EPÍLOGO

3.3K 486 184
                                    

C A R L O S

Minha vida poderia ser perfeita, porém, por pura inveja eu sou um homem odiado. A praça da reserva está lotada, quando eu digo lotada, até os benditos répteis que vivem afastados, estão aqui, como se fosse um julgamento público.

— Pronto? – A Manu está segurando a risada, me esperando na porta da clínica.

— O evento mais esperado dos últimos dezesseis anos! — Alex anuncia, e eu dou dois passos reversos, apenas para colocar minha cabeça para fora.

— Vai tomar no cu, idiota do caralho! – xingo alto. — vocês não tem o que fazer, não?! Quer bem que eu desista dessa porra. Bando de ovo choco.

— Amor! – a Bonny implora, já dentro da clínica. — Aceita logo isso. Preciso voltar, pra amamentar as bebês.

— Cortando com você, mulher aproveitadora e cruel. – aponto minha fêmea, que dá um sorriso maroto.

Essa mulher desalmada, me usou até conseguir as filhotinhas fêmeas, e agora exigiu que cortasse minhas bolas. Vou ser massacrado, amputado, torturado e finalizado como um ser indevido e desprovido de direitos, simplesmente por ser lindo e desejar ter uma grande prole. 

— alguém por favor, liguem pro Ibama, as forças armadas, os médicos sem fronteiras, e a Luiza Mel! – faço drama, na porta da sala de cirurgia e minha irmã é quem vem furiosa com uma bandeja levantada.

— Ou entra nessa merda, e deixa a Manu resolver esse negócio, ou eu mesma faço. — Lina exigiu, recebendo total apoio da maldosa da Bonny.

— Isso é maus tratos contra os animais. – acuso apontando as duas.

— foda-se! Ninguém se importa com suas bolas. – minha irmã declara maldosa.

— Amor, para com isso. – Bonny suspira brava. — você prometeu que faria. As meninas seriam a última ninhada. – cobrou e eu fecho a porta na cara das duas.

— Manu, onde está os direitos humanos?! – intercedo a médica, que me dá um sorriso gentil, antes de usar sua força e me colocar na maca.

— Essa ação faz parte dos direitos humanos e controle populacional. — Riu maldosa, que me deu até medo. — Carlos, ou eu faço sua vasectomia, ou sua autópsia, então a escolha é sua. — Engoli em seco, vendo sua postura intimidante.

— Corta logo essa porra. Já tenho os dezesseis que eu queria mesmo. – dou de ombros, como se essa castração não fosse importante.

— Ótimo. — Riu convencida. — É coisa rápida. — declarou ela mesmo arrancando minhas calças, como se eu fosse fugir a qualquer instante. 

Fui obrigado a ficar em uma posição vulnerável, com minhas pernas pra o alto e com meus bens expostos para a médica, que sem muita demora ou cerimônia, decepou minhas lindas bolinhas enquanto cantava uma musica fúnebre qualquer.

— Não seja dramático, macho frouxo. — A Manu debochou do meu desânimo. — Essas porcaria nem foram realmente tiradas.

— Isso ainda é maus tratos. – reclamo indignado.

— A Bonny é boazinha demais. – suspirou incrédula. — na segunda ninhada, já deveria ter ela mesmo te castrado com uma faca cega.

Misericórdia! O que vocês tem contra mim?! – reclamo indignado, saindo da maca, sentindo o curativo no meu saco incomodando um pouco. — É tudo inveja. — declaro pegando minha calça e voltando a vestir. 

— Claro que é inveja. – debochou rindo. — agora vai e seja feliz.

— Ser feliz?! – questiono irônico, separando bem minhas pernas, antes de passar pela porta segurando na parede bem devagar. 

— Você está bem? — Bonny se preocupa, vindo para próximo apressada.

— Claro. – suspiro desiludido, e vejo minha irmã revirar os olhos para mim. — apenas me sentindo dilacerado, mas, tudo bem.

— Carlos bebê, logo vai está bem. — Bonny me dá beijinhos, e eu apenas aproveito na minha fase desiludida.

— Esse infeliz não está sentindo nada não, Bonny. É drama de vadio. – A Lina declara com deboche. — Sua fêmea teve quatro parto de quadrigêmeos, vai mesmo fazer drama devido a uma bobagem dessa?!

— Vinte é o meu número da sorte. — Indico e minha fêmea me olha furiosa.

— Se fudeu! – Lina comemora saindo, enquanto sou maltratado com o olhar da Bonny.

"— se vinte é seu número da sorte, se prepara pra levar vinte centímetros na sua bunda, coelho filho da puta!" — Bonny disse mentalmente, e estremeço todo de medo.

— Amo você, Bonny bebê. — Sussurro puxando ela para um beijo.

— Também te amo. — Sorriu leve, como se não houvesse acabado de me ameaçar. — No nosso próximo cio, vamos brincar muito e sem que eu precise tomar controle ou inibidor. 

— Nem sei se ainda funciono, depois desses maltratos. — confidencio desiludido. 

— Carlos, não me teste! — exigiu me dando um beliscão. 

Com muita dedicação e esforço, eu convenci minha fêmea a ter as quatro ninhada, e por último veio as fêmeas que tanto também desejávamos. Internamente, desejava que fosse garotos novamente, assim, tentaria mais uma vez.

— Aí! – reclamo, após a Bonny apertar meu pau com força. — O que eu fiz?!

— Compartilhamos os pensamentos, ou esqueceu disso?! – apertou os olhos para mim, e soube que minha hora havia chegado.

— Adeus vida cruel! – declaro, esperando o golpe final.

[...]

NOTA FINAL! 

O PRÓXIMO LIVRO É A COMPANHEIRA DO LION, ELE ESTA NO FORMATO MAIS BRUTO QUE POSSA EXISTIR, E AINDA SEM CORREÇÃO, MAS PRETENDO MUDAR ISSO QUANDO TIVER A OPORTUNIDADE. 

BEIJOS E ATÉ O PROXIMO ENCONTRO. 

OBRIGADO POR TUDO, AMORES!

A COMPANHEIRA DO COELHO |+18|Onde histórias criam vida. Descubra agora