Capítulo 34 - Pânico

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Cami e Ange sentiram-se estarrecidas ao verem Cris e Ângelo, afinal eles haviam dito que só retornariam após as festas, vê-los de perto novamente, receber seus abraços, beijos e carinhos era um privilégio, um milagre de Natal.

Prontamente após as meninas se entregarem aos seus respectivos namorados, os quatro casais entraram na van, se acomodando: ao fundo Ange e Ângelo bem agarradinhos, no penúltimo banco Cami e Cris trocando carinhos devido a saudade, no banco posterior Cali e Rafael abraçados e prontos para tirarem um cochilo durante o trajeto e no banco da frente Andrew na direção e Mandi no banco do passageiro.

Ligando o motor do veículo e dando um Tchauzinho para Ana através da janela, Andrew saiu com a van para uma nova aventura.

Não faziam dez minutos que estavam andando pela cidade rumo a estrada, os três casais apagaram, Andrew pode ver pelos espelhos, passou a rir despertando curiosidade em Mandi:

- Porque está rindo?

- Porque todos dormiram aí atrás. - contou ele abanando a cabeça ainda rindo.

- Sério? - se vira para ver - Não creio... - constatou Mandi.

- Se quiser dormir, pode dormir eu não ligo, eu descanso quando chegar lá. - sugeriu Andrew.

- Eu seria uma péssima co-pilota se o fizesse. - deixou claro Mandi.

- Não pense isso, pode dormir, bem confortavelmente aí se quiser. - tranquilizou Andrew.

- Não quero! - olha nas sacolas do chão, encontra um salgadinho, desliza o máximo que pode no banco ficando mais próxima dele, abre o pacote e o oferece - Ta vendo, se eu durmo quem vai te dar salgadinho, água... - começa Mandi.

- Beijos... - interrompe Andrew.

Ela segura o riso contraindo os lábios e o da um tampa na perna.

- Hei!! - reage - Só fui sincero poxa, água é preciso, salgadinho é bom, mas beijar você é muito melhor. - riu Andrew.

- Ta certo. - ri Mandi beliscando uns salgadinhos corando levemente.

Andrew sorri pela reação dela prestando a atenção no trânsito. No sinaleiro seguinte que estava vermelho, ele olhou pra ela ainda sorrindo, ao percebê-lo ela tentou desviar o olhar, mas aquele sorriso a deixava derretida, ela se rendeu, acabou olhando pra ele que umedeceu os lábios sutilmente.

Que sacana... - pensou ela.

A culpa é sua... - pensou ele.

Mandi deixou a língua entre os dentes, mordiscou o lábio balançando a cabeça em negação, mas se deixou levar pelo impulso, se inclinou e o beijou antes do sinal ficar verde.

Andrew seguiu com o veículo com um sorriso estampado no rosto, Mandi continha o riso mordendo o lábio inferior, mas era possível ver as curvas do riso desenhadas e nítidas.

Assim que pegaram a estrada e Andrew acionou o piloto de direção para manter a velocidade controlada, espalmou a mão no campo de visão dela, a indicou com o olhar, ela pensou um segundo e entrelaçou a sua a dele. Andrew levou a mão dela a boca a dando um beijinho, sem soltar ele a pousou sobre a perna e suspirou prestando a atenção na estrada.

Você me ama mesmo... - pensou Mandi.

Eternamente... - pensou respondendo Andrew.

Ela tinha certeza de ter ouvido a resposta, reagiu apenas encostando a cabeça no ombro dele, recebendo um beijinho na cabeça. Naquele momento parecia algo sempre corriqueiro, os dois, a estrada, a liberdade de serem eles mesmos e seu dialeto.

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