24° Capítulo - Little Talks

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Ei! Ei! Ei!

Eu não gosto de andar por esta casa velha e vazia
Então segure minha mão, eu andarei com você, minha querida
As escadas rangem enquanto você dorme, isso me deixa acordado
É a casa lhe dizendo para fechar seus olhos

E alguns dias eu mal consigo me vestir
Está me matando te ver desse jeito
Porque embora a verdade possa variar
Este navio carregará nossos corpos em segurança para a costa

Ei! Ei! Ei!

Há uma velha voz na minha cabeça que está me puxando para trás
Bem, diga a ela que eu sinto falta de nossas conversinhas
Em breve isso estará acabado e enterrado com nosso passado
Nós costumávamos brincar lá fora quando éramos jóvens
E cheios de vida e cheios de amor

Alguns dias eu não sei se estou certo ou errado
Sua mente está pregando peças em você, minha querida
Porque embora a verdade possa variar
Este barco levará nossos corpos em segurança para a margem

Ei! Não escute uma palavra que eu digo
Ei! Os gritos soam todos iguais
Ei! Embora a verdade possa variar
Este barco carregará nossos corpos seguros até a margem

Ei! Ei!

Você foi, foi, foi embora, eu vi você desaparecer
E tudo que restou foi o seu fantasma
Agora nós estamos despedaçados, despedaçados, despedaçados, não há nada que possamos fazer
Apenas me deixe ir, nós nos encontraremos de novo em breve
Agora espere, espere, espere por mim, por favor aguarde
Eu vou te ver quando eu adormecer

Little Talks - Of Monsters And Men
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Olhei seu rosto sem vida dentro do caixão.

Aquilo me matou.

Os girassois em sua mão, próximo ao peito, assim como no dia do nosso casamento.

A morte nos separou?

Como eu permiti que isso acontecesse com você?

Com meu amor.

Meu bem precioso.

Meu doce.

Meu docinho.

Tirei seu corpo da aquela caixa de madeira e te segurei sentindo meu coração apertar e meu pulmão não querendo funcionar da forma correta, já não respirava como devia.

Eu chorei como uma criança sentindo seu corpo sem movimentos sobre minhas mãos.

Yan, ela se foi. - Matheo tentou e eu não me conformei.

Não! Ela não me deixaria sozinho! Ela não vai embora, não vai me deixar! - gritei. — Vou protegê-la de tudo, de todo mal.

Yan! Yan! - me sacudiu sem parar. — Yan, acorda! - finalmente abri meus olhos saindo daquele sonho.

Meu pior pesadelo.

○○○

—O senhor teve uma queda de pressão e acordou em uma crise de ansiedade, passare... - o enfermeiro tentou dizer, mas Yan se levantou rápido da maca.

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