CAPÍTULO 8

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B O N N Y

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B O N N Y

Cedo demais meus pais tiveram que voltar para Honduras, e me despedi em lágrimas dos meus velhos, mesmo sabendo que eles são importantes lá. Muitas crianças dependem deles para viver e sobreviver, e isso é o suficiente para entender o ponto deles de não abrirem mão de viverem no nosso país.

— Obrigado, amor. — Carlos me beijou suavemente, enquanto estamos na mesa da cozinha avaliando as pedras que ele trouxe.

— Te amo. — Me esfrego nele, que sorri satisfeito.

Meu companheiro aprendeu rápido e comprou lixa d'água, também uma luz ultravioleta e uma lupa de alta definição. Sei que a área dele é tecnologia, mas, Carlos parece encantado também pelas pedras, e estou ajudando com os meus conhecimentos, que não sinto que chegue próximo aos do meu pai, que reconhece um diamante a olho nu, porém, tenho meus dotes.

— Essas seis aqui, são certas que são. Essas outras, precisamos de mais uma precisão. — Declaro separando os diamantes, dos cristais e dos parentes dos cristais.

— Esse aqui eu testei na lixa. — Carlos olhou indeciso para a pedrinha amarelada. — Quanto você acha que conseguimos em todas elas?

Ao todo, ele conseguiu achar dezesseis pedrinhas em uma semana. Talvez se ele escavasse teria achado mais, porém, Carlos quer uma busca sem danos e é isso que vamos fazer. Não posso mais me transformar, devido já está com mais de duas semanas de gravidez, porém, ao menos fora da toca irei ajudar no que ele precisar.

— Eles assim como estão, em estado bruto, não muito. — Declaro sincera e ele faz um olhar de decepção. — Mas, se levamos a um gemólogo para que ele dê um atestado de origem, as pedras valerão o dobro ou mais. Mesmo assim, sem polimento.

— Quanto custa esse atestado? — Se preocupa olhando para elas.

— Não sei ao certo aqui no Brasil. Depende do que usaram para atestar a qualidade e a forma que usam, se é laboratorial e essas questões técnicas. — Indico tentando pensar em como funciona aqui.

— Não posso ariscar muito, e não ter lucro. — Me olhou e depois voltou a atenção as pedras, a sensação de inquietude dele vindo até mim.

— Não se preocupe. Garanto que, mesmo com o gasto da oficialização, você conseguirá cobrir os custos facilmente. — Declaro não querendo desanimar. — Vou com você, e aposto como o próprio técnico indicará um comprador. — Sorri confiante que tudo dará certo, porque meu companheiro é o mais negativo dos homens, e quero que ele absorva um pouco de confiança. 

— Está certo. A Lina também quer ir conosco. — Deu um sorriso mais calmo. — Ela terá que falar com os alfas, a terra é deles, afinal. — Balançou satisfeito em jogar essa parte para a irmã.

— Tem razão. — Declaro me abraçando ao meu companheiro.

Pesquisamos e o Carlos investigou até a alma de uma gemóloga e marcamos um horário com ela. A Lina e o Carlos parecem receosos, e acho os dois os mais incrédulos que já imaginei na vida. Eles parecem não acreditar que estão levando algumas das pedras mais valiosas do mundo no bolso, e acabo rindo internamente deles, pensando no que meu pai diria se os visse agora, porque é no mínimo interessante como não esperam coisas boas vindo. 

A COMPANHEIRA DO COELHO |+18|Onde histórias criam vida. Descubra agora