Capítulo 23 - O Encontro

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— Se acalma... — pediu Cali.

— Cá melhor a gente ir sentar ali no sofá. — sugeriu Rafael amparando Mandi.

Cali assentiu e os dois a levaram para se sentar no sofá. Cali se sentou de frente para ela ainda a incentivando a respirar pausadamente, Rafael se sentou na mesa de centro atento a Mandi. No segundo seguinte a moça levou a mão ao peito quase na altura da garganta, ela começou a chorar e disse:

— Eu sinto algo aqui... como um pânico... tem alguma coisa errada...

— É só uma sensação, você vai ver que tudo estará bem em breve. — tranquilizou Rafael.

Cali e Rafael seguiram tentando acalma-la ali no hall como pais preocupados.



No estacionamento do hotel o senhor Almeida estava arrumando as chaves no armário, percebeu um carro branco descendo e parando na área de espera, quando se virou viu que era o carro de Andrew, imediatamente pegou seu celular e mandou mensagem para Ana avisando que o rapaz havia chego.

Ele caminhou até o carro, o contornou pela parte de trás, quando viu a lateral do carro toda batida e cheia de arranhões, foi direito para a porta da frente, quando foi abrir Ana veio correndo saindo pelo elevador de serviço que levava até a garagem, ela foi pela frente do carro o contornando, quando viu a lateral como estava ela abriu a porta do motorista de imediato exaltada:

— Andrew!!! Filho!!!

Orapaz seguiu estático segurando o volante com o olhar vidrado.

— Andrew fala comigo! — exclamou Ana tirando as mãos dele do volante,percebendo a esquerda com alguns esfolados — Olhe pra mim!

— Ana, espere um minuto, vou pegar um copo de água. — disse Almeida indo até obebedouro.

Ana seguiu tentando fazer Andrew reagir, mas ele somente conseguiu mexer osolhos que estavam com olheiras escuras de cansaço piorando a impressão. Almeidavoltou com um copo de água, Ana conseguiu fazer o rapaz tomar alguns goles, quepareceu estar recobrando a consciência. Com ele voltando a mexer os olhos erespirar melhor Ana o perguntou:

— Me conte filho o que houve?

— Teve um acidente na estrada... — começou ele meio ofegante, Ana o olhou com certo horror — Estou bem, bateram na lateral mas não me aconteceu nada... eu esfolei a mão tentando ajudar as pessoas que ficaram presas... foi horrível ...as freadas, o som dos carros e caminhões batendo em sequência... ainda os escuto... e-eu... eu p-pude ajudar algumas pessoas mas outras... outras não... Quando senti baterem no carro eu só pensei em vocês... na Mandi... minha sorte foi que com batida eu fui empurrado para fora da pista... — contou Andrew.

— Mas você está bem, machucou alguma coisa?? — quis saber Ana o olhando por inteiro.

— Não mãe, ta tudo bem, os bombeiros quando finalmente chegaram me avaliaram e eu fui liberado pra vir pra casa... — respondeu ele.

Ana o ajudou a sair do carro, o abraçou por uns segundos o soltando em seguida o dizendo:

— Mandi ficou nervosa ao saber que você não tinha chego...

— Cadê ela?? — questionou ele mais do que rápido.

— Está no hall com a Cali creio eu. Mas filho porque você não atendeu o celular?? — respondeu e retornou Ana.

— Fiquei sem bateria enquanto esperava liberarem a rodovia, mas depois descobri que nem adiantaria porque está tudo fora do ar. — Respondeu ele já caminhando com as pernas um pouco bambas sentido a porta para o hall.

— Espera filho eu te ajudo. — disse Ana o amparando até a porta para entrar no hotel.

— Melhor ele ir descansar Ana, eu vou ver pra arrumar o carro já. — falou o senhor Almeida.

— Obrigado senhor Almeida! — agradeceu Andrew.



Ainda sentada no sofá Mandi estava conseguindo ficar mais calma por mais que respirasse sonoramente, sentia todavia aquela sensação no peito, Cali e Rafael continuaram com ela a fazendo se sentir acolhida, no minuto seguinte Rafael viu Ana e Andrew entrando pela porta do estacionamento logo ele exclamou:

— Andrew!

