Capítulo 45 - Cartório

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— Fica comigo um pouquinho? — pediu Andrew.

— O tanto de tempo que você precisar. — respondeu Mandi o fazendo cafuné.

— Podemos ir no sofá? — seguiu ele.

— Claro. — respondeu Mandi.

Andrew a soltou se levantou, segurou em uma das mãos dela e a puxando foram em direção ao sofá paralelo a mesa. Ele a pediu que se deitasse, sem questionar ela se ajeitou meio sentada, ele arrumou almofadas nas costas dela e depois se deitou sobre ela deixando a cabeça abaixo de seu peito virada para o encosto do móvel, Mandi instintivamente o abraçou passando a afagar os cabelos dele com uma das mãos. Andrew não chorou mais, ficou apenas amuado, ao mesmo tempo que se sentindo acolhido no melhor lugar que existia para ele o abraço mágico dela, pois sabia que estando unidos tudo transporia mais rapidamente.

No decorrer de um pouco mais de uma hora, Mandi ouviu a porta sendo aberta com cuidado, por ela Cali passou mansamente, deu alguns passos até o sofá perpendicular, apoiou-se no encosto e encontrando os olhos de Mandi com um tom de voz baixo ela tratou de ser resoluta :

— Como vocês estão?

— Eu estou bem, ele está dormindo, mas não estava nenhum pouco contente, chorou um pouco, mas depois que viemos para cá ele só ficou quieto e creio que devido ao cafuné que eu estava fazendo ele acabou deixando o sono vencer. — respondeu baixinho e calmamente Mandi.

— Hum, com você confortando ele vai fazer essa fase ser superada mais rapidamente. Bom, se no geral estão bem, vou trazer o almoço pra vocês aqui, tudo bem? — perguntou Cali com o olhar afetuoso.

Mandi a respondeu com assentimento. Com Cali saindo do recinto, ela voltou a fazer cafuné em Andrew sob a intenção de acordá-lo, sem demora ele começou a se mexer devagar, mas sem sair da posição em que estava, apenas ergueu a cabeça a olhando semicerradamente, piscando lentamente.

— Oi... — reagiu ela.

— Oi... — retribuiu ele.

— A Cali passou aqui parar ver como estávamos, ela vai trazer algo para almoçarmos em breve. — contou Mandi.

— Ta bom... mas posso ficar aqui até ela chegar? — perguntou ele.

— Não tinha a mínima intenção de fazer você sair do meu colo agora. — respondeu ela voltando a fazê-lo cafuné.

Ele voltou o rosto para baixo se aninhando no colo dela.

— Hoje a noite vai ser cheia de beijinhos, porque você está triste. — comentou ela.

— Não estou triste, estou com raiva dessa situação e de mim mesmo por não ter percebido o óbvio antes... É meio incapacitante tudo isso, mas gostei da opção da noite cheia de beijinhos. — disse Andrew.

— Não quero que você tenha raiva de si mesmo, você não tinha como saber, tem feito o melhor que pode desde que seu pai não está fisicamente presente, e seu tio aquele... salafrário, faz isso muito antes de você nascer, então essa culpa você não vai carregar, eu não permito que faça isso, me ouviu! — aclarou Mandi.

— Sim senhora... Marshmallow. — concordou com gracejo ele.

— É sério Andrew! — brandou ela.

— Eu sei... você está certa... só preciso digerir pouco a pouco as coisas... — reagiu ele.

— Não quero estar certa, só quero o que é justo. — objetivou Mandi.

— Nem sempre as coisas são justas, — ela faz menção de rebater — desde que eu tenha você comigo eu sei que vai ficar tudo bem. — disse ele.

— E vai mesmo, porque não penso em deixar você sozinho no meio de uma tormenta senhor! — deixou claro ela.

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