Capítulo 27 - Evitando

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Eles foram interrompidos pelo celular de Mandi que passara a soar, meio relutante Andrew a soltou, ela pegou o aparelho do bolso e notando quem estava ligando o disse baixinho:

- Preciso atender...

- Preciso trabalhar... - contrapôs ele sem tirar os olhos dos dela um segundo sequer.

- Até o almoço? - quis saber ela ainda com o telefone soando.

- Até o almoço. - confirmou ele a deixando, permitindo que ela atendesse o telefone.

Ele foi rumo a porta, quando passou por Cali ela o sussurrou:

- Não vai demorar muito pra você gritar o que quer... tenha mais um pouco de paciência e eu sei que você tem.

Andrew assentiu e seguiu em retorno a biblioteca.

Mandi que estava ao telefone dizia:

- Certo, só um instante - olha para Cali - Cá! É o pessoal das locações, eles querem saber se podem trazer as mesas, as cadeiras, os candelabros e as toalhas hoje ainda?

- Mas isso era pra ser entregue na sexta... - da uma olhada em volta - Se bem que acho que vai ser melhor que tragam logo, pode dizer que tudo bem! - respondeu Cali.

Mandi confirmou a entrega pelo telefone, em seguida o desligou, continuando a embrulhar mais algumas caixas com papel acetinado xadrez verde e vermelho, para que Cali os finalizasse com laços bem volumosos vermelhos, típicos natalinos.

Ela se mantinha ali bem concentrada no que estava fazendo, mas sua mente e seu coração estavam no rapaz que sentado à mesa da biblioteca, para ela o sentimento que a ausência dele lhe causava era novo, pelo menos naquele momento, era como se faltasse algo nela, contudo tratou de se concentrar para o tempo passar depressa e ela poder vê-lo logo mais no almoço.

Na biblioteca Andrew parecia estar espelhado a Mandi em concentração, olhava atento para o notebook, sua atenção só foi quebrada quando ouviu baterem na porta:

- Com licença filho, tem um envelope aqui pra você, entregaram a alguns minutos. - informou Ana entrando levando o envelope até ele.

- Obrigado An... mãe! - agradeceu ele pegando o envelope das mãos dela começando a abri-lo.

- Quando você me chama de mãe tem algo... esta tudo bem? Esta com uma carinha... - comentou indagando Ana.

- Você sabe que é mais minha mãe do que a própria. Estou bem sim, só pensando... - começou a responder ele deixando o envelope sobre a mesa.

- Hummm, presumo que na Mandi... - foi direta Ana.

- Exato... eu queria conseguir não pensar tanto nela... mas é quase impossível. - suspirou ele.

- Você gosta dela muito, é por isso... quanto mais tempo vocês passarem juntos, mais juntos vão querer ficar, ainda mais sabendo que ela é a pessoa que você tanto esperou, tanto buscou, se reservou...

- Essa é a questão mãe, eu não gosto dela... eu a amo, como acho que nunca amei nada na minha vida... - revelou ele.

- Hunf... me lembro quando você ainda era bem jovem... há o que, uns dez anos atrás, você dizia que a pessoa certa faria você sentir um amor que não teria por nada mais... você a encontrou... não entendo porque está com essa carinha? - lembrou e comentou Ana.

- Porque queria conseguir dizer a ela... - começa a responder ele.

- Mas não consegue... - ele assente - Vai chegar o momento em que não só você meu filho, mas ela também vai dizer tudo o que sente. Por ora passe cada momento como se fosse único... nossa falei como a Cali agora... - interrompeu e riu Ana.

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