Capítulo 17 - Permissão

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— Boa noite Cali! — Retribuíram Ângelo e Cris.

— Vamos naquele lugar mesmo? — perguntou Cali.

— Sim, no Terrazza, falei com o Marcelo, ele deixou uma mesa do terraço reservada pra gente. — respondeu Andrew saindo com o veículo.

— Okay... — olha pelo retrovisor — Pensei que vocês viriam somente amanhã... — disse Cali.

— Na verdade chegamos faz umas duas horas... — revelou Cris.

— Queremos passar o dia com as meninas amanhã desde o primeiro horário. — disse Ângelo.

— E quanto tempo vão ficar? – perguntou Cali

— Vamos embora no sábado à noite. — respondeu Cris notoriamente chateado.

— Muito pouco o tempo, porque não ficam mais? — questionou Cali.

— Porque minhas tias são um tanto dominadoras, querem todos os filhos imbuídos nas festas. Eles conseguiram vir porque disse que precisava deles aqui, do contrário elas não deixariam eles nem colocarem o pé pra fora da propriedade. Se fosse qualquer outro período eles poderiam passar o mês aqui, menos na época de festas. — esclareceu Andrew.

— De certo ponto de vista eu entendo... — foi compreensiva Cali.

— Mas vamos mudar isso ano que vem! — concluiu Ângelo.


Do hotel em pouco menos de dez minutos chegaram ao deslumbrante edifício Champagnat Tower todo envidraçado no bairro Bigorrilho. Estacionaram o veículo, entraram no átrio, pegaram o elevador e subiram diretamente ao último andar. Chegando a cobertura foram recebidos imediatamente pelo concierge, que sabendo da chegada deles os conduziu para a mesa reservada, ajudando a senhorita a se sentar.

— Se quiser pedir algo Cali fique à vontade. — disse Andrew dando uma olhada no cardápio.

— Não, estou bem, jantei antes, bom você sabe, vou apenas bebericar uma limonada. Mas enfim rapazes, Andrew me disse que vocês queriam falar comigo. — foi direta Cali.

Porém antes de a responderem fizeram seus pedidos ao garçom, incluindo ela mesma que pediu sua limonada. No minuto seguinte Ângelo começou:

— Então Cali, nós comentamos com o nosso primo aqui, que estamos bem ... como posso dizer...

— Apaixonados! — interrompeu Andrew.

— Sim... — arregalou os olhos para o primo — E... Andrew nos disse que teríamos que pedir pra você permissão para sair com as meninas... — tentou explicar Ângelo um pouco nervoso, ele não era muito acostumado a falar abertamente.

— Com Cami e Ange certo? Quais suas verdadeiras intenções? — foi direta Cali.

— Okay ela é bem direta... — constatou Ângelo tremendo.

— Eu avisei. — relembrou Andrew.

— Eu gostaria de assumir um compromisso com a Cami. — quebrou o silêncio Cris com certa convicção na voz.

— Ah sim...não acha que isso demanda de muita responsabilidade? — rebateu Cali.

— Irresponsabilidade seria seguir conversando com ela virtualmente a fazendo nutrir sentimentos sem dar certeza de nada, concorda? — retornou Cris.

— Concordo. Acho importante a responsabilidade afetiva, mas preciso dizer algo para os dois antes de tudo... — começou a responder Cali.

— Se vocês deslizarem uma vez, ou fizerem alguma coisa que façam as meninas sofrerem de alguma forma, a Cali pega vocês, frita, pica, faz purê e joga na graciosa... e eu acho que eu seria o ajudante perfeito pra isso. — interrompeu deixando claro Andrew.

Cali o assentiu em acordo surpresa, dizendo em seguida:
— Se concordarem com esses termos por mim tudo bem, tem minha permissão.

Os olhos dos dois brilharam, seus rostos apreensivos ganharam certa luz e sorrisos estampados, Cali riu da reação achando fofo, mas logo os perguntou:

— Certo e como pretendem informá-las sobre isso?

