Capítulo 33 - Inesperado

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Na sexta-feira pela manhã, Mandi se espreguiçou na cama ainda virada de lado, coçou os olhos, os abrindo lentamente, se acostumando com a claridade que invadia o quarto através da fresta da cortina, tomou consciência de onde estava e respirou fundo soltando o ar de uma vez. A suas costas sentiu alguém se aproximando, a abraçando, encaixando o rosto entre o ombro e o pescoço dela.

— Bom dia... — desejou ela baixinho.

— Bom dia... — retribuiu Andrew com a voz rouca.

— Tudo bem? — seguiu ela.

— Uhum... — respondeu ele assentindo.

Os dois fecharam os olhos, sentindo um ao outro mais um pouquinho, até Mandi lembrar:

— Preciso subir pra trocar de roupa...

— Não... fica aqui... — a da beijinhos da bochecha a têmpora.

— Você sabe que eu adoraria, mas temos que ir os dois na verdade, tem muita coisa pra fazer hoje e vamos até tarde... — disse Mandi virando para olhá-lo.

Andrew escondeu o rosto no ombro dela dizendo:

— Mas eu tô triste...

— Ai... ta triste... tadinho dele... — riu Mandi o fazendo um breve cafuné.

Andrew ergueu a cabeça para vê-la fazendo bico e carinha de cãozinho pedindo carinho.

— Só um pouquinho... — cedeu ela.

Ele a sorriu mudando completamente de feição passando a enchê-la de beijinhos por todo o rosto, até beija-la intensa e exploratóriamente fazendo alguns movimentos intercalados que os permitissem respirar.

— Temos que... ir... — relembrou Mandi se soltando da boca dele.

— Ta bom... — aceitou ele a dando mais um beijo estalado a soltando.

Mandi virou-se de lado se sentando, deslizou até a beirada da cama, estava calçando os chinelos, quando foi puxada pela cintura repentinamente, fazendo um dos chinelos voarem.

— Andrew!! — brandou ela.

— Desculpa, precisava de um ultimo abraço antes de te deixar ir. — disse ele a segurando firme.

— Eu só vou subir trocar de roupa e te esperar pra gente poder descer pra tomar café. — deixou claro ela.

— Te encontro em vinte minutos... — concluiu ele a soltando.

No décimo sexto andar, ao entrar no quarto Mandi viu que Cali não estava na cama, contudo a porta do banheiro estava aberta, ela entrou no cômodo mas estava vazio, foi até o solário, mas Cali também não estava lá.

— Será que ela já desceu? — pensou em voz alta Mandi.

Na dúvida ela escolheu uma roupa, foi até o banheiro para se trocar, cumprir com a higiene matinal, quando estava pronta saiu do banheiro vendo Cali entrando no quarto.

— Onde você tava? — quis saber Mandi.

— Ah! Oi Mandinha, você já subiu... que bom... é eu sai dar uma volta... — respondeu Cali meio sem jeito.

— Cá, onde você estava? — insistiu Mandi desconfiada.

Cali engoliu seco, ficou levemente ruborizada, se acercou da moça e a disse sussurrando:

— Tanta hora pra você ativar a conexão, mas tinha que ser agora, obvio! Eu tava com o Rafa.

— Que safadinha! — exclamou Mandi em alto e bom som.

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