𝐃𝐞𝐬𝐢𝐫𝐞́𝐞 𝐓𝐨𝐫𝐫𝐢𝐜𝐞𝐥𝐥𝐢

𝐎

Desirée
Torricelli

Entro no elevador e desço para o andar do térreo, eu passava pelo corredor distraidamente até a recepcionista puxar assunto comigo sobre algo aleatório, mas o nosso diálogo não dura muito, pois eu queria continuar vasculhando o ambiente.

Paro de andar quando vejo uma luz acessa em uma sala cheia de jogos de mesa e fliperama.

A porta automática se abre e eu me surpreendo ao ver Blake com uma garrafa de vodka de sabor na mão, os botões da camiseta dele estavam completamente abertos, dando a visão do V que tinha entre o pé da barriga dele, seus olhos estavam mais escuros do que o normal, os cachos de sua cabeça pareciam se fundir com a epiderme da sua testa, o que fazia qualquer um pensar que ele tinha corrido uma maratona. O homem estava com um taco de sinuca na mão e os olhos vidrados no jogo a sua frente.

Me aproximo de onde ele estava e encosto na mesa de sinuca, atraindo sua atenção.

— Por que não está dormindo? — Aidan pergunta e eu noto como seus olhos desciam do meu rosto até os meus seios, cobertos apenas pela camisola que ainda possuía um decote.

— Posso lhe fazer a mesma pergunta — Ele se posiciona para empurrar a bola branca com o taco — Tem mais um? — Blake me entrega seu taco e sai em busca de outro para si mesmo.

Começamos a jogar em silêncio, com nossos espíritos competitivos aflorando nas veias, em um determinado momento começamos a compartilhar um cigarro cujo ele havia acendido, mas pela primeira vez naquela noite Aidan não olhou apenas para os movimentos que o meu corpo fazia, desta vez ele prestava atenção nos meus olhos, como se estivesse transmitindo tudo aquilo que ele queria fazer comigo agora, mas seu foco muda para os meus lábios no instante em que venço o jogo e acerto a última bola.

— Fácil como roubar galinha de fazendeiro — Começo a organizar as bolas novamente para reiniciarmos o jogo, mas Aidan me come tanto com os olhos ao ponto de me deixar excitada e trêmula ao mesmo tempo — O que foi?

Em uma velocidade absurda Blake tira o cigarro da minha boca e bagunça a mesa que eu já tinha arrumado e me deita sob ela, seguro a nuca dele e o puxo para um beijo, fazendo com que seu corpo caísse em cima do meu, sua língua toca o céu da minha boca fazendo com que eu sentisse o sabor da vodka de melancia.

Suas mãos apertavam a minha cintura quando ele decide parar o beijo para descer seus lábios para a área amostra do meu seio esquerdo, solto um gemido quando o contato entre nossas intimidades morre.

Blake se afasta de mim e traga o cigarro soltando a fumaça lentamente, tento fechar minhas pernas para conter o libido, mas quando ele nota minhas intenções Aidan põe a mão no meio das minhas coxas e abre um sorriso que faz minhas pernas tremerem.

Fico impaciente quando ele distribui beijos molhados desde o meu joelho até o meu sexo, ponho minhas mãos nos cachos dele e arranho sua nuca quando ele introduz dois dedos de uma vez só dentro de mim.

Minhas costas se contorcem com os arrepios que o moreno ocasionava em mim, gemo em frustração quando ele retira os dedos da minha entrada.

— Vou te oferecer duas opções... — Aidan encaixa seu rosto entre as minhas pernas colocando elas a cima dos ombros dele — Opção número um, eu te fodo nessa bancada até você ficar de pernas bambas, mas você terá que ceder a todas as minhas vontades, se eu falar pra você ficar de quatro, você vai perguntar se é com ou sem roupa — Ele deixa um beijo próximo a minha intimidade — Ou podemos encerrar a noite com um agradável sexo oral, mas que nunca mais vai se repetir outra vez, e você vai ter que conviver com o tormento de que nunca mais vai ser chupada novamente, porque você sabe que ninguém mais vai te tocar depois que você se comprometer a isso