Mandi se levantou em um salto se virando para ver se era ele mesmo, tendo certeza ela contornou o sofá e correu em direção a ele o abraçando com muita firmeza.Andrew encaixou a cabeça entre o ombro e o pescoço dela a dizendo baixinho:

— Eu estou bem... mas por um instante achei que nunca mais fosse ver você...

Estar abraçada a ele trouxe a sensação de segurança, o que estava sentindo antes havia se dissipado no momento em que ela o viu, ela estava um pouco tremula mas ele também. Com os olhos fechados ela teve alguns lampejos de um acidente, era como se ele estivesse contando pra ela o que houve sem dizer nada, somente por pensamento, em outra circunstância poderia gerar uma perturbação,mas isso não era importante no momento.

Ao lado deles Cali e Rafael perguntavam a Ana o que havia acontecido e ela os explicava:

— Ele meio que participou do acidente mas foi mais de raspão, ele está bem fisicamente, mas um pouco abalado psicologicamente porque ajudou algumas pessoas a saírem dos carros.

— Menos mal... — reagiu como pode Rafael.

— E os meninos, espero que tenha dado tudo certo no voo.

Andrew levantou a cabeça dando um bejinho na testa de Mandi e aclarou:

— O voo deles saiu antes da tempestade chegar efetivamente, devo ter recebido mensagem de chegada do Cris, mas com as operadoras desligadas não tenho comover ou ter certeza.

— Eu vou buscar seu celular e vou carregá-lo, acho bom você subir e dormir um pouco filho. — orientou Ana.

— Não! Eu vou tomar só um banho, trocar de roupa e descer pra tomar café. — Faz Mandi olhar para ele — Você me espera? — perguntou Andrew um pouco rouco devido ao cansaço.

— Uhum... — confirmou Mandi ainda abraçada a ele e com pouca intenção de solta-lo.

— Preciso que me solte — enxuga as pálpebras inferiores dela com delicadeza — pra que eu possa subir e voltar rapidinho... — pediu Andrew baixinho.

Mandi voltou a abraça-lo encostando sua cabeça no peito dele, Andrew não esboçou nada, se ela quisesse ficar ali o resto do dia ele ficaria. Logo em seguida ela o soltou lhe dizendo:

— Vai, mas não demore!

— Te vejo em dez minutos. — disse ele indo em direção aos elevadores apressado.

— Graças a Deus está tudo bem! — exclamou Ana.

— Sim Ana, está tudo bem, eu disse que notícias ruins vem a galope. — olha para Mandi — Vamos indo tomar café?

— Não, eu vou esperar o Andrew voltar bem aqui. — deixou claro Mandi.

Cali iria dizer algo mas Rafael se interpôs:

— Então esperaremos aqui com você.

Mandi assentiu se apoiando no balcão olhando para os elevadores, Ana ficou do outro lado do balcão também esperando. Cali e Rafael se entreolharam, ela franziu a testa olhando para ele, até que ele a disse em um tom que somente ela pudesse ouvir:

— Se você a considera uma filha, pois ela é minha filha também e bons pais se fazem presentes e apoiam em todos os momentos.

— Rafa... — reagiu Cali inclinando a cabeça o olhando com carinho.

— Você é assim Cá, eu também tenho essa coisa do cuidado você sabe, então só vamos cuidar delas e aproveitar pra treinar pra quando elas tiverem irmãs ou irmãos. — completou Rafael.

— Aiii não seja perfeitinho... — exteriorizou Cali fazendo bico.

— Eu sou porque é como você é pra mim, e depois tenho que ser o que preciso ser, se o universo me trouxe você de volta e você veio com três filhas de coração, eu só devo abraçar isso. — deixou claro ele.

— Na verdade são cinco... — revelou Cali contraindo os lábios e olhando para baixo.

— Poderiam ser dez — ergue o rosto dela — eu iria agir do mesmo jeito, desde muito nova você dizia que queria uma família grande e a casa cheia, então tudo dentro do esperado. — concluiu Rafael a beijando rapidamente em seguida.

Pouco tempo depois Andrew saiu do elevador, trajando uma camisa branca com mangas dobradas até os cotovelos com a gola aberta, uma calça social cinza azulada, de sapatos italianos pretos e tirando um suspiro inaudível de Mandi ele foi de encontro a ela.

