Segundo encontro

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Marcamos nosso segundo encontro em uma espécie de quermesse, tem várias barracas de comidas e jogos, tem até um roda gigante. Estamos caminhando no local.

— Você pode andar armado? — Liv me pergunta.

— Sim. — respondo.

— E você está armado agora?

— Não.

— Vamos na barraca de tiros ver o quanto você é bom. — ele pega minha mão e isso me dá um frio na barriga, ela me puxa até chegarmos em uma barraca cheia de alvos.

Peço duas fichas e um homem nos entrega duas armas, o jogo começa e eu atiro, não acerto todos mas o suficiente para ganhar algum tipo de prêmio, Liv não atira nenhuma vez e o jogo acaba.

— O que aconteceu? — pergunto a ela que está vendo sua arma.

— Acho que estava emperrada.

Antes que diga qualquer coisa a arma dispara em meu dedo e embora seja uma arma de brinquedo a munição era uma bolinha que foi disparada a queima roupa e eu grito de dor.

— Ai meu Deus, Jake, me desculpe.

— Está tudo bem. — me forço a dizer, mas a bala de pressão saiu com muita força e pegou entre meu dedo e minha unha e agora está sangrando.

— Vem, vamos algum lugar limpar isso.

Ela pega meu outro braço e me leva até um banheiro químico que tem no local. O banheiro é minúsculo, mal cabe nós dois, ela me faz sentar na tampa do vaso fecha a porta e fica de pé limpando minha mão.

— Não foi nada greve, somente um machucado leve, saiu tanto sangue — ela diz aliviada.

Está uma noite quente, ela veio usando um short preto de cintura alta com as barras dobradas, uma regata vermelha, uma jaqueta jeans amarrada na cintura, um all Star nos pés, e cabelos presos em um rabo de cavalo, sua simplicidade a faz ser tão linda.

Enquanto, verifica minha mão esquerda, a minha mão direita está sob meu joelho, alguns dedos estão encostando em sua perna e ouço sua respiração falhar, decido passar a mão por trás de seu joelho e subir até sua cintura enquanto fico de pé. Olho em seus olhos escuros, a encosto na parede e a beijo.

Ela retribui o beijo, um beijo intenso, ela coloca as mãos em meus ombros e eu passo as mãos por seu corpo, quando alguém bate na porta. Então, paramos, ela olha para minha mão e não está sangrando, não foi nada demais e saímos do local, ela anda até uma barraquinha e fala alguma coisa, volta com um curativo e coloca no meu dedo.

— Prontinho, está curado. — sorri.

— Acho que esqueci meu prêmio lá na barraca, eu ia dar ele pra você.

— Você não acabou de me dar. — ela aponta com o polegar para o banheiro se referindo ao nosso beijo, eu sorrio olhando para o chão, totalmente sem graça.

Vamos em cada barraca, jogamos vários jogos, ganhamos vários, prêmios, vamos na roda gigante e Liv come tudo o que vende aqui, principalmente doces, viemos juntos dessa vez então estou a levando para casa.

Chegamos em sua casa e eu entro junto porque quero deixar todos os ursinhos de pelúcia que ganhou e outras bugigangas, ela joga tudo no sofá e eu também faço o mesmo.

— Você está bem? — pergunto para ela.

— Eu não sei. — responde e eu coloco a mão em sua testa.

— Você está pálida e acho que está com febre. Comeu muitos doces lá hoje. — ela acena que sim — Tem um termômetro?

— No banheiro lá de cima. — ela aponta e eu vou lá buscar.

Vida solitária de Hacker - Spin Off Sempre foi você - Duskwood Onde histórias criam vida. Descubra agora