Capítulo 19 - Pequenas Maravilhas

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Do lado oposto da mesa, Ange observava a reação de Cami ao pedido de compromisso, aproveitando a distração dela, Ângelo pegou em seu bolso uma caixinha pequenininha de veludo preto, abriu, tirou as duas alianças de dentro, as colocando entre seu prato e o de Ange. Tomando fôlego, segurou na mão dela para chamar sua atenção, mais do que rápido Ange virou o rosto para ele com cara de brava por ele ter tirado a atenção dela do que estava acontecendo ao lado, contudo, Ângelo fez uma carinha de apaixonado que a fez mudar de feição em um segundo, com ela o olhando, ele indicou com o olhar um ponto da mesa, ela não entendeu, mas ele insistiu, até que ela viu as duas alianças sobre a mesa em destaque devido a toalha vermelha.

— Ângelo... — conseguiu dizer ela um tanto espantada.

— Ih a outra vai vai bugar também, quer ver... — pensou alto Cali.

Enquanto Ange tentava formular uma resposta, Cris seguia olhando Cami atentamente pois a moça permanecia paralisada, até que um movimento suave ele a segurou no rosto a dando alguns selinhos seguidos, que obviamente a tiraram do transe.
Voltando para o outro casal, sim, Andrew, Mandi, Cali e Rafael pareciam estar assistindo uma partida de pingue pongue olhando de um lado a outro da mesa, fazendo Gabi e Ana segurarem o riso.

— Ange meu docinho, eu... — fica sério, com a voz suave e um pouco mais grave segue — Eu por mim não ficaria mais longe, mas no momento tenho as festas com a minha família, mas ano que vem, ou eu me mudo pra cá de vez ou venho te buscar... — conseguiu dizer Ângelo.

Ange, não disse nada apenas se enroscou no pescoço do rapaz o beijando seguidas vezes.

Do lado esquerdo da mesa, Andrew olhava para Mandi que se desviou olhando para Cali ao seu lado que parecia fazer o mesmo com Rafael.

— Oi Mandinha e ai, tudo bem, como vão as crianças... — percebe — não, errei... enfim, que tal irmos ao banheiro? — estalou os olhos Cali implorando para sair dali.

— Nossa eu já iria falar que precisava ir no banheiro Cá, então vamos. — entendeu Mandi se levantando junto a Cali saindo da mesa rumo ao banheiro.



No banheiro as duas entraram juntas, elas se apoiaram uma na frente de cada cuba, se olharam no espelho por alguns segundos e uma olhou pra outra.

— Rafael está bem incisivo não é? — perguntou Mandi abrindo a torneira molhando as mãos na agua corrente.

— Andrew não está menos pelo que pude perceber... — comentou Cali também molhando as mãos e levando uma delas molhada até a parte de trás do pescoço.

— Vamos conseguir manter a amizade? — questionou Mandi

— Por hoje tentaremos, amanhã é outro dia... mas não sei se estou pronta pra voltar pra lá... — exteriorizou Cali.

— Nem eu... constrangedor... — disse Mandi fechando a torneira e secando as mãos.

— Bom não podemos ficar aqui para sempre, então contamos até três, respiramos e voltamos, na amizade, até não sermos mais capazes de manter a amizade... — expôs Cali pensando alto.

— Não sei quanto mais v... Não Mandi, não! — brandou consigo mesma.

— Melhor voltarmos antes que comecemos a ficar mais loucas do que já somos e nem o Bonaventura vai resolver. — concluiu Cali contando mentalmente até três abrindo a porta.



De volta a esplendorosa sala de jantar do senhor Carlos, Cali e Mandi se sentaram novamente em seus lugares, quase grudando suas cadeiras uma na outra, em um raciocínio rápido antes que ela olhasse para Rafael e perdesse o foco, ela se pronunciou:

— Ai gente, estamos tão felizes por vocês, desejo do fundo do coração que vocês construam seus relacionamentos com boas bases, mesmo à distância, ainda que momentânea e tenho certeza de que vocês meninos as farão muito felizes, até porque se não fizerem, Graciosa Feelings, só pra deixar bem claro. Mas acho que com os compromissos selados com tão lindas alianças, temos que fazer um brinde — ela ergue sua taça induzindo os demais a fazerem o mesmo — A Cris e Cami e Ange e Ângelo!! — concluiu Cali.

