Vida solitária de Hacker - Spin Off Sempre foi você - Duskwood

Amizade colorida

Meses já se passaram e Maria me permitiu buscar Summer no karatê sozinho, depois tomamos sorvete como sempre, e a levo para casa, eu amo essa menina.

Andei tanto com Ethan em várias baladas que me tornei quase tão bom quanto ele, recentemente levei um tapa na cara por dar encima de uma garota que eu já tinha ficado, o que fez Ethan rir, ele é um idiota.

Estamos em um lugar novo que abriu a apenas algumas semanas, peço uma bebida no bar e estou no balcão, enquanto Ethan encara sua próxima presa. Mas hoje estou tão cansado, não estou a afim de nada e nem de ninguém, quero só beber esta cerveja e ir embora.

— Aquelas duas ali estão nos encarando, vou na morena e você fica com a loira. — Ethan me fala enquanto encara as garotas com um sorriso presunçoso.

— Não estou interessado — digo, a garota é bonita, mas saímos a muito tempo e direto — Estou cansado, acho que não quero nada hoje, vou ir pra casa.

— Tem certeza? — aceno que sim e ele me dá um tapinha nas costas em despedida.

Saio do lugar e estou indo em direção ao meu carro, antes que eu entre nele, noto uma garota falando no celular, ela está chorando.

Ela é bonita, mas está com o rosto borrado de rímel por causa das lágrimas, tem a pele branca, cabelos loiros longos, olhos verdes que estão vermelhos de tanto chorar, também são pequenos, sobrancelhas no mesmo tom de seu cabelo bem grossas e seu rosto redondo, unhas pintadas de azul, lábios finos e bem rosados, está vestindo uma camiseta branca e uma calça jeans, uma bota de cano curto preta.

— Estava escondido, eu não tenho dinheiro e minhas chaves... — ela fala com alguém no telefone — É sério que você não vem me buscar? Você é um babaca, nunca mais liga para mim. — ela desliga a ligação e chora de novo.

— Você está bem? Precisa de alguma coisa? Quer que eu chame alguém? — falo me aproximando.

— Eu, eu... — está soluçando de chorar — Eu fui demitida hoje, acabei de terminar com um cara babaca e fui assaltada — ela limpa o rosto com as mãos.

— Sou o Jake, posso te dar uma carona? — ela me analisa da cabeça aos pés e depois olha para meu carro, acena que sim. Abro a porta para que entre e fecho a porta.

— Então, como se chama? — pergunto me sentando no motorista e ligando o carro.

— Sou Hailey — ela diz fungando. Abro o porta luvas e tiro um pacote pequeno de lenços e entrego para ela. — Obrigada.

— Para onde quer que eu te leve?

Ela me fala o endereço e fica em silêncio o restante do caminho, pelo menos ela parou de chorar, fica olhando para o lenço usado e amassado em sua mão o tempo todo, até chegarmos a sua casa.

Resolvo sair do carro, dou a volta e abro a porta do passageiro para ela, dirijo uma viatura disfarçada toda preta 4x4 blindada, não sei se ela percebeu que sou policial, mas não falo nada, ela sai do carro e fica parada na minha frente, tão perto que sinto sua respiração, ela coloca as mãos em meu peito, sobe a mão direita até minha nuca e encara minha boca, minha respiração está presa, ela me beija.

Seus lábios doces e macios me beijando, enquanto sua língua da voltas na minha, agarro sua cintura com força e damos alguns passos até que fique de costas no carro, o beijo ficando mais rápido e mais quente, quando ela volta as mãos ao meu peito e me afastam, ela me encara com seus olhos verdes e vai para o seu apartamento sem dizer nada.

Vejo ela entrar e uma luz se acender no quarto andar, entro no carro e vou embora sem entender o que acabou de acontecer. Fico tentado a procurar por ela no sistema e saber tudo o que tem para saber, mas não o faço.

Uma semana depois e estamos no mesmo bar, Ethan está olhando ao redor, sinceramente, não sei como ele consegue, para mim isso já está ficando chato, e só tem alguns meses que saio com ele.