— Estamos sem ideias, pensamos que você poderia ajudar, Andrew disse que você é boa nisso.

— Anda falando bastante de mim meu filho... — constata o olhando, em seguida pensa — Enfim, estou pensando, nós vamos amanhã ver o espetáculo do Palácio Avenida... e se em seguida fizéssemos um jantar especial e durante ou depois vocês propusessem o compromisso, expondo para todos a mesa ou individualmente. — sugeriu Cali.

— Parece perfeito! — disse Ângelo ainda um pouco trêmulo.

Cris olhava fixo para uma caixinha em suas mãos, havia ouvido a proposta de Cali, mas ficou perdido imaginando a cena.

— O que tem ai nessa caixinha? — perguntou Cali após tomar um gole de sua limonada que havia sido servida a mesa.

— Um anel... de compromisso... Por enquanto ainda não posso vir pra cá pra ficar, então quero deixar algo para lembra-la sobre nós... que ela olhe pra ele e me sinta por perto, ainda que esteja longe. — declarou Cris.

— Posso ver? — pediu Cali segurando um ataque de ternura.

— Eu queria te mostrar mesmo, pra você me dizer se ela vai gostar... — respondeu Cris abrindo a caixinha a pousando perto de Cali.

Dentro, havia uma aliança fininha de prata muito delicada junto a ela uma acoplada com um brilhante furta-cor bem pequeno, mas marcante, abaixo dessas duas, uma um pouco mais grossa com uma linha vazada no meio.

— Creio que ela vai gostar. — ela vai ter um faniquito, pensou — Mas posso perguntar porque a sua tem uma linha vazada? — quis saber Cali.

Cris não respondeu, tirou a aliança mais grossa da caixa, a com o brilhante e encaixou uma na outra, revelando para que o vazado era.

— Que bonito! — reagiu Cali.

— Eu demorei pra escolher, mas queria a certa. — contou Cris.

— Eu já não sei escolher muito, então optei por essas... — disse Ângelo ainda nervoso mostrando seu par de alianças, que era mais simples, mas não menos delicado, uma fina lisa e a outra com um recorte de coração.

Cali olhou para os três e afirmou:
— Vocês são muito românticos meninos, coisa rara hoje em dia. Ângelo tenha certeza de que a Ange vai amar, só por favor, não vão se esconder na cozinha.

Ângelo baixou o olhar meio rindo.

— Nossos pais nos educaram... — aclarou Andrew.

— Se nota, se nota, mas muito bem, — garçom entrega os pratos — agora comam direitinho, mas se não se importarem, eu vou dar uma olhada na vista... — pediu Cali.

— Claro que não, seria uma lastima você ficar vendo a gente comendo, sendo que já comeu e tendo essa vista. — respondeu Cris.

Cali balançou a cabeça em agradecimento se levantando, caminhou até o canto do terraço para aproveitar a vista, e que vista da cidade era aquela, como de costume ela aproveitou para tirar algumas fotos, o céu estava estrelado e era possível captar com a câmera, logo ela aproveitou a oportunidade.
Alguns minutos depois sua distração com a beleza da cidade foi quebrada por Andrew:

— Posso atrapalhar?

— Imagina, não atrapalha, mas você já comeu? — retornou ela.

— Eu comi no hotel também, então... — respondeu ele.

— Faz sentindo... — entendeu ela.

— Cali... — chamou.

— Sim, diga-me. — atendeu ela.

— Eu gostaria de te fazer um pedido...

— Quer a mão da Mandi em casamento? Ela já é sua! — interrompeu Cali.

Andrew engasgou com a saliva e teve uma crise de tosse, ela tentou acalma-lo rindo e dizendo:

— Calma rapaz, era uma brincadeira, com um fundo de verdade mas uma brincadeira.