Após o brinde e com todos satisfeitos, os quatro rapazes se levantaram levando suas taças indo até a janela que dava para uma vista bem privilegiada da rua do hotel, havia um carro antigo parado bem em frente e aquilo se tornou o assunto de momento para eles, que pareciam velhos conhecidos, já que Rafael estava praticamente enturmado.

Gabi e Ana seguiam conversando, tiravam a louça da mesa a levando para a cozinha no maior papo.

As meninas por sua vez, se sentaram no sofá, Cami olhava com constância para sua mão ainda tentando absorver o que havia acontecido, as vezes olhava para Cris apoiado na janela se sentindo encantada. Ange quase fazia o mesmo, estava perdida olhando para oficialmente seu boy, enquanto Cali e Mandi apenas respiravam com os olhares perdidos, até Ange olhar para a Cali e dizer:

— Calinda, a gente não fez o advento!

— Ah pois a Ana trouxe as sacolas e a meia do nosso quarto, podemos fazer agora! — exclamou Cali se levantando pegando as sacolas no armário abaixo da cristaleira.

Elas sortearam, escolheram seus mimos, mas dessa vez ao invés de relevarem, apenas entregaram os mimos as respectivas sorteadas. Cali trocou com Mandi e Ange com Cami, como no primeiro dia, elas riram, mas também não haviam muitas opções, o importante era a dinâmica ser mantida e os mimos entregues para recordar desses dias que estavam sendo mais do que peculiares.

— Quando subirmos eu marco o calendário. Mas nos contem meninas como se sentem? — perguntou Cali.

— Ai Deus... feliz... — respondeu Ange levando a mão com aliança sobre o rosto.

— Eu não sei nem o que dizer... é muito inusitado como tudo aconteceu... quer dizer viemos de tão longe e eles de outro pais para nos encontrarmos aqui... — analisou Cami.

— O destino é mesmo bem entremeado... — disse Cali olhando para Rafael conversando com os meninos, era sem dúvidas inusitado que ele estivesse ali, um amigo da adolescência que a viu sofrer por amor a outra pessoa, que gostava dela, que de repente a encontrou depois de anos, quem poderia pensar que seria assim e que ele ainda gosta dela, mesmo nunca tido contado.

— Parece que o destino nos trouxe para onde deveríamos estar no momento certo... — começou Mandi encontrando o olhar de Andrew e perdendo a fala.

— Nem antes e nem depois, na hora exata. — complementou Cali.

— Vocês duas, precisam parar de se esquivar, só digo isso. — expôs Cami.

— Oxente, Cami esta certíssima! Só vão! — corroborou Ange.

No minuto seguinte Cris olhou para Cami sendo retribuído a fazendo sinal para que fosse até ele, ela se levantou de imediato do sofá indo abraça-lo. Não demorou muito para Ângelo e Ange fazerem o mesmo.
Cali e Mandi ficaram sentadas viradas uma para outra conversando qualquer coisa que viesse a cabeça para se esquivarem de possíveis olhares de Andrew e Rafael que conversavam em frente à janela como se fossem velhos amigos e quem sabe não tivessem sido mesmo em outra vida.

Por um momento Cali parou de falar, ficou com os olhos estáticos, Mandi a olhava atentamente começando a achar estranho aquela reação dela, porém, Cali balançou a cabeça como quem saia de um estado hipnótico, olhou para Rafael e convicta disse se levantando:

— Sabe o que, chega! Eu já esperei demais, se o universo me trouxe tem um motivo e eu só vou saber o que acontece depois se eu cruzar a ponte, então que assim seja!

Ela caminhou até ao lado da porta de correr que dava para outra sala, olhou fixo para Rafael que virou-se para olha-la como se tivesse a ouvindo, Cali apontou para a sala como quem dizia que o esperaria lá e abriu a porta entrando, sem demora Rafael se despediu brevemente de Andrew e foi atrás de Cali.

Mandi se recostou no sofá, observando as centenas de quadrinhos e pratos decorativos presos nas paredes, haviam itens de vários lugares do mundo e do Brasil, inclusive de Maceió.

— Coisas de muitos lugares não é? — perguntou aquela voz grave rouca se sentando ao lado dela.

— Sim... — concordou ela sem tirar os olhos dos objetos.