— Ta mais calma? — perguntou ele a segurando as mãos e a olhando intensamente.


— Estou... — respondeu ela se permitindo ser vista além do físico.

— Eu... — engole saliva — Quero conversar com você antes do café... — começou Andrew.

— Dou cinco minutos pra conversa, depois quero ver os dois tomando café! —interrompeu Cali.

— Exatamente, você precisa se nutrir filho! — complementou Ana.

— Melhor vocês irem conversar, nos encontramos no salão em cinco minutos. — direcionou Rafael.

Andrew assentiu, soltou uma das mãos de Mandi, mas ficou segurando a outra firme, os dois cruzaram o hall rumo a biblioteca rapidamente para não perderem tempo.



Na biblioteca, Andrew parou com Mandi entre os sofás voltando a segurar as duas mãos dela e começou:

— Quero te fazer um convite...

— Diga... — interrompeu ela olhando a forma com que o canto dos olhos dele se mexiam quando falava, aqueles olhos que ela jurava que se fossem piscinas ela mergulharia neles.

— Queria... — pigarreia — te convidar pra jantar em um lugar bonito e ... depois passear em algum outro lugar... — seguiu ele.

— Seria um encontro? — perguntou ela.

— Uhum... se você quiser claro... — respondeu ele.

— Eu quero... — ele ficou levemente ofegante — Mas com uma condição senhor! — disse Mandi.

— Okay, qual condição seria? — perguntou ele dando um risinho.

— Que você faça o que tem que fazer agora de manhã e à tarde você descanse! — deixou claro Mandi o respondendo.

— Tudo bem, condição aceita. As... dezoito no hall? — retornou ele.

— As dezoito no hall senhor! — respondeu Mandi o sorrindo.
Andrew não disse mais nada apenas abraçou a fazendo carinho nos cabelos por uns instantes.

— Melhor a gente ir tomar café antes que a Cali venha nos buscar... — lembrou Mandi sem se soltar dele.

— Tem razão... — concordou ele a dando um beijinho na cabeça.

Juntos de mãos dadas saíram da biblioteca rumo a salão de refeições.



Os seis tomaram café com Andrew contando sobre o acidente e tudo que havia acontecido, Ange e Cami começaram a ficar preocupadas com Ângelo e Cris, mas logo em seguida receberam mensagens deles avisando que já haviam desembarcado em Torino, que estavam bem e com saudades, o que foi um alivio para todos.

Após o café da manhã foram diretamente ao salão de eventos, Andrew se despediu de Mandi brevemente, Rafael abriu a porta entrando seguido de Ange, Cami e Mandi, Cali estava quase entrando quando foi segura pela manga da camiseta, ela se virou para entender o porque daquilo, mas Andrew a pediu rapidamente:

— Preciso conversar com você rapidinho.

— Tudo bem. — acatou Cali.

Os dois foram até a biblioteca, Andrew deu passagem a Cali entrando em seguida fechando a porta atrás dele, foi indo até sua mesa para ir ligando o notebook, Cali foi acompanhando o perguntando:

— Como você está?

— Melhor Cá, mais tranquilo. — tira os olhos do notebook e olha pra ela — Então eu chamei você porque convidei a Mandi pra jantar e bom — pigarreia — ela aceitou. — respondeu ele suspirando.

— Hum... vai levar ela no Terraza? — quis saber Cali.

— Uhum, eu consegui contato com o Marcelo pelo fixo. Vou alugar um carro com motorista porque o meu deve já ter ido pro concerto se conheço bem o Almeida...— começou a responder Andrew.

— Sei, sei, bom é o primeiro encontro certo? — perguntou Cali.

— É... — assentiu ele.

— Então vamos ter que ir na Nelle Blanc... — pensou alto Cali.

— Não precisa Cá, eu não me importo de como ela vai, só quero estar com ela. —aclarou Andrew.

— Não senhor! Que horas você marcou? — rebateu Cali.

— As dezoito...

— Certo, então terminamos o que der até as quinze, vamos na Nelle escolhemos um vestido causal, mas elegante, depois voltamos arrumamos cabelo, maquiagem e as dezoito você encontra ela no hall presumo. — expôs seu raciocínio Cali.

— Cá, ela já é linda, eu não preciso dessas coisas... — disse Andrew.

