CAPÍTULO 15

49 6 5
                                    

- Então, posso pedir para ele entrar? - o segurança perguntou, devido meu silêncio.

- Pode sim, pede para ele aguardar na sala, vou só colocar uma roupa e encontro com ele lá, obrigado - respondi, sem acreditar ainda que Vitor estava na minha casa depois de tantos anos.

- O que foi filho? - minha mãe perguntou ao me ver levantar e ir para dentro de casa.

- Nada mãe, só uma visita que vou receber, já volto aqui - respondi, correndo para dentro de casa. Pude notar que Gael me olhou de forma estranha.

Subi para o meu quarto, sequei meu corpo e vesti uma bermuda, uma camisa e desci para encontrar com Vitor. Ao chegar na sala, vejo um rapaz bem diferente do que eu lembrava da época da adolescência. Naquele período, ele sempre usava o cabelo bem curto, tinha um corpo magro porém não definido e sem barba. O rapaz que estava na sala tinha adquirido alguns músculos, usava uma tatuagem bem atrativa em seu braço direito, o cabelo castanho claro tinha crescido e agora utiliza um estilo "coque samurai" que contrastava muito bem com a barba bem discreta. Tinha crescido um pouco mais também, medindo cerca de 1.79 de altura. Realmente, o tempo só tinha feito bem para ele.

- Vitor, que surpresa! - disse ao me aproximar dele.

Ficamos nos entreolhando por uns instantes, até que ele me abraçou.

- Já escutou o ditado "se Maomé não vai a montanha, a montanha vem a Maomé"? - ele falou, rindo - Não senti muita firmeza na resposta ao meu convite para nos vermos e não queria perder a oportunidade de te ver depois de tantos anos, resolvi arriscar essa visita sem aviso.

- Que é isso - fiquei sem graça para responder - eu disse que estava pensando, é que esses dias estão bem corridos, mas fiquei feliz em te ver. Você está diferente! - falei, reparando novamente em como ele tinha ficado bonito com o passar dos anos, mais ainda.

- Diferente para melhor ou pior? - ele perguntou, dando uma volta.

- Você sempre foi bonito e o tempo só melhorou isso, não se faça de acanhado - respondi, reparando novamente em sua beleza. Não pude deixar de notar, quando ele virou de costas, como seu bumbum sempre se destacava nas roupas que usava.

- Fico feliz em ainda ter essa visão vinda de ti, estava aqui sentado te aguardando e relembrei tanta coisa que fizemos nessa sala - Vitor dizia, com um sorriso malicioso no rosto.

- Sei bem, não só na sala, não é mesmo? Utilizando de outro ditado popular: se essas paredes falassem, contariam muitas aventuras e em 99% delas você estava envolvido - respondi, recordando de como Vitor e eu aprontamos na época de adolescentes. 

- Melhor deixar em off, acho que sua mãe e o tio Álvaro não ficariam contentes em relembrarem uma vez que quase nos pegaram na cozinha.

- Vitor, não atice minha memória com essas recordações - falei, ficando vermelho na hora, lembrando de uma vez que estávamos nos agarrando na cozinha, durante o café da manhã e minha mãe e Álvaro chegaram de uma viagem antes do previsto.

- E como eles estão? - Vitor perguntou - Tem bastante tempo que não os vejo também, nessa vida de acadêmico de interior, venho pouco para São Paulo.

- Estão todos bem, estávamos na piscina aproveitando esse calor insuportável que faz nessa cidade - respondi, sentindo falta até do frio novaiorquino - Já tinha até esquecido de como São Paulo consegue ser tão quente.

- Você fala isso porque não vive em Ribeirão Preto, lá sim é um calor. Mas não acredito que perdi a chance de te ver na piscina - desde jovens Vitor adorava provocar com suas frases e pelo jeito isso não tinha mudado.

- Pois é, 5 minutos antes era capaz de me ver nadando até pelado - brinquei com a resposta.

- Não por isso, posso ver agora.

- Muito provocador você, pelo jeito o tempo só aumentou isso.

- Você ainda não viu nada - ele disse, colocando a mão na minha perna e era incrível como mesmo com tantos anos, seu toque ainda despertava um tesão em mim.

- Oi, está tudo bem? Não vai voltar pra piscina Lui? - Gael perguntou, chegando na sala. Pude notar o olhar de fuzilamento dele para Vitor ao ver sua mão na minha perna e sentir o clima de tensão sexual que estava no ar.

AMOR DE IRMÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora