CAPÍTULO 11

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Olá! Lembrem-se, cada personagem tem uma personalidade única e próprias, e suas atitudes são de acordo com ela e suas vivências. 

beijos e boa leitura! 

[...]

L E T Í C I A

Eu entro no meu carro, e suspiro profundamente tentando alívio, porque aquele bendito tubarão me deixa louca. Nos dois sentidos da palavra. Estou furiosa por ele ter me banhado como se fosse uma criança que tivesse rolado na lama. Estou relevando um monte de coisa, e isso bem que talvez se deva ao maldito fato de que já estive tão acostumada a aceitar as coisas, que as vezes o ato se torna insignificante, porém, não quer dizer que não me sinto mal por isso.

Quando sai para a cidade, é estranho como parece tudo tão caótico, mesmo que esteja a apenas uma semana na reserva. O barulho dos vários carros, os prédios e o calor absurdo provocado pela poluição, a falta de arborização e o asfalto escuro me causa um incomodo ruim, como se minha enxaqueca fosse retornar após três dias sem dar notícias. Parei na empresa do Carlos, e logo vejo a sorridente garota na recepção.

— ei Letí! – Acenou e sorri para ela. — o Carlos já está te esperando.

— obrigado Dandara! – devolvo indo em direção ao elevador.

Estou usando mais a cadeira ultimamente, porque tenho dificuldades me locomover com a muleta em ambientes novos. Na reserva as entradas são todas adaptadas para a cadeira, e me sinto mais livre em usá-la ainda mais depois do último ocorrido, e ainda mais devido ao meu pé que não posso forçar muito, ou passa a ficar muito dolorido.

Socorro, alguém nos ajude, nosso pai está tentando nos matar! – eu olho em direção ao sofá, e vejo os quatro filhotes algemados uns aos outros e na madeira do sofá. — tia! Estamos sofrendo maus tratos. – os quatro piscaram para mim, e engoli em seco, olhando os grandes olhinhos úmidos. — Somos apenas crianças indefesas. 

— São apenas crianças que foram no parquinho humano, e incentivaram todo tipo de bicho a invadirem os brinquedos. – senhor Carlos colocou apenas a cabeça para fora da sua sala. — correndo o risco de se machucarem. – acusou os bebês com o olhar, e assisti um sorrisinho traquina que não conseguiram disfarçar.

— alguém se machucou, no parquinho? – me preocupo.

há, não! – senhor Carlos desdenhou com as mãos. — estava pensando nos bichos se machucarem. Os camaleões são uns amores.

Ho meu Deus. – sussurro sem saber o que pensar sobre tudo isso.

— então tia. – um deles sorriu. — poderia vir aqui. Posso contar algo que somente a gente sabe. – riu atiçando minha curiosidade.

— Não sei se é uma boa ideia. — neguei nervosa, porque desde a primeira vez, não acho que eles sejam bebês indefesos.  

Não! Se virem para tentar sair, mas, não vou permitir que tenham acesso a nenhuma ajuda. – senhor Carlos declarou e veio até mim. — vamos Letícia, sei que eles estão a um passo de conseguir sua ajuda.

— claro que não. – neguei apesar de ainda está com a imagem dos olhinhos pidões na minha direção.

— como incentivo para realmente não cair nos encantos deles, devo avisar que quem ajuda os filhotes, é quem fica com eles quando eu e minha fêmea estamos em reclusão. – Declarou e senti até um arrepio de terror subir por meu corpo. — Bom, é isso mesmo que esperava de você. A regra é simples, se acha que faz um trabalho melhor que eu e a Bonny, damos a oportunidade de fazer. 

A COMPANHEIRA DO SHARKOnde histórias criam vida. Descubra agora