— Cof, Cof... eu... eu — respira — queria apenas sua permissão para chamá-la pra almoçar... como amigos claro... — conseguiu dizer ele, ainda que gostasse de saber que tinha permissão para a outra opção, mesmo que não esperasse ter engasgado ao ouvir com tanta clareza e bom som.

— Andrew, Andrew, meu filho, estamos falando da Mandi, uma escritora nata, você não vai "chama-la" para almoçar, vai convida-la. Quando está pensando em fazer isso?

— No domingo, dei uma olhada no cronograma e verifiquei que há uma folga maior no almoço. — respondeu ele.

— Sim, porque estava pensando em leva-las para almoçar em algum lugar especial... humm... olha por mim tudo bem, mas a resposta final é dela. — deixou claro Cali.

— Tudo bem, mas tendo sua permissão já é muita coisa. — disse ele.

— Gosto desse respeito, continue assim e te adotarei também. — concluiu Cali.

Andrew riu, os dois ficaram ali apreciando a vista em silêncio por um tempo, até ele pensar alto:

— As vezes não sei se ela gosta de mim... se ela ao menos se lembrasse...

— A Mandi não se lembra de muitas coisas, ela provavelmente não deve se lembrar o que comeu anteontem, quem dirá de outras vidas... quer dizer ela até lembra mas de forma muito seletiva. — comentou — Mas o amor meu caro, quando inato e verdadeiro se sobressai a qualquer falha de memória. Ela não precisa se lembrar, basta um de vocês se recordar e tudo será. — concluiu Cali.

Após os meninos jantaram, Andrew encontrou Marcelo o dono do restaurante, conversou com ele por alguns instantes se despedindo em seguida e dali foram ao estacionamento retirar o veículo para retornarem ao hotel. Durante o trajeto os quatro estavam muito quietos, cada um perdido em seus próprios pensamentos, de repente Cali pega o celular e começar a digitar mensagens freneticamente despertando curiosidade em Andrew que perguntou:

— Algum problema com as meninas?

— Não, não, elas devem estar é dormindo, estou falando com a Gabi e organizando o jantar especial de amanhã.

— Mas já? — questionou Cris.
— Óbvio que já, temos que organizar tudo velozmente, afinal são muitas coisas envolvidas, mas já está tudo acertado com a Gabi, de manhã eu vou arrumar o local do jantar, só preciso arrumar um pretexto para distrair as meninas. — respondeu raciocinando fervorosamente Cali.

— Cali... — chamou Andrew.

— Sim...

— Você já tem os pretextos. — afirmou ele.

— Ah é, e quais são? — quis saber ela.

— Nós! — responderam os três juntos.

— Vamos, quer dizer, eles vão passar um tempo com Cami e Ange e eu distraio a Mandi. — disse Andrew.

Cali o olhou transmitindo que logo ele passaria todo o tempo do mundo com a Mandi, só precisava ter um pouquinho mais de paciência.

Chegando no hotel, eles se despediram no Hall, pois os meninos queriam conversar um pouco com a Ana. Cali subiu para o décimo sexto andar, saiu do elevador, chegou na porta do quarto a esquerda, se ouvia a televisão ligada bem baixinho, ela abriu a porta com cuidando entrando a fechando em seguida, quando virou de frente, viu as três dormindo em sua cama, alguns flocos de enchimento de travesseiro no chão, o que a deu certeza que havia acontecido uma guerra de travesseiros, na mesinha em frente as poltronas abaixo da janela taças de sorvete e alguns cookies, Cali riu para si mesma internamente, desligou a tv, tirou com cuidado o controle da mão de Ange, pegou um edredom as cobriu. Foi até o banheiro cumprir seu asseio noturno, colocou o pijama, retornou ao quarto, as olhou por alguns instantes guardando tudo que podia nas memórias torcendo para a equipe de manutenção em seu cérebro não jogá-las pro inconsciente. Posteriormente, ela se sentou na cama de Mandi, mandou mensagem para Andrew avisando que as meninas estavam todas em seu quarto, mas que as acordaria no horário combinado, desligou o aparelho, se deitou e dormiu.



