Era notório o olhar de descontentamento de Gael com a cena presenciada. Seus olhos misturavam o ódio por Vitor, alguém que ele nem conhecia direito e a "decepção" por um ciúmes de algo que nem existia.
- Vitor, esse é o Gael, meu irmão. Lembra dele? - falei, tentando naturalizar toda situação.
- Nossa, ele cresceu bastante. Lembro das vezes que ele vinha te visitar. Por falar nisso, meus parabéns pelos 18 anos - Vitor levantou, indo em direção a Gael para cumprimenta-lo e parabeniza-lo pelo aniversário do dia anterior.
Gael demorou alguns instantes antes de retribuir o cumprimento e mesmo assim fez de forma seca.
- Falei para ele que agora a polícia já pode responsabiliza-lo pelos atos - disse, tentando mais uma vez quebrar o clima tenso que se instaurou naquela sala.
- Eu sempre fui responsável por tudo que fiz, até daquilo que me arrependo - Gael disse, saindo da sala em seguida e indo em direção ao quarto.
- Nossa, ele é sempre assim? - Vitor perguntou, notando o descontentamento de Gael
- Não, acho que é só cansaço misturado com alguns stress da noite anterior - falei, tentando contornar a situação.
- Entendi, parece até que ele está com ciúmes do irmão mais velho - Vitor disse, gargalhando em seguida.
Mal sabia ele que era ciúmes sim, mas não fraternal. Levei ele até a área da piscina para cumprimentar minha mãe, Álvaro e Chiara e enquanto ele se distraia com a conversa, corri até o quarto de Gael para ver como ele estava.
- O que foi aquilo Gael? Até o Vitor notou um clima estranho no ar - perguntei assim que entrei no quarto, onde Gael estava no banheiro indo tomar um banho.
- Eu que te pergunto Lui, tantos anos sem vir para o Brasil e na primeira oportunidade já tem um rapaz do passado na sua porta e nitidamente todo derretido por você - ele falou, sem me encarar, enquanto tirava sua sunga.
Confesso que era muito difícil manter qualquer conversa com o mínimo de lógica olhando Gael completamente nu em minha frente. Tentei disfarçar, precisava ter uma conversa minimamente séria com ele, considerando tudo que estava acontecendo.
- Isso é bobagem da sua cabeça Gael, o Vitor é um amigo da época de adolescência que soube da minha presença no Brasil e quis aproveitar para fazer uma visita.
- Lui, posso ser mais novo que você, mas não sou idiota. E já ouviu o ditado que diz que os iguais se reconhecem? É claro que aquele rapaz é, no mínimo, bissexual. E mais claro ainda que ele é totalmente caído por você, deu para notar isso na conversa que vocês tiveram por telefone e tive a certeza quando entrei naquela sala e vi a mão dela na sua perna e a forma como ele te olhava.
- Gael, não tenho porque mentir para você. Realmente, quando mais jovem, Vitor e eu tivemos um envolvimento. Mas isso tem anos, nunca mais nos vimos, nem conversamos mais nesse período todo. Sou outra pessoa, ele também. Isso é coisa da sua cabeça.
- Lui, Lui, não sei se isso é uma tentativa sua de tentar apaziguar a situação ou se realmente é tão inocente assim que não consegue notar que aquele rapaz carrega um sentimento por você que esse tempo não foi capaz de apagar.
- Isso é coisa da sua cabeça, já te falei - respondi, mesmo sabendo que Gael tinha certa razão no que dizia.
Muito tempo tinha passado, nunca mais conversei com Vitor, mas foi impressionante como reencontra-lo trouxe a tona lembranças e desejos de um passado que vivemos. Mas obviamente não podia admitir aquilo para meu irmão. Se ele já estava com tanto ódio do Vitor com todas as minhas negativas, imagina se eu confirmasse qualquer suspeita.
- Gael, não pense besteira e enxergue coisas onde não tem - continuava tentando passar veracidade na minha afirmação.
- Você tem certeza disso Lui? Pode me jurar que não tem chances de existir nada entre vocês? - Gael perguntou, chegando perto de mim.
Não sei se por medo de jurar algo que nem eu tinha certeza ou se a proximidade de Gael completamente nu ou se por uma somatória de ambos, antes mesmo de responder qualquer coisa, agarrei ele e comecei beija-lo.
Por um instante ele tentou esquivar, talvez por entender que aquele beijo poderia ser uma forma de não responder a pergunta, mas seu desejo era tanto quanto o meu e em milésimos de segundo ele retribuiu aquele beijo. Um beijo de desejo, um beijo de paixão, era como se nossas bocas se devorassem de uma forma inimaginável, como se nossas vidas dependesse daquilo.
Não demorou muito para que ele arrancasse minha roupa e descesse com sua boca até meu pau. Que delícia era sentir seus lábios deslizando por ele, sua boca quente engolindo cada centímetro. Gael sabia como me fazer delirar com aquela chupada. Eu me contorcia de tanto tesão e isso era como um incentivo para que ele aumentasse o ritmo.
Levantei ele, o encostei na pia do banheiro e foi minha vez de saborear cada trecho daquela bunda gostosa que meu irmão tinha. Agachei atrás dele, comecei com beijos e leves mordidas por toda a extensão, até iniciar um belo trato com minha língua naquele anelzinho delicioso dele. Se instantes antes era eu que me contorcia com sua boca em meu pau, agora era vez de Gael delirar com minha língua em seu cuzinho.
- Me come Lui, deixa eu te sentir dentro de mim novamente - ele pediu, num gemido abafado.
Levantei e me posicionei atrás dele, esfregando meu pau em sua bunda, fazendo ele delirar mais ainda.
- Vai Lui, mete em mim - ele gemia mais ainda.
Comecei a penetra-lo aos poucos, queria sentir cada centímetro do meu pau entrando dentro dele. Era incrível como Gael conseguia despertar um desejo em mim que pouquíssimas pessoas já conseguiram. Era como se a cada transa nossa, fosse uma primeira vez.
Depois de estar completamente dentro dele, parei por uns instantes e comecei a beijar seu pescoço, mordiscar sua orelha.
- Me devora Lui, por favor - ele já implorava.
Seu pedido foi como uma ordem. Comecei aumentar o ritmo e dar estocadas cada vez mais fortes. Nossos corpos suavam e transbordavam todo desejo que sentíamos. Nossos gemidos eram praticamente sincronizados.
Nossa sincronia só parou quando escutamos um barulho vindo do quarto. Estávamos tão possuídos pelo desejo, que esquecemos das outras pessoas na casa. Será que alguém tinha flagrado a gente?
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AMOR DE IRMÃO
Короткий рассказDois irmãos, laços de sangue, até onde isso pode definir o que é certo ou errado? Difícil dizer o que é permitido ou não quando nosso coração nos prega uma peça.