— O Senhor Carlos gosta bastante de viajar com a esposa dele, ele sempre diz que todos os momentos únicos e viagens únicas ele viveu com ela, por isso sempre que pode organiza novas viagens. — contou Andrew.
— Que bonito isso... — disse virando o rosto para olha-lo Mandi.

Eles se encararam uns breves instantes, Mandi olhou para as meninas abraçadas com os meninos olhando o movimento da rua, olhou para a porta onde Cali havia entrado e voltou a olhar para Andrew o pedindo:

— Posso te fazer uma pergunta?

— Claro! — disse ele seguro.

— Você já teve alguma namorada? — foi direta.

— Não. — respondeu.

— Porque? — seguiu ela.

— Porque não sou o tipo de pessoa que se relaciona por se relacionar, eu espero a pessoa certa, não quero um séquito de experiências, um passado cheio de feridas, quero encontrar a pessoa a quem posso amar, cuidar e proteger para o resto da vida, não por um tempo. — começou a responder ele.

— Eu tive experiências, de alguma forma elas me ensinaram a compreender o que eu não quero pra mim... mas também espero a pessoa certa, enquanto compreendo a mim mesma e o que mereço. — interrompeu Mandi.

— As experiências te ensinaram a compreender os seus limites, mas você não viveu o amor propriamente dito, certo? — rebateu ele.

— Não, por isso espero pela pessoa certa. — respondeu ela encostando a cabeça no sofá, se virando mais de frente a ele.

— Às vezes a pessoa certa chega de surpresa, em um dia em que não estamos esperando,  de repente tudo fica cristalino e parece que passamos a enxergar o que está diante dos nossos olhos, acabamos entendendo que não se trata muito de tempo ou lugar, só... só é a pessoa. — comentou ele baixando o olhar.

— E de alguma forma você sente que é a certa... você acha que a encontrará? — perguntou Mandi.

Andrew ergueu a cabeça se fixando nos olhos dela, a respondendo mentalmente "eu já a encontrei". Esse pensamento se estampou em sua face, Mandi pode percebê-lo nitidamente, ela soltou o peso do corpo no móvel, suspirou sem transparecer, mas antes que pudesse dizer alguma coisa, Andrew a disse:

— Já disse que eu tenho paciência... por enquanto vamos seguir construindo a nossa amizade, tudo bem?

Ela assentiu, mas se levantou em seguida em um rompante, algo na palavra amizade mexeu com ela por dentro, não parecia ser a palavra certa.

— Posso te pedir uma coisa? — perguntou ela.
Andrew jurava que ela iria pedir que ele se afastasse, mas quando ele respondeu sim, ela pediu:

— Pode me dar um abraço?

— Hunf... — se levantou — Isso você não precisa me pedir duas vezes. — respondeu ele a abraçando surpreso.

Ao ser abraçada ela sentiu aquela sensação outra vez e pensou se questionando "Porque você faz eu me sentir em casa e segura, porque?", para estarrecimento dela, Andrew disse quase sem som, mas audível o suficiente para ela:

— Porque eu sou a sua casa e você a minha.

Ela não o soltou, mas estava em estado de pânico por dentro, por ele ter respondido um pensamento dela, ou ela tinha falado sem perceber, não importava mais, aquela resposta já ecoava dentro dela como se ele tivesse dito em alto e bom som. "Bom, se somos a nossa casa, vamos tratar de mobília-la." pensou ela fechando os olhos e se permitindo estar segura.



Na manhã seguinte Cali e Mandi desceram para tomar café da manhã sem as meninas, já que elas haviam ficado com os meninos até tarde no apartamento do senhor Carlos, Cali optou por deixa-las dormirem até um pouco mais tarde devido a tantas emoções em um dia.
No salão de refeições, elas se serviram no buffet indo se sentar a sua mesa em seguida, bem à frente de seus lugares, haviam um copo de suco para Mandi com um bilhete escrito " Bom dia!", o que a fez sorrir de uma forma muito distinta e cintilante. Em frente ao lugar de Cali havia um xícara com um saquinho de chá de baunilha, camomila e mel que era seu favorito e encostado na xícara um papelzinho escrito "Bom dia Cá, amanhã venho te buscar as onze. Rafa."

— Bilhetes... — exteriorizou Cali.

— Conversou com o Rafael? — fez a pergunta que o cansaço não permitiu que ela fizesse a noite.

— Conversei sim, amanhã vamos sair pra almoçar, ainda não vou dizer que estamos juntos, porque temos muito pra conversar, mas como eu sempre digo, vamos por partes, uma coisa por vez. Mas e você, eu vi você e o Andrew abraçados. — respondeu e comentou Cali.

— É... Cá... é possível uma pessoa ouvir o pensamento da outra e responder falando? — perguntou Mandi com certa curiosidade.

— Como se fosse por telepatia? Se houver uma conexão profunda é bem possível, porque? Aconteceu algo assim entre vocês? — respondeu e quis saber Cali.

— Me pareceu que sim, mas as vezes eu acho que sussurrei a pergunta... — respondeu contando Mandi.

— Interessante, se acontecer de novo, me conte, assim eu faço uma capitação e análise de dados para encontrar uma resposta que faça sentido.— fica com a voz aguda — Não que precise fazer sentindo não é mesmo... — concluiu Cali.



Após tomarem o café da manhã, elas foram diretamente para o salão de eventos, chegando lá se surpreendem de ver os meninos trabalhado com os festões do teto praticamente sendo terminado.

— Meninos! Desde que horas estão aqui, como adiantaram isso tão rápido? — questionou Cali estupefata com tamanha ligeireza deles.

— Não conseguimos dormir, então perturbamos o Andrew e descemos as quatro da manhã para poder ir adiantando algumas coisas, assim o Cronograma de domingo fica todo livre pra gente poder passar mais tempo com as meninas. — respondeu Cris.

— Ahhhh, tem um propósito, que fofo isso meninos, mas igualmente fico agradecida imensamente pela ajuda que vocês estão nos dando.



O sábado passou bem tranquilo, com tudo do cronograma sendo cada vez mais adiantado graças a ajuda dos meninos, pelo menos no que dizia respeito a parte decorativa.

No almoço, com as meninas já acordadas, eles optaram por almoçarem no hotel mesmo, já que aos finais de semana a maioria do hospedes saiam para aproveitar as atrações da cidade.

Durante a tarde, os meninos foram finalizando tudo que era de parede no salão, enquanto as meninas faziam a demarcação da disposição das mesas afim de criarem um fluxo bem engendrado entre elas. A noite lancharam no salão, enquanto comiam, Cali percebia olhares um pouco mais diferentes entre Andrew e Mandi, mas preferiu guardar para si, ela sabia que eles estavam indo no tempo certo, estavam na fase da conversa, conversa e conversa. Após o lanche de jantar, as meninas fizeram o advento, tendo que explicar para os meninos do que se tratava, mas eles entenderam que era uma tradição Natal. Mais tarde, Cami, Cris, Ange e Ângelo foram para a sala de projeção ver um filme, Cali, Andrew e Mandi, permaneceram no salão reorganizando as caixas de insumos para a biblioteca, assim o salão passaria a ficar livre, liberando o espaço para quando as mesas chegassem e eles começassem a organiza-las.

Com as caixas realocadas, Andrew as acompanhou até o decimo sexto andar se despedindo, esperando o tchauzinho de Mandi que já era habitual para ir para seu quarto. Após o filme na sala de projeção ter acabado, as meninas subiram com os meninos, de início eles pensaram em apenas se despedirem e descerem para o quarto, mas Cris ficou parado em frente porta olhando para Cami que o retribuía tentando entender porque ele ainda estava parado ali, em um rompante, a puxou pela mão, deixando Ângelo e Ange ali sem entender.
Cris levou Cami até uma porta estreita de treliça que ficava ao lado da porta para o elevador de serviço, ele a abriu revelando uma escadaria, a segurando pela mão foram subindo, cerca de uns vinte e cinco degraus que levavam a outra porta igual a de baixo, Cris a abriu saindo com Cami.

— Vem quero te mostrar uma coisa. — disse ele atravessando o terraço, subindo um patamar de mais alguns poucos degraus parando bem em frente a um parapeito de madeira com borda de lambrequins.

— Uau que vista! — constatou Cami.

— É o meu lugar favorito do hotel desde que venho aqui, porque dá pra ver toda a cidade... — contou Cris a abraçando de lado — Esse ano talvez eu não volte Cami, mas passado o ano novo eu volto, não é uma promessa. — concluiu o rapaz a enchendo de beijinhos.