Pela manhã, Cali acordou cedo, as meninas seguiam dormindo profundamente, aliás nem pareciam ter se mexido. Ela se arrumou para o corre do dia, mandou mensagens para Gabriela sobre o jantar da noite, até que a chefe lhe ligou, Cali atendeu indo até o Jardim de inverno fechando a porta para não vazar a conversa:

— Oi Gabi, bom dia!
— Oi Cá, bom dia! Então, deixa eu te contar minha ideia, o Senhor Carlos está com a esposa em Jurerê, voltam somente semana que vem, eu tenho a chave da área social do apartamento dele, pensei em fazermos o jantar lá, fica mais intimista e eu vou me sentir feliz em fazer a comida mais caseira e não tão industrial pra vocês, bem de família mesmo, o que acha?
— Humm, gosto dessa ideia, mas para o Senhor Carlos não tem problema? — perguntou Cali receosa.
— Eu já falei com ele Cá, está tudo certo, só me confirme a hora! — respondeu Gabriela animada.
— Ah se é assim, então maravilha! Bom a apresentação do palácio começa as dezenove... então marcamos para as vinte uma horas, vou organizar tudo para nove pessoas.
— Nove pessoas? Mas não é somente a Cami, Cris, Ange, Ângelo, Mandi, Andrew e você? — perguntou Gabriela.
— Tem o Rafa... bom ele não me respondeu ainda, mas creio que venha e você oras bolas!! — respondeu Cali.
— Ah sua linda!! Então vou ver todos os insumos e pedir o peru, jantar típico de natal sendo organizado! — vibrou Gabriela.
— Uhulll!! Até mais tarde Gabi!! — se despediu Cali.
— Até mais tarde!

Cali desligou a chamada vendo a hora, já passavam das sete, entrou no quarto novamente, as meninas seguiam como seria melhor definir, apagadas, mas ela sabia que os meninos subiriam logo, Andrew até já havia mandado mensagem avisando que eles estavam se arrumando, então, com cuidado passou a chamar as meninas, mas cuidando para não ser espancada.

— Meninas, está na hora de levantar!
Sem resposta, Cali foi pela lateral, bem ao lado de Mandi, puxou o edredom com cuidado, olhou bem os pontos certos e a fazendo cócegas a chamou:
— Vamos Mandinhaaaaa, está na hora de levantar, não me faça cantar a música da fazendinha!

Meio rindo, meio sonolenta, Mandi virou-se coçando os olhos e a perguntou com a voz ainda meio de sono:
— Que horas são?

— Quase sete e quinze da manhã. — achou melhor situar o período Cali.

— Como assim já é de manhã?? — perguntou ela se sentando bruscamente.

— Vocês devem ter comido bastante doce, estavam cansadas e apagaram. — comentou Cali dando a volta na cama para chamar Ange.

— Que horas você voltou? — seguiu Mandi se levantando da cama.

— Era quase meia noite quando cheguei, me ajuda, chacoalha a Cami, mas fique atenta para não levar um espasmo. — respondeu e pediu Cali.

No minuto seguinte, ainda que a contragosto, as meninas acordaram, mas não se levantaram da cama, Mandi já estava quase pronta e elas seguiam deitadas.

— Vamos meninas! — exclamou Mandi.

— Eu não queria ser chata, mas se eu não me engano vocês tem visitantes hoje, não é? E se eu disser que eles já chegaram e vocês estão deitadas ainda. — contou Cali.

— É O QUE?? Como assim mulher eles já chegaram?? — questionou Cami levantando da cama em um salto.

— Já chegaram sim e devem subir a qualquer momento, então vamos agilizar ai! — respondeu Cali indicando pra que Ange ainda relutante se levantasse. — Vamos Ange, o Ângelo esta aqui e quer te ver!!

— Estou indo, estou indo! — rebateu se levantando — O que tem nessa cama? Sonífero? — questionou Ange arrumando os travesseiros do lugar.