— Andrew, você vai levar ela no Terraza, é o primeiro encontro de vocês, então pelo amor de Deus deixa eu fazer isso! — deixou claro Cali.

— Já vi que você vai ser irredutível quanto a isso — leva uma das mãos a nuca —...tudo bem, mas eu pago o vestido. — revidou Andrew.

— Aceito!

— Vou mandar os dados do cartão para a Nelle daqui a pouco. — disse Andrew.

— Vai almoçar com a gente? — perguntou Cali.

— Não sei se vai dar, preciso adiantar algumas coisa pra poder me arrumar também, que bom que o Rafa veio pra ajudar vocês. — respondeu Andrew.

— Entendo, mas vamos esperar você mesmo assim, nem que seja pra você tomar um suco. — disse Cali.

— Ta bom... — ele ri

— Um pouco nervoso? — riu Cali.

— Um pouquinho... nunca fiz isso antes... — revelou ele.

— Vai dar tudo certo... a propósito ela gosta de rosas vermelhas... Dado essa deixa eu vou trabalhar pra adiantar tudo para irmos na Nelle. Qualquer coisa nos vemos no almoço. — se despediu Cali.

— Obrigado Cali... de novo...

Cali o deu uma piscadela e saiu rumo ao salão do outro lado do corredor.



No salão as meninas seguiam trabalhando, terminando os detalhes, fazendo laços e os colocando. Cami tinha certa dificuldade de montar os laços, já havia tentando algumas vezes e a seu ver nunca ficava certo, Rafael a escutou resmungando algumas vezes, ele se aproximou cauteloso e a disse:

— Vai com calma que da certo.

— Eu já tentei muitas vezes não sai, fica torto... — exteriorizou Cami.

— Tenta de novo, sei que vai dar certo, eu confio em você! — incentivou Rafael.

Cami, soltou a fita, respirou fundo e começou a dar o nó novamente com calma, deu duas voltas, passou a ponta por dentro e puxou fazendo o nó, Cali estava próxima foi conferir ela soltando o laço, ao colocar uma alça para cima e a outra para baixo Cali exclamou:

— Perfeito Cami!

— Viu eu disse que iria dar certo! — disse Rafael animado.

— Sério que ficou bom? — questionou Cami sem crer muito.

— Está perfeito! — falaram juntos Cali e Rafael.

Cami sorriu e prendeu o laço na ponta de uma das mini árvores que decoravam aparte da frente dos balaústres do palco. Depois de mais alguns ela havia se convertido em especialista, estava até ensinando a Ange como deixar todos simétricos.

— Ela só precisava de um pouco de confiança... — comentou Rafael com Cali.

— E você deu confiança a ela. — assentiu Cali com gracejo.

— Pais são para isso, ensinar os filhos a confiarem em si mesmos. — concluiu Rafael dando ataque de ternura em Cali.



No almoço os cinco foram almoçar no salão de refeições, com o hotel mais vazio Gabriela se juntou a eles para almoçar aproveitando para falar sobre o cardápio do jantar no baile que era basicamente de comidas em pequenas porções. Estavam entretidos no assunto, quando Andrew passou pela mesa rapidamente tomando um copo de suco, avisando que estava terminando o itinerário do trabalho do dia, mas que queria estar ajudando, Rafael o tranquilizou dizendo que estavam dando conta que ele não se preocupasse. Após ele terminar o suco, se despediu de todos, passou por Mandi que estava o olhando perdida desde que ele havia chego, a deu um beijinho na bochecha e seguiu seu rumo para continuar o trabalho para dar tempo de se arrumar mais tarde.

Do almoço, os cinco retornaram o salão a pleno vapor para adiantarem tudo que pudessem para saírem as quinze sem atrapalharem o andamento do cronograma.
Cami já estava tão expert nos laços que já conseguia monta-los em qualquer tamanho, quase ninguém mais a acompanhava de tão rápida, nem mesmo Cali que a havia ensinado.

— O Aluno tem que sempre superar o mestre! — exclamou Cali feliz por ela.