O domingo começou meio em polvorosa, parecia que todos haviam acordado mais cedo, se encontraram no salão de refeições para tomarem o café da manhã, Cali os notava meio agitados, com uma certa ansiedade, Andrew quase não conseguia formular uma frase sem gaguejar, o que fez seus primos zombarem um pouco dele, fazendo as meninas darem algumas risadas. Mandi ria, mas estava estampado nela a sua apreensão sobre mais tarde.

No salão de eventos, os meninos concluíram a forração do teto com os festões e as luzinhas anunciando:

— Teto concluído!

— Humm, vamos ter que ligar para ter certeza! — exclamou Cali.

Ângelo mais do que rápido correu deslizando para perto do painel de tomadas especial criado para o evento, ligou o plug e o teto se acendeu, em seguida ligou todas as arvores e guirlandas, Cali ao ver tudo se acendendo mais do que rápido colocou para tocar em seu celular Have yourself a Merry little Chritmas, que deu o tom perfeito para o instante, uma magia de natal se espalhou pelo grande salão, trazendo a sensação de que momentos como esse eram pequenas maravilhas que davam voz aos corações.

— Está perfeito! E isso tudo graças a vocês, a vocês seis — se emociona — vocês não sabem o incríveis que são sério... tenho certeza que a atmosfera foi criada com sucesso, espero que os convidados saibam aproveitar essa sensação bonita que esse conjunto todo traz, isso que ainda faltam muitas coisas. — agradeceu Cali sendo abraçada em seguida. — Assim vocês querem que eu tenha ataque de fofura, não da hein, sente o celular vibrando no bolso de trás da calça.

Eles se soltam, ela pega o celular verificando o que era e informa:

— Já é onze horas, acho que terminamos tudo por hoje, Ângelo pode desligar tudo, nos mais quero que vocês aproveitem esse dia, muito! Porque eu vou sair com...

— Oi pessoal! Bom dia! — entrou Rafael no salão.

— Sair com o Rafa... — terminou de dizer a frase corando — Então crianças se divirtam e nos encontramos no jantar! — concluiu Cali dando a mão para Rafael o seguindo.

Cris, Cami, Ange e Ângelo que já havia desligado as luzes todas, saíram em seguida do cômodo, deixando Mandi e Andrew a sós.

— Vamos? Ta pronta pra cozinhar? — perguntou ele.

— Sim... — respondeu ela.

Os dois saíram do salão fechando a porta, caminharam pelo corredor, Mandi estava quase entrando no salão de refeições para ir pra cozinha, quando Andrew a segurou pela mão a perguntando:

— Onde você vai?

— P-pra cozinha? — retornou ela sentindo a mão dele aquecendo a sua.
— Nós não vamos cozinhar aqui. — contou ele.

— Ah não? E onde vamos? — rebateu começando a se preocupar ela.

— Para um lugar que faz tempo que não vou... você vai gostar, é bem bonito. — respondeu ele a puxando pelo Hall.

— Mas espera, preciso de uma roupa especial pra ir nesse lugar... — começou ela.

Andrew parou de andar, se virou, a olhou dos pés à cabeça a fazendo estremecer nas bases e a disse:

— Você está ótima! — "Você é linda de qualquer jeito!" pensou — Não se preocupe com isso, só vamos.

Ao entrarem na área de estacionamento, Andrew soltou da mão de Mandi, a dando uma certa sensação de insegurança bem distinta, contudo, no minuto seguinte trouxeram um carro enorme branco, Andrew a chamou abrindo a porta do passageiro a dizendo quando ela se aproximou:

— Vem eu te ajudo!

Mandi subiu em um impulso com a ajuda dele, se sentou no banco e colocou o cinto, observando tudo na parte de dentro do carro. O painel era todo preto com detalhes em madeira, o cheiro predominante era inconfundível, antes que ela pudesse olhar mais detalhes Andrew entrou se sentando, fechando a porta em seguida, colocou o cinto, apertou um botão que fez o carro ligar, e saiu com o veículo do estacionamento, já haviam percorrido algumas ruas com total silêncio dentro do carro, mas Andrew o quebrou a dizendo rindo:

— É um pouco longe daqui, mas não muito, por favor não pense que estou te sequestrando! — " Ainda que eu quisesse..." pensou.

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