CAPÍTULO 9

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BOA LEITURA!

...

C A R L O S

Os alfas disseram que queriam apenas vinte porcento do lucro dos diamantes, e minha irmã doou a parte dela para mim, investir pro futuro dos meus filhotes. Eu achei bem suspeito. Acho até que minha irmã está aprontando, porém, se estivesse, não é como se fosse me deixar de fora. Consegui encontrar mais algumas pedras, procurando um pouco abaixo da superfície da areia, e não pretendo ir muito além disso, a não ser que procure fora da gruta, porém, o mais simples possível, evitando ao máximo modificar o ambiente, afinal, foi uma das exigências do Gregory.

— Misericórdia! — A Bonny e a Lina olham com os olhos arregalados, para meu computador.

Tu vendeu algum dos teus órgãos? — Minha irmã me olha preocupada, como se realmente eu tivesse coragem de vender uma parte minha.

— Não. — Ri do seu exagero. — Eu cobrei uns favores, e juntei com o dinheiro dos diamantes. Com essa belezinha aqui, vou conseguir a grana que preciso para colocar alguma segurança na reserva.

Sim, eu desisti de qualquer ideia de abandonar meu lugar aqui, por causa de uma cobra, sendo que tem delas em qualquer lugar. Ver minha irmã se sentindo tão frágil e minha fêmea inclinada a ficar ao seu lado e opinião, me rendeu de uma forma monstra, porque elas são as mulheres da minha vida, e privar minha irmã de conhecer e participar da vida dos meus filhos, seria muita sacanagem minha. Eu tenho medo, mas, pela forma que estou indo com meu medo de tudo que rodeia minha vida, sei que meu coelho ficará sobrecarregado e poderei perder o controle e o pior de tudo, afetar minha fêmea e meus filhotes, que divide os sentimentos comigo. É um pouco difícil sossegar meus pensamentos, mas, estou tentando meu máximo.

— Apoio você em qualquer adversidade. — Minha fêmea promete, e puxo ela para o meu colo, animado com as possibilidades e feliz por ter o apoio das garotas que fazem minha vida ter sentido.

— Esse computador é incrível. — Minha irmã olha tudo com atenção. — Já instalou seus programas? — Encara os monitores ligados, seus olhos passeando pelo teclado e a CPU de última geração.

— Nada! Vou demorar um pouco pra deixá-lo pronto. — Declaro orgulhoso do meu novo brinquedinho.

[...]

Levou uma semana e muita bronca da minha fêmea para deixar o computador do jeito que ele precisa estar, e após testar a segurança do aparelho e a capacidade de rastreio militar que poderiam fazer para chegar até mim, tive o prazer de sentir que ele está perfeito para o serviço. Ele tem algumas modificações, e programas que provavelmente eu seria preso se alguém descobrisse, porém, juro que protejo bem minhas coisas.

Eu mereço um presentinho. — Faço um bico, olhando o quanto de grana tem na conta do traste infeliz. — Talvez também um presentinho pra minha irmã, e não posso jamais esquecer da minha fêmea, mesmo que ela tenha ameaçado cortar meu pau.

— Está conversando sozinho! — Minha fêmea me olha da porta, e ri nervoso por não ter sentido sua aproximação sorrateira.

— Você está brava comigo. — Declaro pedindo clemência com o olhar, porque ela brava é uma ferinha e me deixa se sentindo angustiado.

É claro. Estou perdendo meu companheiro pra um computador. — Reclamou vindo mais próximo, de braços cruzados e um bico bonito nos lábios.

A COMPANHEIRA DO COELHO |+18|Onde histórias criam vida. Descubra agora