CAPÍTULO 15 |final|

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C A R L O S

A Bonny estava todinha cheia de mistério, porém, eu prometi jamais usar meios escusos para descobrir suas intenções, e o estou segurando com tudo de mim. Seria tão fácil acessar seu celular, apesar de todas as travas de segurança que eu mesmo adicionei nele, mas, não devo pensar no assunto, já que tenho quatro filhotes dengosos como jamais estiveram na vida, sem permitir que eu nem mesmo saia para trabalhar.

— papai. – Laio fungou todo dengoso, esfregando o rosto no meu peito. — Mama?

— A mamãe está descansando. Ela não tem mais tête. – explico e ele resmunga, colocando o dedinho na boca.

Apesar de serem shifters, e se desenvolver muito mais rápido, eles ainda são bebê de três anos, sentidos pela distância da sua adorada fêmea. Segundo as medidas de avaliação, um bebê coelho aprende cinquenta e duas vezes mais rápido que um bebê humano da mesma idade, tendo maior flexibilidade e agilidade também em comparação, tanto a humanos, como a outros mamíferos de pequeno porte. Sobre a amamentação, assim que eles tem sua imunidade controlada, a necessidade de amamentação diminui até cessar, então a coelha se prepara para um novo cio, e uma nova ninhada, normalmente em intervalos de dois anos e meio a três, se os bebês forem muito dependente, um pouco mais.

— Eu quero a Renata. – Mateus fungou, se empurrando para mais debaixo do meu braço.

— Eu sei, meus pequenos, mas, ela tem que ficar longe por um tempo. – explico, tentando fazer compreenderem um pouco mais.

Eles se manterá por dias, nessa forma, até a empolgação pelo nascimento cada vez mais próximo e a movimentação dos filhotes na barriga da Bonny, ganhou a atenção deles, e apesar de todos os dias procurarem saber dela, sinto que a intensidade do espírito deles está voltando ao normal para a idade. Renata não entra em contato conosco, mas, vi que ela está bem, se instalando na Bolívia, e agora é apenas torcer para que os meninos consigam superar a distância, e quando estiverem adultos, voltem a encontrar sua destinada.

[...]

— Onde vamos? – pergunto rindo da empolgação da minha fêmea, mesmo que eu já esteja coberto de sacolas.

— Só um instante! – riu me puxando pela mão, nossos seres selvagens parecendo tão animados quanto ela, porque a alegria de um é o mesmo que a do outro. 

Bonny está deslumbrante com sua barriga de cinco meses. Apenas mais um mês, e teremos nossos novos filhotes. Eles se tornam tão esperto e independentes rápido, que me sinto ansioso para que fossem mais lento, mesmo admitindo não ajudar a Bonny tanto quanto desejo e ela precisa. Gosto de prover para minha família, e não é como se minha fêmea e meus filhos não merecesse o mundo.

— Amor! – seguro ela, puxando para meus braços, na entrada de um prédio. — esse lugar está vazio. – aviso rindo e ela revira os olhos risonha.

— Eu sei bobinho! – virou em direção a grade e digitou uma senha, que fez o portão automático abrir.

— Bonny?! Sabe que se me matar, seu espírito vai sucumbir de saudades?! – brinco ansioso.

— Claro! Não vivo sem você, meu coelhinho. – sorri ainda segurando minha mão, parando em meio a um salão bem espaçoso. — o que acha?! – mostrou ao redor a contrução recém feita e sorri empolgado.

— decidiu finalmente o que fará com o dinheiro? – abraço ela curioso, e ela sorri assentindo. — então, o que pretende? – Não consigo disfarçar meu entusiasmo, por ela finalmente decidir um plano.

— Esse lugar é pra você. – Eu pisco seguidas vezes sem entender. — quero continuar como estamos. Gosto de cuidar do bebês, e da casa. Sinto muito se decepciono você, por ser assim e não ter uma paixão por alguma profissão, para investir, mas, – ela baixa o olhar tímida e levanto seu queixo olhando em seus olhos.

A COMPANHEIRA DO COELHO |+18|Onde histórias criam vida. Descubra agora