— Tem energia, é isso que tem, deixa que eu arrumo a cama, vai se arrumar que a qualquer momento os meninos batem na porta! — reforçou Cali.

Ange e Cami saíram correndo para o quarto delas  para se arrumarem, enquanto Cali rindo, terminava de arrumar as camas e Mandi escovava os longos cabelos ondulados a observando.

— Porque acho que você está sabendo de mais coisas do que diz dona Cali... — soltou Mandi.

— Está começando a me ler agora? Já posso temer por minha vida? — zombeteou Cali.

Mandi riu, mas respondeu:

— Não sei ser como você, que vê tudo detalhadamente, mas não sei... sinto que você esta a par de algumas coisas...

— A única coisa que te impede de ver tudo detalhadamente como eu é a sua cabeça, sua intuição é tão forte como a minha, você só se esquiva dela... Mas enfim... digamos que eu saiba de algumas coisas de antemão... vamos aguardar o jantar de hoje... — exteriorizou Cali.

— Ah sim, vamos ter um jantar hoje, especial não é? — seguiu Mandi.

— Você me ouviu falando com a Gabi não foi? — questionou Cali percebendo tudo.

— Não exatamente... — respondeu desviando o olhar e rindo Mandi.

— Aham... quem te busca te encontra... Vamos descer logo pro café, porque tenho algo a fazer para o senhor Carlos agora de manhã. — informou Cali.

— Ah não vai me deixar sozinha com os casais por favor! — pediu Mandi indo atrás dela até a porta.

— Você vai estar com o Andrew, não vai estar sozinha e vai ser rápido o que preciso fazer, coisa de uma hora. — deixou claro Cali.

— Eu e o Andrew... — começou Mandi.

— Sim você e o Andrew, não tem nada demais! — concluiu Cali abrindo a porta dando cara com os meninos indo para a porta ao lado.

— Bom dia Cali e Mandi! — Disseram Ângelo e Cris.

Mandi os acenou.

— Bom dia meninos. Não sei se elas estão prontas mas tentem a sorte, batam ai. — disse Cali andando pelo corredor com Mandi ao seu lado rumo ao elevador entrando nele em seguida.

Ângelo e Cris ficaram ali, discutindo na base do cochicho quem iria bater na porta, estavam jogando um pro outro a missão, como quem jogava batata quente.
Dentro do quarto, Ange e Cami já arrumadas, estavam colocando os calçados, afoitas, até um pouco elétricas, afinal, estavam sem mensagens dos meninos há quase dois dias, o único contato que tiveram foi com os bilhetes da floricultura. As duas se levantaram meio juntas de suas camas indo diretamente a porta conversando, Cami abriu a porta dando de cara com Cris que ao vê-la a puxou para um abraço de quem não a via a meses. Ange ao ver Ângelo apenas disse o abraçando em seguida:

— Meu anjinho!!

— Ah Ange, você aqui eu lá... obviamente um de nós está no lugar errado... — conseguiu dizer Ângelo apertando o abraço.



No térreo, Cali estava no salão pegando algumas coisas em uma caixa que iria precisar, escrevia constantemente no celular também como quem sanava duvidas, Mandi a observava, até tinha curiosidade mas preferiu não incomodar. Pela porta do salão, Andrew passou dizendo:

— Vocês estão aqui, as procurei no salão de refeições pro café.

— Vão vocês dois tomem café, depois eu pego alguma coisa. — deixou claro Cali atenta no que estava trabalhando.

— Vamos? — perguntou Andrew estendendo a mão a Mandi.

Ela ficou olhando a mão dele uns instantes, subiu o olhar em seguida encontrando seus olhos, conseguiu esboçar um sorrisinho bem leve, relutou um pouco com sua mente, mas decidiu deixar o coração mandar, segurou na mão dele que estava quentinha, se permitindo ser conduzida até a porta indo em direção ao corredor sentido salão de refeições.

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