As quinze em ponto, Rafael se prontificou em ficar ali finalizando algumas coisas e a fechar tudo quando acabasse em enquanto as quatro saiam rumo a loja Nelle Blanc.
Um quarteirão abaixo, atravessaram a fachada de vidro da loja, foram recebidas pela própria Nelle que parecia as estar esperando, o que foi confirmado quando ela cochichou para Cali que Andrew a havia avisado e que estava tudo certo.
As quatro se dividiram e escolheram duas opções de vestido cada uma, juntaram tudo em um provador, Mandi meio desconfortável foi provando e saindo para as três que estavam sentadas em pufes de Matelassê bordos em frente aos provadores pudessem ver o que ficaria melhor.

O primeiro era um bege de alças de laço, era elegante, mas não era aquele. O segundo era um rosa choque com um laço na frente, Cali disse um sonoro "Não", Mandi foi seguindo, mas parecia que nenhum havia gerado aquele "tchan", depois de provar quase tudo faltava o ultimo e Mandi anunciou:

— Esta bem meninas, esse é o ultimo e juro que não vou provar mais nenhum, foi a Cali que escolheu, eu gostei — abre a cortina do provador e sai — O que vocês acham?

— Perfeito! — disse Ange até sentando melhor no pufe.

— Mulher, você está incrível só posso dizer isso! — disse Cami

— Alguma coisa me disse que era esse desde o início... — exteriorizou Cali.

— PERAI! Você me fez provar todos aqueles vestidos sabendo que iria ser esse? — questionou Mandi.

— Hei hei hei, você tinha que provar os vestidos pra ver qual você gostava mais e você mesma escolheu dois, nem vem! — rebateu Cali.

Mandi coloca as mãos na cintura a olhando com incredulidade. Cali a sorri como um emoji que mostra os dentes.

— Temos que ver um sapato ou sandália? — perguntou Ange interrompendo.

Cali analisa, pensa e responde:

— Vai de all star, com o preto, vai funcionar e você vai se sentir mais confortável. — olha a hora — Oshi!! Melhor irmos, você ainda tem que fazer cabelo e maquiagem!

Elas agradeceram a Nelle pelo atendimento, Cali deixou tudo certo com ela sobre o pagamento e as quatro saíram rumo ao hotel com Mandi levando sua sacola.



No hotel, no quarto no décimo sexto andar havia muito barulho de secador de cabelo e abre e fecha de embalagens, a cama de Cali havia se convertido em uma bancada de são de beleza, ela estava fazendo uma maquiagem bem suave Mandi apenas pra realçar seus traços, enquanto Ange secava o cabelo dela de um lado e Cami ia fazendo cachos com um auxílio de um aparelho do outro.
Quase uma hora depois que haviam retornado e trabalhado em cima da moça, as três se afastaram a olhando, Cali logo fez seu drama interpretado dizendo modulando a voz:

— Meu Deus ela ta tão linda.... iiiiiiii miiiiiiiiii.

— Sério amiga você ta linda mesmo! — também reagiu Cami..

— Desce lá e faz o queixo dele cair! — disse Ange.

— Vai mesmo filha, faltam só quatro minutos é o tempo de você descer com o elevador. — abriu a porta, Mandi passou se despedindo — Desfruta de cada momento, você merece isso e sabe!

Mandi assentiu agradecida e foi pelo elevador.



No hall Andrew a estava aguardando praticamente em black tie, conversava com Ana para passar o nervosismo latente, até escutar o tilintar do som do elevador chegando, ele se virou para olhar deixando a rosa vermelha que tinha nas mãos em evidência, quando a viu seu coração quase parou. Ela estava primorosa com um vestido verde até os joelhos, nem muito escuro nem muito claro, cheio de minúsculas margaridas bordadas, as mangas e a parte superior do decote em coração eram translucidas, os cabelos estavam soltos, mas com sutis presilhas quase da cor do vestido prendendo uma mecha de cabelo na lateral de cada lado, parecia nem estar de maquiagem exceto pelos cílios que estavam bem volumosos.
Andrew engoliu seco, respirou fundo, tentou dizer algo, mas Mandi quebrou o silêncio momentâneo o dizendo um singelo "Oi" baixinho.

— Oi... — a entrega a rosa — V-você ta t-tão ... linda que acho que a rosa vai se sentir f-feia ...

— Obrigado... — agradeceu ela segurando a rosa sentindo seu aroma.

Não existia mais nada no planeta naquele momento para Andrew, apenas Ela.

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