Nunca me perdoaria se fizesse isso. Hoje. Um homem com 28 anos e uma mulher de 20. Quase que impossível rolar um amor entre nós dois. Estava sorrindo logo meu brilho foi sumindo lentamente. Minha mão cai de seu rosto, e minha visão escurece. O choque do passado.
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Estava em um lugar, parecia um jardim. Com flores amarelas, azuis, roxas, brancas, e rosas escuras como sangue. O vento era calmo e tinha algumas montanhas ao redor, mas eram muito distantes, enquanto andava, vejo alguém abaixada no chão, com longos cabelos negros como a noite, sua pele pálida, como a neve, usava uma roupa, por cima branca, com uma grande saia colada preta. Estava sem sapatos, pisando no chão molhado.

Hyo-ji: Oi?

Xxx: Hyo-ji . . .

Hyo-ji: Pode me dizer onde estou? Eu acabei desmaiando e acordei aqui.

A pessoa se levanta e se vira em minha direção, logo vi. Era Yunjin, usava a mesma roupa do dia em que morreu. Não estava machucada ainda estava inteira. Ela me olhava séria, uma expressão que nunca havia visto antes.

Yunjin: Você está no . . . Limpo.

Hyo-ji: Limpo?

Yunjin: Isso. Um lugar onde as almas pretendidas veem.

Hyo-ji: O que quer dizer?

Sua expressão muda, estava com um pequenino sorriso no rosto.

Yunjin: Você está aqui por um curto período de tempo.

Ela começa a andar para a frente, enquanto segurava um guarda chuva amarelo.

Ela me guia até um local onde haviam várias flores mortas.

Yunjin: Veja. É assim que Yong se sente por dentro.

Sua expressão estava triste

Yunjin: Não gosto de vê-lo assim. Me deixa triste.

Ela olha para mim.

Yunjin: Olhe.

Ela aponta para duas flores brotando que brilhavam no tom turquesa

Ela coloca a mão em meu ombro.

Yunjin: Hyo-ji . . . Faça-o feliz novamente.

Fiquei calada não esperava por isso. É com certeza um sonho.

Yunjin: Pode até ser um sonho. Mas eu realmente estou em sua consciência.

Sua face ficou sombria. Uma aura de raiva e morte se via em volta de si. Ela da passos curtos para trás, onde todo o jardim mucha e vai morrendo, o céu fica nublado, onde se ouve trovões e relâmpagos, e uma forte tempestade começa.

Hyo-ji: Eu não tive escolha!

Um raio a atinge a transformando em pedra. O chão se estremece abrindo grandes rachaduras, as únicas plantas que ainda estavam vivas eram aquelas duas plantas que Yunjin havia me mostrado. Logo uma grande rachadura abre, me derrubando para o abismo escuro.

Acordo ao sentir algo gelado em meu rosto. Não me mecha parecia que estava paralisada, estava com a testa suando, o nariz vermelho, enquanto sangrava, estava com um pano gelado na testa. Abro os olhos com dificuldade, pois aquele sonho, foi muito real, olho para os lados, e só vejo Yong de costas, do meu lado estava Iani, que estava sentada ao lado da cama, enquanto fazia algo. Não conseguia levantar, estava com frio, mas suava, meu cabelo que estava junto ao meu pescoço por causa do suor, era desconfortável, precisava tomar banho, antes que tentasse falar algo, Ji-Na vem correndo até a cama, e se senta junto a Iani, Ji-Na pego um pano e limpa o sangue do meu nariz, sentia meus dedos do pé fora da coberta, estava frio. Mas não conseguia me mecher, meu corpo estava muito fraco, para obedecer os comandos de locomoção. Logo Iani se assusta ao ver que eu estava de olhos abertos

Iani: Sr. Yong ela acordou.

Ele logo olha para mim,as eu não conseguia vê-lo, era difícil, minha visão doia, meu corpo inteiro doia, pensava que talvez morreria naquela cama, só pensei, porque ainda estou na terra, não há ninguém que me ame. As que me amavam, já se foram, e só existem pessoas que me odeiam, logo essa conclusão some, ao olhar o rosto de Iani, que era de pura felicidade ao me ver acordada, ela colocava a mão em minha testa, para saber como estava minha temperatura, Ji-Na, me abraça, era uma criança, abraçou forte demais, logo um nó se escorreu por todo o meu corpo. Mas logo o peso de seu corpo vai sumindo pois Yong a tirou de cima de mim. Estava com sono, queria dormir. Queria fechar os olhos, não queria ir ao hospital, quero ficar aqui, em uma cama confortável, um clima gelado, com um cobertor quentinho, e pessoas que realmente se importam comigo, logo minha mente fica limpa de alguns traumas do passado.

Depois de um tempo Iani saiu pois seu tempo de trabalho acabou e Yong levou Ji-Na para a cama, ele se senta em uma cadeira ao lado da cama enquanto lia um livro, com um único abajur ligado.

Hyo-ji: Te falei. O por quê eu não choro?

O olho sorrindo de olhos fechados com a voz de sono.

Ele tira seus olhos a atenção do livro e olha para mim sem mover seu rosto.

Hyo-ji: Foi em uma noite escura, com a lua cheia e fortes chuvas. Estava descendo as escadas, com uma vela em minhas mãos, ia para o quarto de minha mãe, que estava conversando com alguém, uma mulher, parecia que discutiam, ficava olhando pela brecha da porta oque acontecia, só havia uma vela iluminando o quarto, vi Hana, pegar uma almofada e colocar no rosto de minha mãe que se debatia, mas que não conseguia tirar a almofada, logo seus movimentos pararam, e seu corpo ficou sobre a cama, meus olhos estavam arregalados, e atrás de mim só havia escuridão, nesse dia o mundo fez shiii para mim. Um trauma de infância, que me fez nunca deixar uma lágrima cair de meus olhos.

Minha voz era baixa, logo virei a cabeça para o outro lado, onde acabei dormindo.

THOSE DAYS - Vol. 2Onde histórias criam vida. Descubra agora