Olhando a multidão meus olhos param nos mesmos olhos verdes da semana passada, ela está aqui e parece aliviada por me ver porque sorri e começa a vir na minha direção.

— Oi, Jake, não é? — aceno que sim — Me desculpe pela semana passada, eu não queria ser rude, então obrigada pela carona.

— De nada — digo despretensiosamente e bebo minha cerveja.

— Olha — ela parece nervosa agora que chegou e estamos conversando — Sobre o beijo, eu queria te beijar, mas é só que eu tinha acabado de terminar com um idiota pelo telefone, eu acho que você viu, não era nada sério, mas não queria usar você.

— Tudo bem. — respondo — Você está bem?

— Sim, obrigada. Podemos conversar em outro lugar?

Vamos para o lado de fora do lugar, e conversamos um pouco, ela me diz que trabalhava em um bar parecido com o que a gente estava para ajudar a pagar o mestrado em enfermagem, ela já trabalha com isso e a renda era para complementar, ela gostava, mas foi demitida o que a deixou triste, estava andando em direção ao bar quando alguns caras a roubaram, estava com o celular na cintura por isso ele foi poupado, mas levaram o dinheiro que tinha, cartões e chaves.

— Lamento pelo o que aconteceu com você — consigo dizer para ela.

— O que você faz? — me pergunta, então respondo que sou do FBI, o que a deixa impressionada, mas não falo muito mais, dou respostas evasivas sobre algumas coisas, não quero que ela tenha um impressão errada de mim.

— Eu posso te chamar para sair? Um jantar?

— Eu adoraria, Jake. — responde sorrindo.

Tudo o que eu sei é o que Ethan me ensinou, então, ele não me falou nada sobre encontros, somente uma coisa casual de uma noite, mas não estou pensando em jantar com a garota, transar e ir embora, quero conhecê-la.

Eu a busco e vamos jantar em um restaurante que Maria indicou. O restaurante é legal, discreto, tem boa comida, Hailey e eu nos damos muito bem, ela é uma pessoa doce e gentil, me fala sobre sua família, amigos, planos quando se formar no mestrado.

Quando a deixo em casa repetimos a mesma coisa da última vez, eu abro a porta do carro para ela e ela me beija, me pergunta se quero subir e respondo que sim.

Chegando em seu apartamento deixa as coisas encima da mesa e antes que possa dizer algo eu a agarro e a beijo novamente, minhas mãos deslisam por suas costas até suas pernas que estão ao meu redor, ando até o sofá e deitamos nele, ela de costas para o sofá. Ela tira minha jaqueta e minha camiseta, passa as mãos sob minhas tatuagens e vai descendo pela barriga até abrir minha calça, ela já está de vestido, então só puxo sua calcinha de lado e enfio dois dedos, ela arqueia as costas e geme, faço mais alguns movimentos com os dedos até que fique encharcada.

Coloco a camisinha que guardo na carteira, e tiro sua calcinha, entro nela com facilidade e seu gemido discreto me faz gemer também.

Estamos em um bom ritmo, comigo socando tudo pra dentro dela, ela agarra meus ombros com as unhas e morde com força depois geme meu nome.

Começo a socar tudo para dentro rápido e com força, estamos suados quando chegamos ao fim e gozamos, e eu a beijo com delicadeza, tiro algumas mechas de seu cabelo do rosto e coloco atrás de sua orelha.

— Eu não quero ser do tipo que vai embora logo depois, mas eu preciso ir embora. Posso te ver de novo?

— Eu estava pensando se esse lance entre nós pode ser só casual? — ergo uma sobrancelha — Sem romance, jantares, só sexo.

— É o que você quer? — ela acena que sim.

— É que eu ando muito ocupada, com trabalho e estudos, não me leve a mal, você é um cara incrível com o pouco que vi, é só uma questão de não ter tempo para isso no momento.

— Por mim, tudo bem. — respondo e vou embora.