CAPÍTULO 8

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já sabem como funciona, vocês comentam, eu me inspiro e lá vem mais capítulos. 

[...]

S H A R K

O toque suave nos meus cabelos me faz soltar um gemido, porque é tão bom quanto se uma ninfa resolvesse me ter para ela. O cheiro da minha fêmea é incrível, único ao ponto de não saber dizer exatamente o que seja, mas, parece com liberdade. Sim, se liberdade fosse algo a sentir, ela teria o cheiro da Letícia, e com o mesmo sorriso tão difícil de ser alcançado por mim.

— Você está demorando tanto a melhorar. – sua voz é suave, e suspiro absorvendo mais do cheiro e do sentimento de proteção que ela me envia. — Estou cheia de perguntas, e eles dizem que apenas você poderá responder. – reclama frustrada, e abro meus olhos para vê-la sentada ao meu lado, seu rosto abatido e preocupado.

— Eu sou um livro aberto, pra você. – declaro e ela me olha avaliando com cuidado, antes de afastar suas mãos de mim.

Meu Deus! Você finalmente acordou. – comemora e fico preso na imagem do seu sorriso largo, os lábios carnudos e bonitos e os olhos brilhantes. — está bem? – me avalia com o olhar, comose qualquer momento algo fosse mudar. 

— parece que sim. – Me mexo se sentindo dolorido, e olho as cicatrizes no meu abdômen. — Manu teve um trabalhão. – ri olhando para ela que me encara com cuidado, e sorri sem saber o que dizer, me sentindo um pouco estranho.

— você parece diferente. – Letícia me escrutína com detalhes.

Meu tubarão não está tão na borda como o costume, e isso é novidade para mim. Ele parece satisfeito e calmo, o que é no mínimo assustador, porém, são essas sensações que ele me envia, ou mais que isso eu sinto fiapos acalentadores no meu interior. Talvez ele esteja se concentrando na minha cura, ou finalmente decidiu me respeitar e permitir que possa agir conforme desejo sem sua constante influencia sobre meu humor e vontades. 

— deve ser porque agora está parecendo uma colcha de retalhos. – Maria entrou no quarto, e vi ela trocar um sorriso com minha fêmea. — Como você está, cabeça chata? – pergunta me olhando com certo desdém.

— o que faz na clínica? – pergunto e ela ri mostrando a aba do jaleco.

— nova contratada. – Justifica animada. — os alfas me deixaram ficar, em troca de ajudar na clínica.

— como está seu filhote? – pergunto curioso, e ela ri animada.

— ele está com senhora D. – Riu pensativa. — Ela se ofereceu para ser a babá dele, e não sou nem besta de não aceitar. Ele é muito hiperativo, e está sempre querendo brincar ou mamar.

— claro, ele é um recém nascido. – resmungo não querendo mais saber do filhote ou dela, porque quero voltar a ter a atenção da minha fêmea.

Eu sei, parece egoísta da minha parte, mas, é minha fêmea que está aqui, entendem?! A Maria foi minha heroína, ótimo, ela me salvou para que eu esteja nesse momento aqui, tendo minha fêmea se sentindo protetora comigo. Tá, admito que estou sendo ranzinza, mas, estou ansioso que o meu tubarão sinta que estou bem o suficiente, e venha com todas as ondas de desejo acumulado e não me deixe ser coerente o suficiente, e não quero de nenhuma forma assustar minha fêmea novamente, e por isso tenho que aproveitar qualquer segundo de oportunidade. 

— ainda não acredito que o golfinho saiu de você. – Letícia dúvida, e olho para ela para saber como está reagindo a todas essas novidades.

— Eu queria desacreditar também, mas infelizmente essa cabeça de bagre não me deu opção. – olho enojado para a Maria, que me mostra o dedo do meio e me dá um cascudo na canela. — aí! Desgraçada.

A COMPANHEIRA DO SHARKOnde histórias criam vida. Descubra agora